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23 setembro 2012

Informação Privilegiada

Um brasileiro de 42 anos está sendo acusado pela SEC, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) norte-americana, de usar informações privilegiadas para lucrar com ações da companhia Burger King nos Estados Unidos em 2010.

Em decisão divulgada na quinta-feira, uma corte em Nova York acatou o pedido do órgão americano e ordenou o congelamento do patrimônio do executivo brasileiro, que trabalhava para o banco Wells Fargo, em Miami, na época da transação com os papéis da cadeia de fast food.

De acordo com a investigação da SEC, o acusado soube que o fundo 3G Capital, controlado por empresários brasileiros, planejava comprar o Burger King meses antes da conclusão e do anúncio oficial da transação, em setembro de 2010.

Ele obteve a informação por meio de um cliente que atendia no banco e que, por sua vez, era um dos investidores do fundo 3G Capital.

Ao saber da notícia, o funcionário do banco negociou ações da companhia, entre maio e setembro de 2010, obtendo lucro de US$ 175 mil, ainda de acordo com a SEC. (...)

"Os e-mails e outras comunicações podem ter sido enviadas do Brasil e escritas em português, mas nosso comprometimento em julgar o uso de informações privilegiados nos mercados dos Estados Unidos não conhece barreira geográficas nem de língua", afirmou Sanjay Wadhwa, um dos representantes da SEC em Nova York.

Após o congelamento de bens do brasileiro, feito para impedir que transfira seu patrimônio para outros países, a SEC diz que continuará as investigações.

A CVM informou estar colaborando com as investigações do órgão. No entanto, disse que não comenta casos específicos.

Fonte: folha de S Paulo, 22 de setembro de 2012

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