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28 novembro 2012

Padronização e Contabilidade


Uma das características da contabilidade moderna é a busca pela padronização. A questão das normas contábeis, os exames profissionais e a construção de currículo mínimo para os estudantes são exemplos que comprovam isto.

Apesar desta relevância, não se sabe qual o nível ótimo para a padronização. Conhecemos um pouco as vantagens e desvantagens do processo, mas não sabemos o “momento de parar” ou o “ponto ótimo”. Impor padrão pode trazer uniformidade: podemos comparar os balanços de mais de uma empresa ou os balanços da mesma empresa no tempo. O lado negativo é que geralmente a padronização inibe a inovação.

Paul Madsen, da Universidade da Flórida, discutiu na sua dissertação esta questão sob uma ótica bastante original: a profissão. Quando analisamos a padronização nos diferentes tipos de ocupações existentes percebemos que padrões correspondem a ferramentas desenvolvidas para melhorar as vantagens competitivas de cada profissão. As ocupações que dão mais importância aos padrões geralmente conseguem estabelecer regras mais complexas. A figura a seguir mostra a relação entre importância dos padrões e sua complexidade.

Pode-se perceber que quanto maior a complexidade dos padrões, mais relevante ele se torna. Destacado, na figura, o papel de três ocupações relacionadas com a contabilidade (bookkepers, accountants e auditors).

Outra figura aparece no trabalho de Madsen: a quantidade de palavras produzidas ao longo do tempo.

Neste sentido, a criação do APB, na década de sessenta, e do Fasb, na década de setenta, representa uma quebra de tendência. O advento após estas entidades representa um aumento no número de regras para a profissão.  O gráfico sugere que a contabilidade é cada vez mais padronizada. Bom para a uniformidade; ruim para a inovação.

NIYAMA, Jorge; SILVA, CÉSAR. Os usuários e a padronização contábil in Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2011.

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