Felix Salmon comenta um relatório do Cato Institute, de autoria de Steve Hanke e Nicholas Krus, sobre a hiperinflação no mundo.
Salmon, que é um bom articulista, comete alguns erros na análise. Em primeiro lugar afirma que a hiperinflação possui uma definição precisa: aumento de preços acima de 50% ao mês. Na realidade a definição de hiperinflação é arbitrária: o Iasb define como sendo 100% de inflação em três anos (vide o capítulo sobre este assunto no livro de Teoria Contábil, da Atlas, de Niyama e este blogueiro).
Com base nesta definição, Hanke e Krus encontraram 57 experiências de hiperinflação na história. Isto inclui casos como a República de Weimar, Grécia (durante a segunda guerra), Hungria, entre outros. A partir deste relato Salmon erra de maneira forte ao perguntar: por que não encontramos hiperinflação em democracias?
Pressupõe Salmon que hiperinflação não ocorre em democracias. Mas esquece de exemplos de democracia onde existiram o aumento elevado nos preços: Weimar, Argentina, Brasil de Sarney, entre outros.
Lembrando, que o Cato Institute tem sido mencionado de maneira negativa em muitos episódios da série The Newsroom em razão do membro fundador David Koch.
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