A julgar pelas notícias na imprensa especializada em negócios, a convergência das práticas de contabilidade no Brasil às normas do IFRS, no que diz respeito a consolidação de balanços corre riscos de distorções. O fio indutor das possíveis distorções, como não poderia deixar de ser, tem em sua origem uma disputa entre as partes diretamente envolvidas de como divulgar os resultados consolidados quando os negócios estão desenhados sob o formato jurídico de joint ventures. (...)
As mudanças em curso sobre as práticas de consolidação de balanços nas sociedades constituídas sob "joint ventures", ao meu ver, proporcionam muito mais clareza na evidenciação dos resultados. Agora, dizer que a opção por um modelo de negócio, num dado formato, por sua vez com direitos e deveres entre as partes formalizados em um contrato, depende de como as práticas contábeis evidenciam o seu resultado, merece ser visto com cuidado. (...)
o que está em jogo não é a prática contábil influenciando o modelo de negócio, mas, a impossibilidade de "evidenciar" /divulgar ao mercado grandes valores de faturamento etc, bem como indicadores de "desempenho superiores". Ao que parece, as manifestações catastróficas [muito ao gosto dos agentes mercado quando contrariados em suas práticas e/ou interesses], não tem razão de ser. Por fim, o mais interessante é que, apesar de o texto ser equivocado em seu conteúdo, abre espaço para investigar e promover uma ampla discussão sobre dos benefícios ou não para os agentes de mercado em relação às práticas contábeis adotadas, especialmente aquelas que afetam os valores nas demonstrações contábeis divulgadas.
O uso do cachimbo deixa a boca torta ... - Lauro Brito de Almeida
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