Estudos afirmam que o hormônio estrogênio pode aguçar o desempenho mental. Agora, os cientistas acreditam saber o por que. O estrogênio pode aumentar o número de conexões entre as células cerebrais, melhorando a comunicação no cérebro. A pesquisa foi apresentada no dia 17 de novembro no encontro Society for Neuroscience.
Copiar os efeitos do estrogênio no cérebro pode ajudar os tratamentos para o mal de Alzheimer e para a esquizofrenia, segundo os pesquisadores.
Trabalhos anteriores mostraram que o estrogênio poderia melhorar a memória e aumentar a precisão de pessoas e animais em provas e testes. Nesse novo trabalho, os pesquisadores da Northwestern University Feinberg School of Medicine trataram células cerebrais de ratos desenvolvidas em laboratório com um composto similar ao estrogênio. O composto ativou os receptores de estrogênio das células, desencadeando uma série de reações químicas, o que, por sua vez, causou um aumento no número de espinhas dendríticas (saliências semelhantes a pêlos na superfície das células que permitem a comunicação entre elas). Segundo os pesquisadores, essa ativação do receptor de estrogênio pode potencialmente aumentar a quantidade de informação que vai de uma célula para a outra.
Porém, o uso a longo prazo do estrogênio como terapia já se mostrou problemático. Em 2002, um estudo concluiu que mulheres que tomaram estrogênio para aliviar sintomas da menopausa tiveram um risco aumentado de câncer de mama, derrame e ataque cardíaco.
Por causa destes riscos, os pesquisadores têm procurado uma maneira de ativar os receptores de estrógeno sem o uso de estrogênio em si. Isso permitiria que os pacientes obtivessem os benefícios do estrogênio sem os efeitos colaterais. O composto do estudo é uma maneira de imitar os efeitos do estrogênio. Os pesquisadores ainda não sabem se há efeito colateral já que o estud foi realizado apenas com ratos. Assim, são necessários mais estudos para determinar se o mesmo efeito – o aumento de comunicação entre as células – ocorreria no cérebro dos seres humanos.
Fonte: LiveScience
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