Existem alguns atalhos possíveis para obter esta informação.
Iremos comentar hoje um destes atalhos. Usando indicadores obtidos na análise
de balanço é possível prever qual ser o rating de uma empresa. Neste caso o
analista pode buscar pesquisas acadêmicas que conseguiram construir expressões matemáticas
que traduzem as notas dadas pelas agencias de rating. Observe a expressão abaixo, obtida num trabalho
de Horrigan de 1966 (The Determination
of Long-Term Credit Standing with Financial Ratios, Journal of Accounting
Research):
Z = 1,197 X0 + 0,034
X1 + 0,272 X2 – 0,501 X3 + 4,519 X4 – 0,203 X5
Sendo X0 se a dívida é subordinada (igual a zero) ou não (igual
a 1); X1 = total dos ativos; x2 = ações ordinárias / dívida; x3 = capital de
giro / vendas; x4 = lucro operacional / vendas; x5 = vendas / patrimônio
líquido. Os valores de cada índice são divididos pela média do setor. Após o cálculo,
se o valor de Z for maior que 2,855, isto corresponde a uma nota AAA e assim
por diante. Com a nota do rating, o custo de capital pode ser transformado por
tabelas que associam notas de rating com taxas de descontos.
O método apresentado possui alguns inconvenientes fortes. Em
primeiro lugar, é necessário ter um estudo anterior que determine a associação
entre os ratings das empresas e os índices. Em segundo lugar, a aplicação deve
levar em consideração características similares: por exemplo, em geral são as
grandes empresas que possuem notas das agências de ratings; aplicar o método
para pequenas empresas pode ser temeroso; Em terceiro, mesmo após obter a nota
do rating é necessário outra conversão, da nota para o valor em percentual.
Isto significa dizer que a obtenção do custo de oportunidade do capital é feita
em dois estágios, aumentando o risco de erros.
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