Eis o texto do Financial Times:
Iasb critica nova regra para banco - Adam Jones | Financial Times, de Londres
Os bancos poderão reduzir a concessão de empréstimos sob uma nova abordagem para provisões de créditos de difícil recuperação que está sendo preparada nos Estados Unidos, de acordo com Hans Hoogervorst, presidente do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb).
A crítica é mais um sinal de que as iniciativas para criar regras contábeis globais perdem força.
O método, que prevê admitir antecipadamente todas as perdas previstas com a concessão de empréstimos poderia ter "sérias consequências inesperadas", disse.
O registro de perdas a partir do "primeiro dia" com o novo método poderia encorajar as instituições financeiras, em tempos difíceis, a tentar ampliar os lucros cortando novos créditos, afirmou.
"Os créditos bancários poderiam se tornar ainda mais pró-cíclicos do que já são", argumentou em discurso em Bruxelas.
O Iasb, responsável pelas Normas Internacionais de Resultados Financeiros (IFRS) usadas na União Europeia, Canadá, Brasil e outros países, defende que os bancos reservem provisões para as perdas previstas com seus empréstimos no ano e que promovam baixas contábeis mais contundentes quando surgirem evidências específicas de inadimplência.
O Fasb, orgão que dita as normas americanas (US Gaap), questiona a complexidade e dificuldade de adaptação dessa abordagem e desenvolve atualmente um modelo alternativo que prevê a reserva, pelos bancos, de provisões com base nos prejuízos esperados até o vencimento do empréstimo, em vez de apenas um ano.
Os dez anos de tentativas para harmonizar os IFRS e os Gaap dos EUA estancaram em meio ao entusiasmo cada vez menor pelo projeto nos EUA.
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Quando se trata de Instituições Financeiras, a harmonização com as normas contábeis internacionais se torna ainda mais complicada, pois cada país se encontra em uma situação econômica diferente, e a maneira como será tratada a inadimplência, assim como seu efeito nas decisões sobre novos empréstimos acaba se tornando muito peculiar. A grande importância tanto econômica quanto contábil dessas instituições acaba sendo mais um dificultador para essa harmonização.
ResponderExcluirRui César Valadares Santos
mat.: 10/06363