Um texto de Floyd Norris, do The New York Times (A Clash Of Auditors In H.P. Deal And Loss, 29 de nov de 2012) discute o papel dos auditores no problema da HP.
Norris lembra que as big four estão, de uma forma ou de outra, envolvidas na questão:
1) a Autonomy, empresa britânica que foi adquirida pela HP e motivou a baixa contábil de 8 bilhões de dólares, era auditada pela Deloitte inglesa.
2) a HP é auditada pela Ernst & Young, que no passado deu parecer nos investimentos feitos na empresa britânica.
3) a HP contratou a KPMG para realizar a due diligence no processo de aquisição da Autonomy e que não apontou nenhum problema na contabilidade. (Mas aparentemente a empresa KPMG nega este papel)
4) com a denúncia de problemas na Autonomy, a PwC foi contratada para fazer uma investigação, que resultou na baixa contábil.
Além disto, algumas das empresas prestaram também serviço de consultoria. A empresa inglesa pagou para Deloitte serviço de consultoria.
Um complicador, segundo Norris, é que as normas contábeis dos Estados Unidos são mais específicas quanto a contabilização de receita, enquanto as IFRS são mais gerais. Isto tem relação com a tentativa de convergência das normas sobre reconhecimento de receitas, que ainda não está pronta.
Observando o comportamento das grandes empresas de auditoria fica claro que somente a PwC deve se salvar da confusão.
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