O trabalho de avaliação do banco BVA, que está sob intervenção do Banco Central (BC) desde 20 de outubro, terminou. A auditoria liderada pelo banco de investimentos BR Partners concluiu que o passivo a descoberto da instituição é de cerca de R$ 1,5 bilhão, conforme o "Estado" informou em dezembro. Com isso, o caminho está aberto para que eventuais interessados no BVA façam propostas de compra.
Segundo fontes que acompanhamo caso, ainda há possibilidade de o banco não ser liquidado. Se a hipótese se confirmar, será a primeira vez na história do sistema financeiro brasileiro que um banco privado sai de um regime de intervenção do BC. Nas outras ocasiões em que isso aconteceu, as instituições envolvidas eram públicas.
(...) O Estado apurou que, até agora, pelo menos três instituições teriam demonstrado interesse. O mais firme é Carlos Alberto de Oliveira Andrade, controlador do Grupo Caoa, que teria cerca de R$ 600 milhões retidos no BVA. A assessoria de Andrade confirma que o grupo está mesmo em negociações.
Ele já teria até feito uma proposta, mas antes de a avaliação do banco terminar. É provável que Andrade tenha de refazer a oferta, caso permaneça interessado após a apuração dos números pelo BR Partners. (...)
Auditoria termina e BVA pode receber propostas - 15 de Janeiro de 2013 - O Estado de São Paulo - Leandro Modé
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