O mercado brasileiro de clubes de futebol mais que triplicou em receita entre 2003 e 2011. Nesse período, o faturamento anual passou de R$ 805 milhões para R$ 2,7 bilhões. A perspectiva é de que em 2012 o mercado tenha superado R$ 2,9 bilhões, segundo aponta estudo do consultor de marketing e gestão esportiva Amir Somoggi.
Houve também uma alteração na fonte da receita. “Antes, o que fazia os times crescerem era a venda de jogadores. Agora, televisão e patrocínio passaram a trazer ingressos importantes para o caixa dos clubes”, diz Somoggi. De acordo com o especialista, que elaborou o estudo com base nos balanços dos clubes das séries A, B, C e D, essa alteração permite uma estrutura econômica mais sustentável aos clubes, já que o vaivém de jogadores é instável.
Esse crescimento, no entanto, também aumentou a concentração da verba nas mãos das maiores equipes. Em 2003, os 10 clubes representavam 58% do total gerado pelo mercado. Já em 2011, o percentual saltou para 65% do mercado brasileiro.
Outra expansão expressiva se deu nas dívidas dos times, que passaram de R$ 1,2 bilhão para R$ 4,7 bilhões. As dívidas cresceram 306% entre 2003 e 2011, enquanto a receita aumentou 235%. No mesmo período, os dez clubes com maiores receitas acumularam déficits do exercício de mais de R$ 1,1 bilhão.
Confira quais são os dez clubes brasileiros com maiores receitas anuais
1 – Corinthians (R$ 320 milhões)
2 – São Paulo (R$ 260 milhões)
3 – Internacional (R$ 230 milhões)
4 – Santos (R$ 214 milhões)
5 – Flamengo (R$ 200 milhões)
6 – Palmeiras (R$ 159 milhões)
7 – Grêmio (R$ 158 milhões)
8 – Vasco da Gama (R$ 145 milhões)
9 – Cruzeiro (R$ 139 milhões)
10 – Atlético-MG (R$ 110 milhões)
10 clubes concentram 65% da renda do mercado brasileiro de futebol - João Varella (Foto: Aqui)
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