Fazer uma resenha do livro
Frequently Asked Questions in Quantitative Finance, de Paul Wilmott, é difícil. O livro apresenta 14 capítulos, alguns muito interessantes e profundos. O primeiro, mostra uma evolução das finanças, apresentando ao final um conjunto de obras relevantes. O segundo, que dá nome ao livro, é denominado FAQs. Neste capítulo o autor responde perguntas como “o que é o teorema do limite central e suas implicações para finanças?” ou “o que é APT?”. Ao todo, são 61 questões que tomam mais de 200 páginas do livro. O capítulo seguinte apresenta um manifesto, escrito em co-autoria com Emanuel Derman. O capítulo quatro apresenta uma série de “ensaios”; ou seja, textos curtos sobre finanças. A seguir, um dos pontos altos do livro: os erros mais comuns em finanças quantitativas. A discussão sobre a complexidade em finanças quantitativas é importante: o autor revela que na prática os modelos complexos não são usados. O capítulo seis mostra as distribuições de probabilidade mais populares e os usos em finanças. A seguir, doze maneiras de derivar o modelo Black-Scholes. É uma curiosidade sobre o assunto. O capítulo oito mostra modelos e equações. O curto capítulo nove apresenta, novamente, a fórmula Black-Scholes. O capítulo dez é sobre os diversos tipos de contratos. O capítulo onze mostra livros quantitativos populares. O capítulo doze é um pequeno dicionário com termos mais pesquisados no sítio do autor. O penúltimo capítulo apresenta quebra-cabeças. O livro finaliza com um capítulo sobre como fazer um currículo para procurar um emprego de quant.
A leitura acima permite perceber as vantagens e desvantagens da obra. Para o curioso em finanças quantitativas, o livro pode revelar muitas surpresas e permitir aprender mais sobre o assunto. As 600 páginas da obra compensam. E o preço da obra, 28 dólares na Amazon, é convidativo. Mas o livro é muito irregular: capítulos com 200 páginas e outros com cinco; textos com muitas fórmulas, seguido de um conteúdo menos matemático; capítulos que agregam valor, com outros desnecessários. E o formato não ajuda muito: um livro de bolso, com seiscentas páginas.
Vale a pena? Só para aqueles que realmente gostam de finanças quantitativas. E como obra de consulta. Para os demais, não.
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