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24 novembro 2012

HP 2

No jogo de empurra entre a Hewlett-Packard e a Autonomy, a direção da empresa americana, até o momento, se distanciou muito da responsabilidade e jogou 'lama' sobre as práticas contábeis da Autonomy.

Mas analistas dizem que a HP deveria, em vez disso, se olhar no espelho - suas práticas de avaliação de contas anterior à compra (conhecidas em inglês como "due diligence") estão sendo examinadas de perto depois do anúncio de uma baixa contábil de US$ 8,8 bilhões sobre o valor da Autonomy, e o conselho que votou em favor do negócio ainda está, em grande medida, intacto.

(...) A atual direção pode continuar atuando, disse ela, mas haverá uma análise do processo de aquisição adotado pela HP. A principal executiva, em apuros, sugeriu também que as práticas de avaliação de contas anterior à compra empregadas pela HP antes de ela assumir o posto eram pouco comuns: "As avaliações de contas são agora de responsabilidade do nosso diretor financeiro. Na época, quando cheguei à empresa, fiquei surpresa ao descobrir que avaliações de compras e fusões e aquisições eram de responsabilidade da estratégia, e não do diretor financeiro".

"Nunca vi isso na minha carreira, e essa foi uma decisão que tomei de saída, antes de saber de nada disso."

Ela concluiu jogando a responsabilidade para os auditores: "Mas no final, temos que nos basear nos dados financeiros auditados, e fizemos isso".

Williams diz que o negócio pareceu um ato de desespero da parte da HP, de se reinvertar como uma empresa de software e serviços de crescimento mais acelerado.

"A empresa simplesmente não teve a agilidade suficiente - o mercado é um trem a 130 km por hora, e a HP vai a 50 km por hora - ela simplesmente não consegue alcançar, e continua a dar passos em falso."

Houve também sinais de alerta para a HP sobre as práticas e o potencial de receita da Autonomy antes do surgimento da denúncia sobre a equipe de direção da empresa, em maio. (...)


Problemas na Autonomy despertam críticas à HP - 22 de Novembro de 2012 - Valor Econômico - Chris Nuttall e Richard Waters | Financial Times

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