O gráfico abaixo mostra o número quinquenal médio de
doutores formados nos programas de contabilidade dos Estados Unidos.
No final da década de 1980 quase 200 novos doutores eram
titulados naquele país. Dez anos depois este número começou a cair, atingindo
uma média de 116 novos doutores em 2003. A partir daí um pequeno crescimento,
chegando a titular 140 novos doutores em 2008.
É bem verdade que o número ainda é expressivo; fazendo uma
comparação, o Brasil deve ter algo em torno de 250 doutores, o que significa
dois anos de titulação dos programas dos Estados Unidos. Mas a economia daquele
país é sete vezes maior que a nossa. E eles possuem 103 programas, ativos e inativos,
de doutorado (nós temos cinco).
O fato é que se observou, no longo prazo, uma redução no número
de novos doutores naquele país; é ruim, pois pode comprometer a pesquisa
contábil futura. Além disto, a profissão perde status. Fogarty e Holder fizeram uma análise histórica e mostraram
que os programas mais conceituados tiveram uma pequena perda, mas que os
programas menos conceituados titularam novos doutores. Ou seja, os programas
com qualidade mediana foram aqueles que mais perderam durante o período.
No caso brasileiro, provavelmente o número de novos doutores
deve aumentar nos próximos anos. Afinal, existe uma grande demanda reprimida de
professores que desejam esta titulação e de faculdades que precisam do status
de um doutor. Mas no mestrado aparentemente haverá uma redução na demanda nos
próximos, uma vez que os atuais programas já conseguem absorver os candidatos. Ou
seja, hoje os candidatos ao mestrado são alunos que saíram recentemente da
graduação e desejam enveredar pela pesquisa contábil.
Leia mais
em FOGARTY, T; HOLDER, A. Exploring accounting doctoral program decline. Issues in Accounting Education, v. 27,
n. 2, p. 373-397.
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