Quando o mensageiro chegou com a notícia, os outros corretores perceberam que a reação dos Rothschild sinalizaria o que teria ocorrido no mercado. Assim que o mercado abriu, a família começou dando ordens de venda. Os outros investidores deduziram que a Inglaterra tinha perdido a batalha. E todos começaram a vender seus títulos, antecipando uma perda maior com a vitória dos franceses. Passado o primeiro momento, com uma grande queda no mercado, os Rothschild retornaram ao mercado comprando. Afinal, a Inglaterra tinha vencido a batalha contra Napoleão.
Esta história ilustra bem o poder da informação. Saber uma notícia antes dos outros traz grandes vantagens nos negócios. Esta lógica tem sido aplicada ao mercado de capitais.
Num mundo em que a informação chega às pessoas com uma enorme rapidez, ainda existem situações onde é possível lucrar com isto. Trata-se das operações de alta frequência (aqui também) (high frequência trading).
E o aquecimento global com isto? A elevação da temperatura tornou possível explorar as regiões mais geladas do planeta. Mas além de explorar a riqueza destas regiões, empresas estão interessadas em gastar uma grande fortuna para colocar cabos de comunicação entre os principais mercados financeiros. Passando os cabos pelo ártico, será possível economizar cinco mil quilômetros de cabo. Mas mais do que isto: será possível que a informação chegue antes que os concorrentes.
É bem verdade que a diferença de tempo entre a situação atual e os novos canais de comunicação será de partes de segundo. Mas no mercado financeiro uma pequena diferença temporal pode ser uma grande vantagem.
Algo como receber, antes de todas as pessoas, o comportamento do mercado japonês. E poder usar a informação para ganhar dinheiro. Como fizeram os Rotschild.
Leia mais em: The problem with high frequency trading ; Felix Salmon
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