Qual a relevância
disto? A maior economia do mundo fez em 2002 um acordo com o Iasb para
promover a convergência. Nos últimos anos alguns projetos foram desenvolvidos
em conjunto, mas os últimos meses tornou evidente que o maior mercado de
capitais não irá adotar as IFRS tão cedo. Assim, as três maiores economias do
planeta não usam as “normas internacionais”.
Em julho uma equipe da SEC fez um relatório apontando uma
série de problemas com estas normas. É importante destacar que é a SEC, a
entidade que regula o mercado de capitais estadunidenses, que delega para o
Fasb a normatização contábil. Assim, o relatório era uma ducha de água fria nas
pretensões do Iasb em ter os Estados Unidos como parceiros. Além disto, a
equipe não sinalizou para um cronograma de adoção das normas, que era esperado
pelos mais otimistas.
No início da semana ficou claro que os problemas eram
inclusive operacionais. A Compliance Week lembrou que até o momento a SEC nãotinha aprovado a taxonomia XBRL das IFRS. Em termos práticos, isto pode inviabilizar que empresas
estrangeiras com ações negociadas na bolsa dos Estados Unidos possam usar as
IFRS. Esta, por sinal, foi uma grande conquista para o Iasb.
Na metade da semana uma frase da presidente do Fasb parecia sugerir que as coisas voltariam ao normal.
Mas no final de semana saiu um relatório resposta do Iasb
para as críticas que foram feitas pela SEC em julho. Mais de três meses depois:
parece até que a entidade londrina teve dificuldade de responder as críticas
que foram feitas pela SEC.
Este relatório cita o Brasil para afirmar que é possível
fazer a convergência desde que se tenha vontade política e que os custos do
processo não são tão elevados.
O fato da semana diz respeito a todo processo da
convergência internacional.
Positivo ou negativo? –
Depende da posição de cada pessoa. Para os defensores da convergência a semana
não foi boa no saldo final: aparentemente os Estados Unidos estão ainda muito
distantes da convergência. E estão pouco entusiasmados.
Desdobramentos – Teremos
que esperar até a finalização do processo eleitoral dos Estados Unidos.
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