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22 janeiro 2013

ATT

A operadora americana ATT vai registrar uma baixa contábil de US$ 10 bilhões em seu balanço do quarto trimestre por conta de mudanças relacionadas a seus planos de pensão e de benefícios pós-aposentadoria. A informação foi divulgada pela própria companhia.

A gigante de telecomunicações provisionou muitos passivos de aposentadoria relacionados a anos de história da companhia. Essas obrigações tendem a aumentar em um ambiente de taxas de juro mais baixas porque o valor presente desses pagamentos futuros aumenta.

De acordo com um documento enviado à Securities and Exchange Commission (SEC), entidade reguladora do mercado de capitais dos Estados Unidos, a ATT reduziu sua taxa de desconto para 4,3%, em relação aos 5,3% do fim de 2011. A mudança acarretou uma perda de US$ 12 bilhões. As taxas de desconto são usadas para calcular o valor atual de um conjunto de dívidas e responsabilidades das empresas no futuro. Taxas mais baixas significam responsabilidades mais elevadas.

Um ganho de US$ 1,9 bilhão sobre a taxa de retorno assumida para os ativos dos planos de benefícios, de 8,25%, ajudou a compensar parte dessa perda. A AT&T acrescentou que diminuirá a taxa de retorno para 7,75%, citando a "contínua incerteza nos mercados de títulos e na economia americana em 2013".

A companhia teve outros ganhos de US $ 100 milhões e informou que o lucro operacional seria cortado em US$ 175 milhões por conta de danos causados por tempestades, incluindo o furacão Sandy. A ATT vai anunciar seus resultados na quinta-feira.

Na semana passada, a Verizon também alertou que poderia ter de registrar baixas de até US$ 10 bilhões no quarto trimestre por razões semelhantes às da ATT. Desse total, entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões estariam relacionados a ajustes em planos de pensão. O restante foi indicado pela companhia como consequência de custos provocados pelo furacão Sandy e de dívidas e itens relacionados.


ATT registra baixa contábil de US$ 10 bi - 21 de Janeiro de 2013 - Thomas Gryta | Dow Jones Newswires (via Valor Econômico)

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