Sobre a questão do assédio moral com o funcionário da empresa Brahma, uma excelente (novidade?) postagem do Rodolfo:
Havia, no entanto, outra coisa que me parecia estranha na reportagem: se o funcionário estava tão insatisfeito com as normas da empresa, por que simplesmente não pedia demissão? Ou por que não fazia uma denúncia formal à área de governança corporativa?
A resposta estava um pouco adiante: ele queria ser demitido, mas a companhia não concordava. Ou seja: ele queria receber mais dinheiro, para deixar a empresa por sua livre e espontânea vontade.
A prática - pedir para ser demitido para receber a multa de 40% do FGTS, além do direito de sacar o fundo - é tão disseminada que ninguém questiona sua legitimidade, tampouco sua ética. Por conta disto, o rapaz da reportagem conta que ficou mais dois anos na Ambev, até que sua demissão fosse liberada - e ele pudesse se livrar do ambiente que tanto lhe fazia mal, coitado. E aí, mesmo conseguindo a demissão como queria, entrou na Justiça do Trabalho contra a empresa, por assédio moral.
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