31 agosto 2012
Teste 581
Foram apreendidos mais de 20 mil livros da Association of Chartered Certified Accountants e do Chartered Financial Analyst. Estas obras eram que contabilidade internacional e as 35 pessoas presas eram de que país?
China
Índia
Vietnam
Resposta do Anterior: O. J. Simpson não paga imposto de renda desde 2008. Ele está atualmente morando numa penitenciaria, não por esta razão. Fonte: Aqui
China
Índia
Vietnam
Resposta do Anterior: O. J. Simpson não paga imposto de renda desde 2008. Ele está atualmente morando numa penitenciaria, não por esta razão. Fonte: Aqui
Iniciativa Privada e Espaço
Enquanto alguns países do mundo acreditam que o estado é o único capaz de agir em certos tipos de segmentos, os países mais avançados consideram que a iniciativa privada é muito mais competente e ágil.
No século dezenove diversos aventureiros buscaram atingir o Ártico. Uma análise destas expedições mostrou que as financiadas pelo dinheiro do contribuinte tinham melhores equipamentos e um número maior de pessoas. Mas a maioria dos achados ocorreu nas expedições menores, com menos pessoas, que eram financiadas pela iniciativa privada.
A lição de mais de cem anos atrás está sendo usada na exploração do espaço. Em 2004, o então presidente Bush anunciou que a exploração do espaço deveria contar com a participação da iniciativa privada. O presidente Obama encorajou mais ainda esta filosofia, ao aposentar o programa de ônibus espacial. Isto significa dizer que a Nasa deve contratar terceiros para mandar instrumentos e astronautas para o espaço.
Parece loucura, mas existem interessados. Pelo menos doze empresas estão competindo para criar veículos reutilizáveis, denominados SRVS, que levaram carga ou seres humanos para o espaço. Inicialmente o objetivo é levar carga para Estação Espacial Internacional. Mas existem empresas que estão aproveitando a oportunidade para vender passagens aos interessados em passear longe da terra. Entre as empresas, uma apoiada pela Amazon e outra pela Virgin, ambas bem estabelecidas no seu ramo de atuação.
Uma das empresas já está oferecendo passeios espaciais pela módica quantia de 95 mil dólares para 2013.
A Virgin planeja um voo com oito pessoas numa viagem de duas horas e meia com cinco minutos de ausência de peso. A empresa já possui 530 inscritos para esta viagem, com um custo de 200 mil dólares por pessoa. Entre os inscritos, Ashton Kutcher. Apesar do preço salgado, é muito menor que os 10 milhões de dólares que os contribuintes brasileiros pagaram para levar um astronauta para o espaço. E a frequência da viagem pode fazer o preço reduzir ainda mais no futuro.
A presença da iniciativa privada faz com que a viagem espacial, antes restrita a pessoas altamente preparadas, mais com gastos elevados para os contribuintes, possa ser algo muito mais próximo do turismo que hoje conhecemos. Com a vantagem de não mexer no bolso do contribuinte, como ocorreu no passado.
Isto pode fazer com que as viagens espaciais sejam, nos próximos anos, ao corriqueiro.
Leia Mais:
Aventuras Públicas e Aventuras Privadas
How the Private Sector Revolutionized the Space Race in a few short
Years
No século dezenove diversos aventureiros buscaram atingir o Ártico. Uma análise destas expedições mostrou que as financiadas pelo dinheiro do contribuinte tinham melhores equipamentos e um número maior de pessoas. Mas a maioria dos achados ocorreu nas expedições menores, com menos pessoas, que eram financiadas pela iniciativa privada.
A lição de mais de cem anos atrás está sendo usada na exploração do espaço. Em 2004, o então presidente Bush anunciou que a exploração do espaço deveria contar com a participação da iniciativa privada. O presidente Obama encorajou mais ainda esta filosofia, ao aposentar o programa de ônibus espacial. Isto significa dizer que a Nasa deve contratar terceiros para mandar instrumentos e astronautas para o espaço.
Parece loucura, mas existem interessados. Pelo menos doze empresas estão competindo para criar veículos reutilizáveis, denominados SRVS, que levaram carga ou seres humanos para o espaço. Inicialmente o objetivo é levar carga para Estação Espacial Internacional. Mas existem empresas que estão aproveitando a oportunidade para vender passagens aos interessados em passear longe da terra. Entre as empresas, uma apoiada pela Amazon e outra pela Virgin, ambas bem estabelecidas no seu ramo de atuação.
Uma das empresas já está oferecendo passeios espaciais pela módica quantia de 95 mil dólares para 2013.
A Virgin planeja um voo com oito pessoas numa viagem de duas horas e meia com cinco minutos de ausência de peso. A empresa já possui 530 inscritos para esta viagem, com um custo de 200 mil dólares por pessoa. Entre os inscritos, Ashton Kutcher. Apesar do preço salgado, é muito menor que os 10 milhões de dólares que os contribuintes brasileiros pagaram para levar um astronauta para o espaço. E a frequência da viagem pode fazer o preço reduzir ainda mais no futuro.
A presença da iniciativa privada faz com que a viagem espacial, antes restrita a pessoas altamente preparadas, mais com gastos elevados para os contribuintes, possa ser algo muito mais próximo do turismo que hoje conhecemos. Com a vantagem de não mexer no bolso do contribuinte, como ocorreu no passado.
Isto pode fazer com que as viagens espaciais sejam, nos próximos anos, ao corriqueiro.
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Aventuras Públicas e Aventuras Privadas
How the Private Sector Revolutionized the Space Race in a few short
Years
Prêmio de Física Fundamental
Magnata cria prêmio e distribui US$ 27 milhões para nove pessoas
O Globo com The New York Times, 2/08/2012
Física, área que antes dava recompensas modestas, hoje tem mecenas milionários.
Os físicos raramente são ricos ou famosos, mas um novo prêmio que recompensa as pesquisas de ponta na área fez de nove deles milionários. Eles receberam o Prêmio de Física Fundamental, criado por Yuri Milner, um ex-estudante de física russo que abandonou a faculdade em 1989 e ganhou bilhões investindo em empresas da internet como Facebook e Groupon.
"Eu perdi o chão, fiquei pasmo", disse Alan H. Guth, professor de física do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e um dos vencedores, que teve a ideia da inflação cósmica, um período de rápida expansão nos primeiros instantes do Universo.
Quando foi informado do prêmio de US$ 3 milhões, Guth presumiu que o dinheiro seria dividido entre os ganhadores. Mas não: em vez disso, cada um dos nove agraciados recebeu US$ 3 milhões, o maior prêmio científico do mundo. O Nobel concede US$ 1,2 milhão e normalmente é dividido entre duas ou três pessoas. Já o Prêmio Templeton, que honra contribuições para a compreensão das dimensões espirituais, teve a maior remuneração dada a um indivíduo, US$ 1,7 milhão este ano. Os US$ 3 milhões já estão na conta bancária de Guth, que antes tinha um saldo de US$ 200. "De repente eu tinha US$ 3.000.200,00", contou.
Milner disse que queria reconhecer os avanços nos mais profundos mistérios da física e do Universo. "Esta saga intelectual para entender o Universo nos define como seres humanos".
Quatro dos físicos são do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, nos EUA: Nima Arkani-Hamed, Juan Maldacena, Nathan Seiberg e Edward Witten. Eles investigam partículas e forças básicas do Universo com um instrumento matemático conhecido como Teoria das Cordas. Os outros ganhadores são Andrei Linde, físico da Universidade de Stanford que também trabalha com a inflação cósmica; Alexei Kitaev, professor de física do Instituto de Tecnologia da Califórnia, que estuda computadores quânticos; Maxim Kontsevich, matemático do Instituto de Estudos Avançados nos arredores de Paris, cujas descobertas na abstração matemática se mostraram muito úteis para a compreensão da Teoria das Cordas; e Ashoke Sen, teórico no campo da Teoria das Cordas do Instituto de Pesquisas Harish-Chandra, na Índia.
Milner selecionou o grupo inaugural de ganhadores, mas os futuros agraciados do Prêmio de Física Fundamental, que será concedido anualmente, deverão ser escolhidos pelos vencedores anteriores. O bilionário não quis detalhar como escolheu os feitos que decidiu honrar ou porque todos os ganhadores são homens. "Daqui para frente, ficará a cargo do comitê tomar essa decisão", disse Milner.
Pelas regras, o prêmio nos próximos anos pode ser dividido entre múltiplos vencedores, e um pesquisador poderá recebê-lo mais de uma vez. Milner também anunciou que haverá um prêmio de US$ 100 mil para o jovem pesquisador mais promissor. E diferentemente do Nobel de Física, o Prêmio de Física Fundamental poderá ser concedido a cientistas cujas ideias ainda não foram confirmadas, o que frequentemente demora décadas para acontecer. Algumas vezes, uma ideia radical "realmente merece reconhecimento logo porque expande nossa compreensão", defendeu Milner.
O Globo com The New York Times, 2/08/2012
Física, área que antes dava recompensas modestas, hoje tem mecenas milionários.
Os físicos raramente são ricos ou famosos, mas um novo prêmio que recompensa as pesquisas de ponta na área fez de nove deles milionários. Eles receberam o Prêmio de Física Fundamental, criado por Yuri Milner, um ex-estudante de física russo que abandonou a faculdade em 1989 e ganhou bilhões investindo em empresas da internet como Facebook e Groupon.
"Eu perdi o chão, fiquei pasmo", disse Alan H. Guth, professor de física do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e um dos vencedores, que teve a ideia da inflação cósmica, um período de rápida expansão nos primeiros instantes do Universo.
Quando foi informado do prêmio de US$ 3 milhões, Guth presumiu que o dinheiro seria dividido entre os ganhadores. Mas não: em vez disso, cada um dos nove agraciados recebeu US$ 3 milhões, o maior prêmio científico do mundo. O Nobel concede US$ 1,2 milhão e normalmente é dividido entre duas ou três pessoas. Já o Prêmio Templeton, que honra contribuições para a compreensão das dimensões espirituais, teve a maior remuneração dada a um indivíduo, US$ 1,7 milhão este ano. Os US$ 3 milhões já estão na conta bancária de Guth, que antes tinha um saldo de US$ 200. "De repente eu tinha US$ 3.000.200,00", contou.
Milner disse que queria reconhecer os avanços nos mais profundos mistérios da física e do Universo. "Esta saga intelectual para entender o Universo nos define como seres humanos".
Quatro dos físicos são do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, nos EUA: Nima Arkani-Hamed, Juan Maldacena, Nathan Seiberg e Edward Witten. Eles investigam partículas e forças básicas do Universo com um instrumento matemático conhecido como Teoria das Cordas. Os outros ganhadores são Andrei Linde, físico da Universidade de Stanford que também trabalha com a inflação cósmica; Alexei Kitaev, professor de física do Instituto de Tecnologia da Califórnia, que estuda computadores quânticos; Maxim Kontsevich, matemático do Instituto de Estudos Avançados nos arredores de Paris, cujas descobertas na abstração matemática se mostraram muito úteis para a compreensão da Teoria das Cordas; e Ashoke Sen, teórico no campo da Teoria das Cordas do Instituto de Pesquisas Harish-Chandra, na Índia.
Milner selecionou o grupo inaugural de ganhadores, mas os futuros agraciados do Prêmio de Física Fundamental, que será concedido anualmente, deverão ser escolhidos pelos vencedores anteriores. O bilionário não quis detalhar como escolheu os feitos que decidiu honrar ou porque todos os ganhadores são homens. "Daqui para frente, ficará a cargo do comitê tomar essa decisão", disse Milner.
Pelas regras, o prêmio nos próximos anos pode ser dividido entre múltiplos vencedores, e um pesquisador poderá recebê-lo mais de uma vez. Milner também anunciou que haverá um prêmio de US$ 100 mil para o jovem pesquisador mais promissor. E diferentemente do Nobel de Física, o Prêmio de Física Fundamental poderá ser concedido a cientistas cujas ideias ainda não foram confirmadas, o que frequentemente demora décadas para acontecer. Algumas vezes, uma ideia radical "realmente merece reconhecimento logo porque expande nossa compreensão", defendeu Milner.
Cost Overrun
Do Contas Abertas (via Histórias Contábeis) sobre o orçamento das olimpíadas Rio:
Como aponta o jornalista esportivo José Cruz, “depois que o Brasil ganhou, o orçamento precisou passar por uma atualização. E é isso que o COJO, novamente com os técnicos brasileiros, está realizando. O objetivo é evitar críticas semelhantes às que surgiram por ocasião dos Jogos Panamericanos de 2007, quando o primeiro orçamento, elaborado pela Fundação Getúlio Vargas, ficou em torno de R$ 470 milhões e o evento acabou custando R$ 3,4 bilhões”.
Entretanto, a projeção ainda não foi realizada:
(...) Para o jornalista José Cruz, que vem acompanhando a questão,“o atraso se deve à complexidade desses orçamentos e à inexperiência do Brasil em apurar um orçamento do tipo. Nós não temos experiência em orçamentos de grandes eventos internacionais, ainda mais em duas moedas – temos que fazer isso em real e transportar depois para dólar – e projetar tudo para 2016. Por isso que entram técnicos de outras áreas, do governo inclusive, para projetar os valores de hoje para 2016”. E acrescenta: “O simples fato de nós termos realizado o Panamericano não quer dizer que a gente tenha aprendido tudo. O Pan tinha 24 modalidades esportivas, agora nós vamos ter 30. O Pan era para 4 mil atletas, agora nós vamos ter 10 mil. O Pan era continental, agora nós vamos ter 202 países representados”, afirmou.
Já comentamos tanto isto, mas nunca é demais: lembre-se do conceito de cost overrun.
Como aponta o jornalista esportivo José Cruz, “depois que o Brasil ganhou, o orçamento precisou passar por uma atualização. E é isso que o COJO, novamente com os técnicos brasileiros, está realizando. O objetivo é evitar críticas semelhantes às que surgiram por ocasião dos Jogos Panamericanos de 2007, quando o primeiro orçamento, elaborado pela Fundação Getúlio Vargas, ficou em torno de R$ 470 milhões e o evento acabou custando R$ 3,4 bilhões”.
Entretanto, a projeção ainda não foi realizada:
(...) Para o jornalista José Cruz, que vem acompanhando a questão,“o atraso se deve à complexidade desses orçamentos e à inexperiência do Brasil em apurar um orçamento do tipo. Nós não temos experiência em orçamentos de grandes eventos internacionais, ainda mais em duas moedas – temos que fazer isso em real e transportar depois para dólar – e projetar tudo para 2016. Por isso que entram técnicos de outras áreas, do governo inclusive, para projetar os valores de hoje para 2016”. E acrescenta: “O simples fato de nós termos realizado o Panamericano não quer dizer que a gente tenha aprendido tudo. O Pan tinha 24 modalidades esportivas, agora nós vamos ter 30. O Pan era para 4 mil atletas, agora nós vamos ter 10 mil. O Pan era continental, agora nós vamos ter 202 países representados”, afirmou.
Já comentamos tanto isto, mas nunca é demais: lembre-se do conceito de cost overrun.
Computação nas Nuvens
Uma pesquisa com mil pessoas descobriu que mais da metade acreditava que o mau tempo poderia afetar a computação nas nuvens.
Linguagem acessível
Eis uma medida interessante da CVM: exigência de linguagem clara, objetiva, concisa e simples:
Se ainda é considerada complexa, alinguagem utilizada pelas empresas nos comunicados disponibilizadospela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) teve a sua estrutura modificada por meio da instrução nº480 para dar mais clareza as declarações. Essa instrução aborda a divulgação de informações periódicas, como os formulários de referência.
O artigo 15 desta instrução define que "todas as informações divulgadas pelo emissor devem ser escritas em linguagem simples, clara, objetiva e concisa".
Linguagem mais acessível na CVM atrai investidores - 29 de Agosto de 2012 - Brasil Econômico Online
(Foto com Paulo Gracindo, na pele de Odorico Paraguaçu)
Estoques como indicador econômico
Já comentamos anteriormente que o volume de estoques, dos balanços das empresas, é um excelente índice do comportamento da economia. Os últimos balanços mostraram que o lento crescimento trouxe um aumento nos estoques:
(...) No entanto, as empresas ainda não conseguiram se livrar de uma herança deixada pelo desaquecimento do consumo: os níveis de estoques, em reais ajustados pela inflação, são os maiores desde o fim de 2008, no pico da crise financeira que paralisou a economia mundial.
Um levantamento com dados de 200 companhias de capital aberto feito pelo Valor com base em dados da consultoria Economática mostra que os estoques chegaram a R$ 141,58 bilhões no fim de junho, 8% maior que o volume de doze meses antes.
Em termos absolutos, o valor de junho é 14% maior que o de dezembro de 2008, em números deflacionados. No entanto, numa comparação com o total do ativo circulante (onde fica a conta dos estoques no balanço patrimonial), os estoques deste ano representavam 23,2% do ativo, enquanto em 2008 essa relação era maior, de 25%. Ainda assim, a relação deste ano é a segunda maior da série. (...)
Estoques chegam a patamares recordes com desaceleração - 29 de Agosto de 2012 - Valor Econômico - Daniela Meibak
30 agosto 2012
Financiamento do Iasb
O maior obstáculo para a adoção IFRS para as empresas abertas dos EUA pode ser o financiamento do IASB.Fonte: Aqui
(...) A preocupação com esse modelo é que ele deixa a percepção de que as organizações que fornecem financiamento para o Iasb poderia tentar influenciar as normas de contabilidade.
Enquanto isso, a Lei Sarbanes-Oxley de 2002 exige que o corpo normas contábeis de ajuste para as empresas dos EUA ser financiado através da cobrança de taxas dos emissores de títulos dos EUA. Atualmente, essas taxas fornecem a maior parte do financiamento para a Financial Accounting Foundation, a empresa-mãe da FASB.
Mas a SEC não pode atuar como um arrecadador para uma organização privada, e o pagamento para o IASB poderia ser visto como um subsídio estrangeiro.
"A comissão pode ser limitada de financiar diretamente a Fundação IFRS sem uma dotação do Congresso", afirma o relatório.
Entretanto, embora a Fundação IFRS ter aumentado o financiamento de fontes independentes, cerca de 25% de suas doações esperadas para 2012 serão provenientes de sete das maiores empresas de contabilidade, de acordo com o relatório da SEC.
Isto é visto por alguns como uma barreira para a verdadeira independência do IASB e do seu processo de normalização.
Clinton
Desenvolvimento econômico com sustentabilidade foi o tema principal da palestra ministrada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, programação que encerrou os trabalhos desta segunda-feira (27) no 19º Congresso Brasileiro de Contabilidade. O palestrante relatou por mais de uma hora sobre sua experiência à frente da maior potência econômica mundial e os exemplos de sustentabilidade que vêm alavancando a economia de alguns países. (...)Via Vladmir Almeida.
A contabilidade honesta a que Clinton se refere é a administração dos custos e a avaliação no processo de tomada de decisões, levando em consideração as consequências delas para a sociedade. Hoje o Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, principal exportador mundial e líder internacional em matéria de biocombustíveis. Segundo Bill Clinton, o país deve planejar como manter essa estabilidade, a longo prazo, de forma sustentável. “O Brasil pode firmar parceria com países menos desenvolvidos para o plantio da cana de açúcar, como o Haiti, país que conhece bem a ajuda brasileira, infelizmente por conta do terremoto que devastou o país a alguns anos”, sugere Clinton. (...)
Recentemente assistindo um episódio de The Newsroom (série da HBO. Já assistiu? Vale a pena, muito) a personagem Sloan Sabbith (interpretada por Olivia Munn, foto) lembra que foi Clinton o responsável pela revogação da Lei Glass-Steagall. Esta lei criava uma barreira entre os bancos comerciais e os bancos especuladores. A lei era da época da crise econômica de trinta, ou seja, do governo Roosevelt. Ao revogar a lei, Clinton abriu as portas para uma crise, que ocorreu em 2008. Assim, é estranho ele falar em estabilidade de longo prazo ou de contabilidade honesta. É algo próximo ao próprio Clinton falar no nono mandamento.
Novo Presidente da CVM
Em um processo que levou poucos minutos na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Leonardo Pereira teve seu nome aprovado, nesta quarta-feira, para a presidência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A aprovação foi unânime. Dezoito senadores participaram da escolha. O nome de Pereira deverá ir a plenário ainda nesta quarta-feira.
Realizada na segunda etapa da reunião da CAE, a sabatina foi esvaziada. Após a votação da primeira parte da reunião, apenas cinco senadores permaneceram na sala. Só os senadores Lobão Filho e Eduardo Suplicy fizeram perguntas genéricas sobre o mercado de capitais brasileiro a Pereira.
O executivo afirmou que o mercado brasileiro ainda tem poucas centenas de companhias abertas, enquanto outros países têm mais de 4 mil. "Para ter pessoas investindo no Brasil precisamos de duas coisas importantes e simples: confiança e transparência. O mercado precisa ser desenvolvido", disse.
Na abertura da sessão, Pereira falou de sua experiência de 30 anos no mercado de capitais, ressaltando sua passagem por companhias abertas como a Net e a Gol e lembrando que algumas das empresas passaram por processos de adequação ao regime contábil do IFRS - as normas internacionais de contabilidade - e emissão de títulos no mercado de capitais.
"Tudo isso me deu conhecimento prático nas áreas em que a CVM atua, em transparência e governança. Isso me deu oportunidade de lidar com questões nesse campo e tomar decisões concretas quando necessário", disse, afirmando que essas experiências o credenciam à CVM, classificada por ele como "fiadora das boas práticas de governança". Pereira preferiu não falar com a imprensa antes da aprovação do seu nome pelo plenário. Ele também não respondeu a uma pergunta do senador Lobão Filho sobre o grande número de processos judiciais questionando decisões da CVM, mas prometeu analisar a questão após tomar posse.
Leonardo Pereira é aprovado para presidir a CVM - Agência Estado
Por Mariana Durão
Como reduzir a criminalidade
Quando pergunto às pessoas como poderíamos reduzir a criminalidade na sociedade, elas em geral sugerem colocar mais policiais nas ruas e aplicar punições mais severas para os infratores. Quando pergunto aos CEOs de empresas o que fariam para resolver o problema de furtos internos, fraudes, pedidos exagerados de reembolso de despesas e sabotagem (quando os empregados agem para prejudicar os empregadores sem obterem benefício concreto), normalmente sugerem uma supervisão mais rigorosa e políticas duras sem margem para tolerância. E quando os governos tentam diminuir a corrupção ou criar regulamentos para o comportamento mais honesto, muitas vezes promovem a transparência (também conhecida como "política à luz do dia") como forma de cura para os males da sociedade. Certamente, há poucas evidências de que qualquer uma dessas soluções funcione.Dan Ariely - A mais pura Verdade sobre a Desonestidade, p.45-46
Em contrapartida, os experimentos descritos aqui mostram que algo tão simples quanto lembrar padrões de moral no momento da tentação pode ser muito eficaz para a diminuição do comportamento desonesto e até evitá-lo completamente. (...) Se seu contador lhe pedisse para assinar um código de honra um pouco antes de remeter sua declaração de imposto ou se seu agente de seguros o fizesse jurar que está dizendo toda a verdade sobre aquela mobiliário danificado pela enchente, a evasão fiscal e a fraude nos seguros provavelmente seriam menos comuns.
29 agosto 2012
Buarque
Segundo Polyana Silva, na palestra do Senador Cristovam Buarque, durante o VII Fórum Nacional de Professores de Ciências Contábeis, dentro do Congresso do CFC, o mesmo enfatizou a relevância da educação.
Como professor da UnB, onde Buarque foi reitor e AINDA é professor (recebe o salário, embora esteja "afastado"), tenho sérias objeções. Buarque, enquanto reitor da UnB, não entendia a razão de se ter um curso de graduação em contabilidade. Quanto mais um mestrado e doutorado. É "curioso" a presença dele num congresso de contabilidade promovido pelo conselho.
Como professor da UnB, onde Buarque foi reitor e AINDA é professor (recebe o salário, embora esteja "afastado"), tenho sérias objeções. Buarque, enquanto reitor da UnB, não entendia a razão de se ter um curso de graduação em contabilidade. Quanto mais um mestrado e doutorado. É "curioso" a presença dele num congresso de contabilidade promovido pelo conselho.
Postalis
A SEC (Securities and Exchange Commission), órgão regulador do mercado de ações nos Estados Unidos, informou nesta quarta-feira (29) que está acusando dois ex-corretores de valores mobiliários que operavam em Miami de ter cobrado, de seus clientes investidores, US$ 36 milhões a mais do que o devido por comissões em emissões de notas estruturadas.
Do valor cobrado excessivamente, US$ 24 milhões teriam sido pagos por dois fundos de pensão públicos brasileiros e US$ 12 milhões por um investidor institucional da Colômbia.
Os dois fundos que teriam perdido dinheiro por conta da cobrança de comissões exageradas de intermediários nos Estados Unidos são da Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios. As transações teriam causado perdas ao Brazil Sovereign II Fidex e ao Atlântica Real Sovereign Fund, ambos geridos pela Atlântica Asset Management.
Órgão regulador dos EUA processa corretores por prejuízo a fundos brasileiros - Folha de S Paulo
Não é de estranhar que um fundo de pensão de uma estatal tenha sido prejudicado. A qualidade das gestão financeira deste fundos deixa muito a desejar.
Valor da Onda
Diante da ameaça representada pela construção de um condomínio numa praia de Porto Rico, um economista, praticante de surf, decidiu mensurar a contribuição que o esporte traz para a economia local. Nas palavras do Washington Post, ele calculou o valor de uma onda.
Para chegar ao valor, calculou-se o número de surfistas que frequentam uma praia com boas ondas. Estes surfistas também são consumidores e gastam dinheiro quando praticam seu esporte. Os cálculos feitos mostram que os surfistas são responsáveis por no mínimo dois bilhões de dólares em consumo somente nos Estados Unidos.
Isto contraria a visão tradicional do surfista como uma pessoa sem dinheiro, preocupada somente em puxar um fumo e pegar uma onda. Assim, quando uma obra coloca em risco uma praia boa para a prática do surf isto pode representar perda de dinheiro do turismo. É o que ocorreu com uma praia na ilha da Madeira, em Portugal, onde o governo decidiu fazer uma obra que prejudicou o surf no local. A praia deixou de ser frequentada pelos fãs do esporte e a comunidade local perdeu receita destas pessoas.
Uma organização denominada Save The Waves tem procurado defender as praias através de estudos econômicos. Segundo esta entidade, uma praia da California (Mavericks) possui um valor de 23,9 milhões de dólares; já a praia de Mundaka, na Espanha, tem um valor de 4,5 milhões para a economia local.
Para ler mais: Surfonomics quantifies the worth of waves. Gregory Thomas, 24 de Agosto de 2012.
Para chegar ao valor, calculou-se o número de surfistas que frequentam uma praia com boas ondas. Estes surfistas também são consumidores e gastam dinheiro quando praticam seu esporte. Os cálculos feitos mostram que os surfistas são responsáveis por no mínimo dois bilhões de dólares em consumo somente nos Estados Unidos.
Isto contraria a visão tradicional do surfista como uma pessoa sem dinheiro, preocupada somente em puxar um fumo e pegar uma onda. Assim, quando uma obra coloca em risco uma praia boa para a prática do surf isto pode representar perda de dinheiro do turismo. É o que ocorreu com uma praia na ilha da Madeira, em Portugal, onde o governo decidiu fazer uma obra que prejudicou o surf no local. A praia deixou de ser frequentada pelos fãs do esporte e a comunidade local perdeu receita destas pessoas.
Uma organização denominada Save The Waves tem procurado defender as praias através de estudos econômicos. Segundo esta entidade, uma praia da California (Mavericks) possui um valor de 23,9 milhões de dólares; já a praia de Mundaka, na Espanha, tem um valor de 4,5 milhões para a economia local.
Para ler mais: Surfonomics quantifies the worth of waves. Gregory Thomas, 24 de Agosto de 2012.
Amortização do ágio
Sobem a muitos bilhões de reais as autuações fiscais nos últimos anos por amortização do ágio gerado na aquisição de participações societárias. E, por tudo que se comenta, uma medida provisória que estaria por sair poderia simplesmente vedar totalmente essa amortização a partir do próximo ano. Como essa amortização do ágio tem, não raro, influência enorme no preço das ações ou quotas das empresas sendo total ou parcialmente adquiridas, é lógico que proprietários e investidores se mobilizam para evitar alteração tão drástica.
Argumentos econômicos muito fortes evidenciam que menos dólares entrariam no Brasil nas aquisições de empresas por estrangeiros, ou que a simples depreciação dos preços dessas ações ou quotas poderia desacelerar as operações que, por causa das mudanças de mãos, ajudam a melhorar as empresas e a economia. Argui-se também que tem aumentado, ao redor do mundo, os incentivos governamentais a tais operações via essa dedutibilidade e estaríamos na contramão.
Há também que se notar que a Receita Federal tem razão ao reclamar, pois muitas operações foram montadas para obtenção de benefícios sem que de fato quaisquer mudanças de controle ou de gerenciamento ocorressem, principalmente naquelas acontecidas entre empresas dentro do mesmo grupo econômico. Só que isso ocorreu por culpa do próprio governo, e não (que se saiba) das empresas.
Tudo começou com o Decreto-Lei nº 1.598, de 1976, que cometeu alguns erros técnicos ao definir o ágio como a diferença entre valor de aquisição e valor contábil da parcela patrimonial adquirida, e ao não exigir a utilização fiscal de uma regra de ouro: ágio genuíno por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) é apenas o excedente pago sobre o valor de mercado (valor justo, mais recentemente) dos ativos e passivos adquiridos avaliados individualmente. O decreto criou enorme confusão com menção a ágio por expectativa de rentabilidade futura, fundo de comércio e até a incríveis "outras razões econômicas". Assim, o governo errou na redação original, inclusive ao permitir a interpretação de escolha de classificação e não exigência rígida de hierarquia como passou a ocorrer a partir de 2010 com as normas internacionais de contabilidade. Com isso, passou-se, desde a década de 70, a aceitar valor de ágio chamado de expectativa de rentabilidade futura normalmente por valor maior do que o tecnicamente devido. Mas tudo suportado por esse decreto-lei.
O Fisco tem tentado consertar, por vias discutíveis, erros do próprio governo
Mas tal decreto só permitia a dedutibilidade do ágio apenas na baixa do investimento. Portanto, na prática nada de problema muito sério. Porém, com o objetivo de aumentar o valor de suas próprias empresas no processo de desestatização, o governo tomou a iniciativa que redundou na Lei nº 9.532 em 1997, onde passou a aceitar a dedutibilidade da amortização do ágio em cinco anos, desde que mediante processo de fusão, incorporação ou cisão (nenhuma lógica nessa subordinação - apenas trabalho adicional às empresas). Pior ainda, emitiu em 2002 a Medida Provisória nº 66 (Lei nº 10.637, de 2002) que permitiu ao vendedor diferir, às vezes quase que para sempre, o ganho obtido por esse ágio. Aí foi o paraíso: o vendedor tributava a prazo, às vezes quase infinito, e o comprador deduzia em cinco anos!
Mais recentemente, com o valor dessas dedutibilidades assumindo vultosas cifras, o Fisco começou a autuar as empresas sob os mais variados argumentos: ágio interno, ou seja, derivado de negociações de participações societárias entre empresas do mesmo grupo - mas nada na lei fiscal ou contábil jamais vedou isso até 2010; ausência de "custo" por não haver desembolso de caixa na aquisição, já que pagamento com emissão de ações às vezes - só que jamais a contabilidade subordinou "custo de aquisição" a desembolso em caixa. Há ainda o laudo de avaliação elaborado após a negociação - o laudo nunca foi exigido legalmente e é mesmo comum que ele seja formalizado após a operação, com esta se dando com base em documentos e estudos internos ou externos elaborados rapidamente, apresentados em forma inacabada etc.; a não atribuição, primeiramente, da mais valia dos ativos - mas o próprio Decreto-Lei nº 1.598, de 1977 abriu a brecha para escolha de classificação e não hierarquização; não há ágio com patrimônio líquido negativo - mas isso jamais foi mencionado na legislação e, contabilmente, esse reconhecimento faz parte das práticas contábeis aceitas; não atribuição de valor a intangíveis não contabilizados - mas essa exigência contábil começou entre nós apenas a partir de 2010 etc. Ou seja, o Fisco vem procurando consertar, por vias na maioria das vezes muito discutíveis, os erros do próprio governo.
Vê-se, assim, que é preciso solução legal para uma reorganização legal fiscal nesse campo do ágio, como houve reorganização contábil com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, emitindo o CPC 15 (Combinação de Negócios), prontamente reconhecido pela Comissão de Valores Mobiliários, pelo Conselho Federal de Contabilidade e outros reguladores.
O governo, porém, passar de um extremo ao outro, impedindo pura e simplesmente a amortização fiscal do genuíno ágio pode ser uma reação exagerada às consequências de seus próprios erros. Portanto, o fundamental é mesmo a adoção do conceito contábil atual de ágio também para fins fiscais, a vedação da amortização fiscal quando de operações entre entidades sob controle comum, talvez não cinco anos para a amortização e sim um prazo mais palatável (o dobro, por que não?), exigência de laudo formal para o cálculo das mais e menos valias de ativos e passivos etc. Ou seja, é fundamental consertar os erros, mas não indo de encontro ao que se vê sendo praticado em tantos países.
A Receita Federal e o Ministério da Fazenda foram, nos últimos anos, os grandes baluartes que, com a aceitação da neutralidade tributária (segregação das informações para fins informacionais e para fins tributários), permitiram o enorme avanço da contabilidade brasileira se igualando agora, novamente (a Lei nº 6.404, de 1976 também fizera isso), às melhores do mundo. Logo, há de se esperar atitude também discutida e amadurecida com vistas ao que de melhor se pode fazer neste país.
Dedutibilidade fiscal da amortização do ágio - 28 de Agosto de 2012 - Valor Econômico - Eliseu Martins
Argumentos econômicos muito fortes evidenciam que menos dólares entrariam no Brasil nas aquisições de empresas por estrangeiros, ou que a simples depreciação dos preços dessas ações ou quotas poderia desacelerar as operações que, por causa das mudanças de mãos, ajudam a melhorar as empresas e a economia. Argui-se também que tem aumentado, ao redor do mundo, os incentivos governamentais a tais operações via essa dedutibilidade e estaríamos na contramão.
Há também que se notar que a Receita Federal tem razão ao reclamar, pois muitas operações foram montadas para obtenção de benefícios sem que de fato quaisquer mudanças de controle ou de gerenciamento ocorressem, principalmente naquelas acontecidas entre empresas dentro do mesmo grupo econômico. Só que isso ocorreu por culpa do próprio governo, e não (que se saiba) das empresas.
Tudo começou com o Decreto-Lei nº 1.598, de 1976, que cometeu alguns erros técnicos ao definir o ágio como a diferença entre valor de aquisição e valor contábil da parcela patrimonial adquirida, e ao não exigir a utilização fiscal de uma regra de ouro: ágio genuíno por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) é apenas o excedente pago sobre o valor de mercado (valor justo, mais recentemente) dos ativos e passivos adquiridos avaliados individualmente. O decreto criou enorme confusão com menção a ágio por expectativa de rentabilidade futura, fundo de comércio e até a incríveis "outras razões econômicas". Assim, o governo errou na redação original, inclusive ao permitir a interpretação de escolha de classificação e não exigência rígida de hierarquia como passou a ocorrer a partir de 2010 com as normas internacionais de contabilidade. Com isso, passou-se, desde a década de 70, a aceitar valor de ágio chamado de expectativa de rentabilidade futura normalmente por valor maior do que o tecnicamente devido. Mas tudo suportado por esse decreto-lei.
O Fisco tem tentado consertar, por vias discutíveis, erros do próprio governo
Mas tal decreto só permitia a dedutibilidade do ágio apenas na baixa do investimento. Portanto, na prática nada de problema muito sério. Porém, com o objetivo de aumentar o valor de suas próprias empresas no processo de desestatização, o governo tomou a iniciativa que redundou na Lei nº 9.532 em 1997, onde passou a aceitar a dedutibilidade da amortização do ágio em cinco anos, desde que mediante processo de fusão, incorporação ou cisão (nenhuma lógica nessa subordinação - apenas trabalho adicional às empresas). Pior ainda, emitiu em 2002 a Medida Provisória nº 66 (Lei nº 10.637, de 2002) que permitiu ao vendedor diferir, às vezes quase que para sempre, o ganho obtido por esse ágio. Aí foi o paraíso: o vendedor tributava a prazo, às vezes quase infinito, e o comprador deduzia em cinco anos!
Mais recentemente, com o valor dessas dedutibilidades assumindo vultosas cifras, o Fisco começou a autuar as empresas sob os mais variados argumentos: ágio interno, ou seja, derivado de negociações de participações societárias entre empresas do mesmo grupo - mas nada na lei fiscal ou contábil jamais vedou isso até 2010; ausência de "custo" por não haver desembolso de caixa na aquisição, já que pagamento com emissão de ações às vezes - só que jamais a contabilidade subordinou "custo de aquisição" a desembolso em caixa. Há ainda o laudo de avaliação elaborado após a negociação - o laudo nunca foi exigido legalmente e é mesmo comum que ele seja formalizado após a operação, com esta se dando com base em documentos e estudos internos ou externos elaborados rapidamente, apresentados em forma inacabada etc.; a não atribuição, primeiramente, da mais valia dos ativos - mas o próprio Decreto-Lei nº 1.598, de 1977 abriu a brecha para escolha de classificação e não hierarquização; não há ágio com patrimônio líquido negativo - mas isso jamais foi mencionado na legislação e, contabilmente, esse reconhecimento faz parte das práticas contábeis aceitas; não atribuição de valor a intangíveis não contabilizados - mas essa exigência contábil começou entre nós apenas a partir de 2010 etc. Ou seja, o Fisco vem procurando consertar, por vias na maioria das vezes muito discutíveis, os erros do próprio governo.
Vê-se, assim, que é preciso solução legal para uma reorganização legal fiscal nesse campo do ágio, como houve reorganização contábil com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, emitindo o CPC 15 (Combinação de Negócios), prontamente reconhecido pela Comissão de Valores Mobiliários, pelo Conselho Federal de Contabilidade e outros reguladores.
O governo, porém, passar de um extremo ao outro, impedindo pura e simplesmente a amortização fiscal do genuíno ágio pode ser uma reação exagerada às consequências de seus próprios erros. Portanto, o fundamental é mesmo a adoção do conceito contábil atual de ágio também para fins fiscais, a vedação da amortização fiscal quando de operações entre entidades sob controle comum, talvez não cinco anos para a amortização e sim um prazo mais palatável (o dobro, por que não?), exigência de laudo formal para o cálculo das mais e menos valias de ativos e passivos etc. Ou seja, é fundamental consertar os erros, mas não indo de encontro ao que se vê sendo praticado em tantos países.
A Receita Federal e o Ministério da Fazenda foram, nos últimos anos, os grandes baluartes que, com a aceitação da neutralidade tributária (segregação das informações para fins informacionais e para fins tributários), permitiram o enorme avanço da contabilidade brasileira se igualando agora, novamente (a Lei nº 6.404, de 1976 também fizera isso), às melhores do mundo. Logo, há de se esperar atitude também discutida e amadurecida com vistas ao que de melhor se pode fazer neste país.
Dedutibilidade fiscal da amortização do ágio - 28 de Agosto de 2012 - Valor Econômico - Eliseu Martins
Portabilidade de crédito
Avança a portabilidade de crédito
20 de agosto de 2012
Por Carolina Mandl De São Paulo Valor Econômico
20 de agosto de 2012
Por Carolina Mandl De São Paulo Valor Econômico
Quando Reynaldo Gianecchini e Camila Pitanga foram à televisão em abril como garotos-propaganda dos bancos públicos, os atores conseguiram levantar o ibope de uma ferramenta já velha, mas praticamente desconhecida dos brasileiros: a portabilidade de operações de crédito, criada em 2006.
Dados do Banco Central mostram que o número de operações de troca de dívida cresce desde maio, logo depois que começou a ofensiva da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil para conquistar clientes dos concorrentes. Camila Pitanga anunciou, em horário nobre, uma “redução drástica de juros” na Caixa, e Gianecchini, “crédito para antecipar seus sonhos” no BB.
Foram promessas que levaram alguns brasileiros endividados às ruas, querendo trocar parcelas mais altas por outras mais baixas no banco concorrente, em um movimento que atingiu proporção recorde no país. De maio a julho, foram fechadas aproximadamente 45 mil operações de portabilidade por mês, somando R$ 520 milhões mensais, sendo que a maior parte é de crédito consignado. Na série histórica do Banco Central, iniciada em dezembro de 2006, esses patamares não tinham sido alcançados por três meses consecutivos antes.
(...)Diversos estudos internacionais apontam que a portabilidade é uma ferramenta importante para estimular a concorrência entre bancos. Por aqui, o BC sabe que isso só está começando, mas que as campanhas do BB e da Caixa trouxeram um importante estímulo. Depois que os bancos públicos foram à televisão, outras instituições privadas também resolveram mostrar suas ofertas.
Não há números públicos que mostrem quem ganhou e quem perdeu empréstimos dos concorrentes. Mas os balanços dos bancos de abril a junho apontam que as instituições públicas – muitas vezes sacrificando suas margens em prol da decisão do governo de aquecer a economia – tiveram um avanço maior da carteira de crédito. Caixa (+5,1%) e Banco do Brasil (+3,1%) também conquistaram, proporcionalmente, mais correntistas do que Bradesco (+ 0,8%) e Santander (+2,1%). O Itaú Unibanco não divulga esse dado.
Para o BC, os números da portabilidade de crédito acabam escondendo um movimento maior que pode ter ocorrido desde que os bancos públicos anunciaram redução de taxas. O argumento da autoridade é que muitos devedores podem ter usado de seu poder de barganha para conseguir descontos nas próprias instituições onde tomaram o empréstimo.
O Banco do Brasil sentiu esse efeito. Muitos clientes, ao verem as propagandas do banco com taxas mais baixas do que aquelas que estavam pagando, buscaram renegociar suas dívidas dentro do próprio BB. O volume de renegociações alcançou R$ 16 bilhões, 60% maior do que um ano antes.
(...)
Dados do Banco Central mostram que o número de operações de troca de dívida cresce desde maio, logo depois que começou a ofensiva da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil para conquistar clientes dos concorrentes. Camila Pitanga anunciou, em horário nobre, uma “redução drástica de juros” na Caixa, e Gianecchini, “crédito para antecipar seus sonhos” no BB.
Foram promessas que levaram alguns brasileiros endividados às ruas, querendo trocar parcelas mais altas por outras mais baixas no banco concorrente, em um movimento que atingiu proporção recorde no país. De maio a julho, foram fechadas aproximadamente 45 mil operações de portabilidade por mês, somando R$ 520 milhões mensais, sendo que a maior parte é de crédito consignado. Na série histórica do Banco Central, iniciada em dezembro de 2006, esses patamares não tinham sido alcançados por três meses consecutivos antes.
(...)Diversos estudos internacionais apontam que a portabilidade é uma ferramenta importante para estimular a concorrência entre bancos. Por aqui, o BC sabe que isso só está começando, mas que as campanhas do BB e da Caixa trouxeram um importante estímulo. Depois que os bancos públicos foram à televisão, outras instituições privadas também resolveram mostrar suas ofertas.
Não há números públicos que mostrem quem ganhou e quem perdeu empréstimos dos concorrentes. Mas os balanços dos bancos de abril a junho apontam que as instituições públicas – muitas vezes sacrificando suas margens em prol da decisão do governo de aquecer a economia – tiveram um avanço maior da carteira de crédito. Caixa (+5,1%) e Banco do Brasil (+3,1%) também conquistaram, proporcionalmente, mais correntistas do que Bradesco (+ 0,8%) e Santander (+2,1%). O Itaú Unibanco não divulga esse dado.
Para o BC, os números da portabilidade de crédito acabam escondendo um movimento maior que pode ter ocorrido desde que os bancos públicos anunciaram redução de taxas. O argumento da autoridade é que muitos devedores podem ter usado de seu poder de barganha para conseguir descontos nas próprias instituições onde tomaram o empréstimo.
O Banco do Brasil sentiu esse efeito. Muitos clientes, ao verem as propagandas do banco com taxas mais baixas do que aquelas que estavam pagando, buscaram renegociar suas dívidas dentro do próprio BB. O volume de renegociações alcançou R$ 16 bilhões, 60% maior do que um ano antes.
(...)
Cruzeiro do Sul
(...) a maior parte dos empréstimos falsos teria sido criada em nome dos associados da Ambra [Associação Beneficente dos Músicos Militares do Brasil], de acordo com duas fontes que participaram da inspeção. Eram pessoas que não tinham tomado os empréstimos, mas, que na carteira do banco, apareciam como devedoras. Essas operações sem lastro começaram a ser feitas há pelo menos cinco anos.
Por meio de um convênio com a Ambra, o Cruzeiro também fazia empréstimos reais com os associados.
Depois de criar esses empréstimos, o banco teria transferido o dinheiro dos créditos à associação. O destino final dos recursos, porém, ainda não é conhecido. É isso o que os próximos passos da investigação tentarão determinar daqui para a frente. (...)Cruzeiro falsificou crédito a militar - Por Carolina Mandl e Cristiano Romero - Valor Econômico - 28/08/2012
Empregados
Eis uma situação interessante: uma entidade faz uma reunião com os empregados para comunicar o resultado
O banco BVA deve anunciar nos próximos dias prejuízo acumulado de R$ 90 milhões no semestre, segundo funcionários da instituição. Na segunda-feira, os sócios do banco fizeram uma reunião com cerca de 400 empregados na qual informaram o resultado que deve constar no balanço do banco.Qual a razão? Provavelmente a direção quer evitar que boatos prejudiquem a moral interna.
Segundo os diretores do BVA, o prejuízo é decorrente do aumento de provisões, exigido pelo Banco Central. Fontes ouvidas pela reportagem afirmam que o valor reservado para esse fim no banco supera os R$ 150 milhões no período - ou seja, sem as medidas prudenciais do BC, o BVA teria dado lucro. Os diretores disseram ao iG que já fizeram todo o provisionamento exigido para o primeiro semestre.
Na reunião com os funcionários, a primeira da história do banco, os diretores também anunciaram aumento de capital de R$ 300 milhões, o que elevaria o patrimônio líquido da instituição para R$ 1 bilhão.
Exu tranca-tese
Estou com uma cefaleia há vários dias, então a Polyana (após eu ter pedido pra ela trazer uma garrafada pra mim do Mercado Ver-o-Peso, em Belém, onde ela está no Congresso Brasileiro de Contabilidade) me falou brincando que pode ser o Exu Tranca-Tese atrasado. Eu não entendi e fui procurar no Google... Risos. Eu não conhecia, e você?
Do blog Dando um Vasari:
“Hoje, as 12h30, no meio de um jogo de paciência enrolativo, recebi por email o texto abaixo de meu amigo Edson Silva, do Recife, que acabou de acabar de passar por isso. Não sei quem é o autor da coisa, mas com certeza merece nossos parabéns!
[...] Você está na reta final da sua tese, dissertação ou monografia? Leia!!!Se não está, guarde, que poderá vir a ser útil.
Você sente que existe uma força misteriosa que tira seu ânimo? Faz seu orientador adoecer ou sumir do mapa inexplicavelmente? Seu computador quebra ou é roubado com todos os seus dados e análises?
Lamento ser o portador dessa má notícia, mas... VOCÊ TEM UM EXU TRANCA TESE NA SUA VIDA!!!”
Pode isso? A criatividade está rolando em excesso por aí - para assuntos que não envolvem pesquisa. Para ler mais clique aqui. Espero que eu não esteja passando por isso, ou vocês, com ou sem atraso! ^.^
Em tempo:
Aqui tem uma oração. Vai que...
Do blog Dando um Vasari:
“Hoje, as 12h30, no meio de um jogo de paciência enrolativo, recebi por email o texto abaixo de meu amigo Edson Silva, do Recife, que acabou de acabar de passar por isso. Não sei quem é o autor da coisa, mas com certeza merece nossos parabéns!
[...] Você está na reta final da sua tese, dissertação ou monografia? Leia!!!Se não está, guarde, que poderá vir a ser útil.
Você sente que existe uma força misteriosa que tira seu ânimo? Faz seu orientador adoecer ou sumir do mapa inexplicavelmente? Seu computador quebra ou é roubado com todos os seus dados e análises?
Lamento ser o portador dessa má notícia, mas... VOCÊ TEM UM EXU TRANCA TESE NA SUA VIDA!!!”
Pode isso? A criatividade está rolando em excesso por aí - para assuntos que não envolvem pesquisa. Para ler mais clique aqui. Espero que eu não esteja passando por isso, ou vocês, com ou sem atraso! ^.^
Em tempo:
Aqui tem uma oração. Vai que...
28 agosto 2012
Teste 580
Esta personalidade foi um esportista famoso e também atuou em alguns filmes. Mas envolvido em encrencas, não paga o imposto de renda desde 2008: sua dívida é de 180 mil dólares.
Arnold Schwarzenegger
O J Simpson
Paul Breitner
Resposta do Anterior: Shell; Nintendo; Kodak; IBM; Mozilla; Cannon. Fonte: aqui
Dica de Eric Adrian, grato.
Arnold Schwarzenegger
O J Simpson
Paul Breitner
Resposta do Anterior: Shell; Nintendo; Kodak; IBM; Mozilla; Cannon. Fonte: aqui
Dica de Eric Adrian, grato.
Deloitte e o Irã 3
Anteriormente informamos aos leitores sobre a investigação de lavagem de dinheiro iraniano pelo Standard Chartered e a acusação de que a empresa de auditoria Deloitte tenha ajudado a instituição financeira no esquema.
Um texto do The Telegraph chama atenção para o suicídio de Daniel Pirron, partner do escritório de Nova Iorque da empresa de auditoria. Um fato muito lamentável. O irmão de Pirron, falando sobre o trágico acontecimento, disse que acredita que exista uma conexão entre o caso e a atitude de Daniel. A empresa nega existir uma relação entre os dois acontecimentos, informando que Pirron não trabalhava para o Chartered.
A polícia está investigando. Ao mesmo tempo, a família de Pirron contratou um advogado para liberar o computador, que tecnicamente é da empresa. A notícia não teve destaque na imprensa dos EUA.
Um texto do The Telegraph chama atenção para o suicídio de Daniel Pirron, partner do escritório de Nova Iorque da empresa de auditoria. Um fato muito lamentável. O irmão de Pirron, falando sobre o trágico acontecimento, disse que acredita que exista uma conexão entre o caso e a atitude de Daniel. A empresa nega existir uma relação entre os dois acontecimentos, informando que Pirron não trabalhava para o Chartered.
A polícia está investigando. Ao mesmo tempo, a família de Pirron contratou um advogado para liberar o computador, que tecnicamente é da empresa. A notícia não teve destaque na imprensa dos EUA.
Armadilha da mente 3
Alguns especialistas acreditam que armadilhas que soam comuns aos investidores de mercados mais desenvolvidos devem ser vistas com cautela quando o assunto são os maus hábitos dos brasileiros. A avaliação é que, em matéria de investimentos, nossos pecados - assim como nossos mercados - estariam um passo atrás dos americanos e europeus. Eduardo Glitz, diretor de operações da XP Investimentos, avalia que alguns dos embustes que o investidor impõe a ele mesmo no momento de tomar uma decisão atingem mais as pessoas já acostumadas a operar, por exemplo, via 'home broker' - parcela ínfima no mercado local.
A maior parte da população, diz ele, ainda não sabe o que fazer com o próprio dinheiro, teme a indústria de investimentos e não se sente à vontade em lidar com isso. "Por conta disso tudo, essas pessoas acabam delegando suas decisões ao gerente do banco, que têm que bater metas e está longe de ter seus interesses alinhados ao cliente."
Segundo Glitz, ao investidor local faltam características mais prosaicas, como disciplina para abdicar dos apelos fáceis do consumo e disposição para comparar produtos e rentabilidades, da mesma forma que ele se dispõe a comparar carros, casas ou marcas de sabão em pó. "A pessoa coloca dinheiro em qualquer produto e não dá atenção a custos e rentabilidades. O que parece ser uma bobagem, como uma economia de 0,1% ao mês, durante 20 anos equivale a 100% a mais."
Gilberto Poso, superintendente-executivo de gestão de patrimônio do HSBC, também acha que em alguns pontos ainda estamos um tanto distantes das questões que preocupam investidores de mercados mais avançados. Como exemplo, ele diz que não vê como um problema a informação em excesso. "Uma minoria sofre desse mal. Na verdade, o investidor brasileiro é movido por um nível de informação superficial", diz. "Todo mundo sabe discutir sobre Petrobras e Vale, mas quando a questão são empresas sobre as quais é preciso cavar mais para obter informações é difícil encontrar alguém que se disponha a isso", complementa.
Para Poso, o que mais afeta o investidor local é a angústia de não saber lidar com objetivos e prazos, o que acaba tendo impacto sobre as operações mais arriscadas e levando as pessoas a tomar decisões equivocadas. "O fato é que a instabilidade traz um desconforto gigante."
Para aquele que está começando no mundo dos investimentos, Philipe Biolchini, sócio da First Value, recomenda paciência e humildade. Ter um julgamento isento do que são erros e acertos só é possível com a vivência. Enquanto ela não vem, a dica é diversificar as aplicações e investir em empresas pouco endividadas e com lucro. "O investidor deve montar uma estratégia para não perder, depois ele pensa em como ganhar", diz.
Jurandir Macedo, professor e consultor do Itaú Unibanco, destaca que é preciso investir sempre e com um horizonte maior de tempo. "Na bolsa, em especial, só há criação de valor no longo prazo, porque a companhia vai ter dinheiro e tempo para produzir."
O cenário de juro mais baixo, porém, deve levar os investidores a agir de modo diferente - e com mais sofisticação tanto nos acertos quanto nos erros. Logo, prestar atenção ao problema desde já pode ser um atalho para o sucesso.
Brasileiro tem de evitar outros 'maus hábitos' - Por De São Paulo - Valor Econômico - 27 de Agosto de 2012
Discordo bastante do texto acima. Acredito que o que foi considerado característica do investidor brasileiro é mais um juízo de valor, que pode - em vários dos casos apresentados - ser considerado válido para qualquer tipo de investidor. As pesquisas têm mostrado que o investidor brasileiro não difere muito de outros países.
Armadilha da Mente 2
Além do apego às projeções e ao acúmulo de informações, a crença exacerbada no que dizem os executivos das empresas também faz parte da lista de armadilhas sedutoras com grande potencial de induzir o investidor ao erro.
Na visão de um dos principais estrategistas da atualidade a usar as finanças comportamentais em suas teses de investimento, o gestor James Montier, muitos investidores profissionais acham que o acesso a pessoas que ocupam posições importantes nas companhias é uma vantagem competitiva, mas se esquecem de que esses executivos sofrem dos mesmos vieses de comportamento: excesso de otimismo e autoconfiança. Além disso, lembra Philipe Biolchini, sócio da First Value Capital, as pessoas tendem a ouvir apenas o que combina com a sua própria tese de investimento, um fenômeno chamado de viés de confirmação.
Outra armadilha em que o investidor acaba se enredando sem refletir a respeito é a sua disposição para acreditar. "A sedução por histórias bem contadas, que capturem corações e mentes, é muito forte. Isso ocorre principalmente nas aberturas de capital na bolsa", diz o superintendente-executivo de gestão de patrimônio do HSBC, Gilberto Poso. Para ele, é legítimo, por parte da empresa interessada em achar um sócio, buscar contar uma boa história. Separar o joio do trigo é que é a grande questão e, para isso, diz Poso, o investidor deve buscar saber se a empresa tem um passado concreto, com vendas reais, ou se tudo é feito com base em expectativas.
Na bolha da internet, no início de 2000, lembra Poso, "vendiam-se expectativas aos montes e deu no que deu". Para evitar erros como esse, o investidor precisa ter cuidado com modismos e, conforme destaca Biolchini, sair da comodidade e fazer sua própria análise.
Tomar decisões em grupo, inclusive, é outro erro apontado por Montier no seu estudo. Para ele, os grupos amplificam, em vez de minimizar, os problemas na tomada de decisão. Poso, do HSBC, destaca que as pessoas têm sempre a necessidade de seguir o outro. "Isso reflete o medo de ter uma opinião isolada porque, até que ela se prove correta, você vai ser questionado mil vezes e pode ser ridicularizado." Mas, Biolchini, da First Value, lembra que muitos dos ganhos vêm justamente de apostas contrárias.
Humildade é outra característica fundamental para evitar tropeços. Quem acha que é mais inteligente que os outros, que vai bater o mercado, sofre do que Montier qualifica de 'inveja' e, mais uma vez, de excesso de otimismo e autoconfiança. Mas isso é bastante comum. Jurandir Sell Macedo, consultor do Itaú Unibanco, elenca vários exemplos de golpes no mercado, da pirâmide financeira montada pelo ex-presidente da Nasdaq, Bernard Madoff, nos Estados Unidos, aos investimentos em boi gordo e avestruz, no Brasil.
Por último, mas não menos importante, o investidor tem de superar o olhar de curto prazo para não ficar sujeito ao excesso de operações. Para Montier, isso não é investimento, mas pura especulação, além de onerar o bolso.
Otimismo, credulidade e efeito manada machucam o bolso - 27 de Agosto de 2012 - Valor Econômico - Flavia Lima e Alessandra Bellotto | De São Paulo
Na visão de um dos principais estrategistas da atualidade a usar as finanças comportamentais em suas teses de investimento, o gestor James Montier, muitos investidores profissionais acham que o acesso a pessoas que ocupam posições importantes nas companhias é uma vantagem competitiva, mas se esquecem de que esses executivos sofrem dos mesmos vieses de comportamento: excesso de otimismo e autoconfiança. Além disso, lembra Philipe Biolchini, sócio da First Value Capital, as pessoas tendem a ouvir apenas o que combina com a sua própria tese de investimento, um fenômeno chamado de viés de confirmação.
Outra armadilha em que o investidor acaba se enredando sem refletir a respeito é a sua disposição para acreditar. "A sedução por histórias bem contadas, que capturem corações e mentes, é muito forte. Isso ocorre principalmente nas aberturas de capital na bolsa", diz o superintendente-executivo de gestão de patrimônio do HSBC, Gilberto Poso. Para ele, é legítimo, por parte da empresa interessada em achar um sócio, buscar contar uma boa história. Separar o joio do trigo é que é a grande questão e, para isso, diz Poso, o investidor deve buscar saber se a empresa tem um passado concreto, com vendas reais, ou se tudo é feito com base em expectativas.
Na bolha da internet, no início de 2000, lembra Poso, "vendiam-se expectativas aos montes e deu no que deu". Para evitar erros como esse, o investidor precisa ter cuidado com modismos e, conforme destaca Biolchini, sair da comodidade e fazer sua própria análise.
Tomar decisões em grupo, inclusive, é outro erro apontado por Montier no seu estudo. Para ele, os grupos amplificam, em vez de minimizar, os problemas na tomada de decisão. Poso, do HSBC, destaca que as pessoas têm sempre a necessidade de seguir o outro. "Isso reflete o medo de ter uma opinião isolada porque, até que ela se prove correta, você vai ser questionado mil vezes e pode ser ridicularizado." Mas, Biolchini, da First Value, lembra que muitos dos ganhos vêm justamente de apostas contrárias.
Humildade é outra característica fundamental para evitar tropeços. Quem acha que é mais inteligente que os outros, que vai bater o mercado, sofre do que Montier qualifica de 'inveja' e, mais uma vez, de excesso de otimismo e autoconfiança. Mas isso é bastante comum. Jurandir Sell Macedo, consultor do Itaú Unibanco, elenca vários exemplos de golpes no mercado, da pirâmide financeira montada pelo ex-presidente da Nasdaq, Bernard Madoff, nos Estados Unidos, aos investimentos em boi gordo e avestruz, no Brasil.
Por último, mas não menos importante, o investidor tem de superar o olhar de curto prazo para não ficar sujeito ao excesso de operações. Para Montier, isso não é investimento, mas pura especulação, além de onerar o bolso.
Otimismo, credulidade e efeito manada machucam o bolso - 27 de Agosto de 2012 - Valor Econômico - Flavia Lima e Alessandra Bellotto | De São Paulo
Armadilha da mente
No cenário atual de juro mais baixo, o investidor disposto a se arriscar um pouco mais em busca de retornos diferenciados, principalmente na bolsa, deve ficar atento para não cair em armadilhas pregadas pelo seu pior inimigo: ele mesmo, conforme já disse o influente investidor americano Benjamin Graham. Afinal, há evidências de que os indivíduos agem de forma irracional com certa frequência quando o assunto é dinheiro. E se os novos tempos levam esse aplicador a correr um pouco mais de risco, o cuidado merece ser dobrado.
Conforme evidenciaram trabalhos acadêmicos ainda das décadas de 70 e 80 de dois psicólogos experimentais, Amos Tversky (morto em 1996) e Daniel Kahneman - ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2002 -, as pessoas usam "regras de bolso" para simplificar a tomada de decisões em situações de incerteza, o que acaba gerando vieses de comportamento que levam a erros sistemáticos e previsíveis.
Para os adeptos das finanças comportamentais, contudo, se o investidor conseguir reconhecer algumas armadilhas da mente poderá adotar estratégias para lidar com elas e, assim, aumentar suas chances de sucesso. "Não há um antídoto para os vieses de comportamento, mas dá para criar um processo de investimento que busque blindar tais armadilhas", afirma Philipe Biolchini, um dos sócios-fundadores da First Value Capital, gestora que adota conceitos de psicologia na hora de escolher ativos.
Jurandir Sell Macedo, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e consultor do Itaú Unibanco, lembra que a mente humana trabalha com dois sistemas, conforme modelo apresentado no livro "Rápido e Devagar, Duas Formas de Pensar", mais recente obra de Kahneman. Para que a racionalidade prevaleça, o sistema 2 - que é devagar, porém mais lógico e deliberativo - precisa agir. Contudo, mostrou Kahneman, o indivíduo está sempre exposto a influências que podem minar sua capacidade de julgar e agir com clareza. É aí que entra em ação o sistema 1, rápido e intuitivo, porém mais suscetível a erros.
James Montier, que integra a safra jovem de gestores notórios que exploram os vieses de comportamento em suas análises nos Estados Unidos, elencou os sete pecados mais comuns verificados no processo de investimento em relatório de estratégia de ações quando ainda estava na Dresdner Kleinwort Wasserstein, em 2005. Hoje, com pouco mais de 40 anos, é membro do comitê de alocação de ativos da GMO - gestora adepta do investimento em valor com mais de US$ 100 bilhões em ativos -, e sua paixão pelas finanças comportamentais continua.
Trazer as projeções de ativos para o centro da estratégia de investimento aparece entre os primeiros erros identificados por Montier. Para ele, elas são pouco confiáveis e, em geral, carregadas de otimismo e autoconfiança. A crença nas projeções, segundo especialistas, pode ser explicada por um fenômeno conhecido como 'ancoragem', caracterizado pela necessidade do indivíduo de se agarrar a um número diante da incerteza. Para Macedo, do Itaú Unibanco, a projeção vale apenas como uma ferramenta para imaginar situações extremas e traçar um plano de ação.
Biolchini, da First Value, acredita que não há porque gastar tempo tentando prever o futuro, que é incerto por natureza. "O bom investidor faz análise, mas isso não tem nada a ver com projeção." Esse é um pecado que pode custar caro, como tem acontecido com investidores de empresas pré-operacionais do setor de petróleo, diz. "Muitos estão frustrados porque colocaram o foco nas projeções." A dica dele é buscar dados concretos, como o desempenho da empresa nos últimos anos, do setor em que atua e de concorrentes.
Outra armadilha que Montier chamou de 'ilusão do conhecimento' é a disposição do investidor em acreditar que, quanto mais informação, melhor será a performance do investimento. Essa crença, segundo ele, funcionaria se os mercados fossem eficientes, o que não é verdade. E a psicologia já mostrou que há limites cognitivos na capacidade de lidar com informações.
Quem tem gula não necessariamente sente o prazer do alimento, brinca Macedo. E qualidade, em investimento, não está associada à quantidade de informações, acrescenta Biolchini. O investidor, apontam os especialistas, deve se concentrar em dados que realmente são relevantes, como resultados das empresa, endividamento e preço.
Armadilhas da mente - 27 de Agosto de 2012 - Valor Econômico - Alessandra Bellotto e Flavia Lima | De São Paulo
Conforme evidenciaram trabalhos acadêmicos ainda das décadas de 70 e 80 de dois psicólogos experimentais, Amos Tversky (morto em 1996) e Daniel Kahneman - ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2002 -, as pessoas usam "regras de bolso" para simplificar a tomada de decisões em situações de incerteza, o que acaba gerando vieses de comportamento que levam a erros sistemáticos e previsíveis.
Para os adeptos das finanças comportamentais, contudo, se o investidor conseguir reconhecer algumas armadilhas da mente poderá adotar estratégias para lidar com elas e, assim, aumentar suas chances de sucesso. "Não há um antídoto para os vieses de comportamento, mas dá para criar um processo de investimento que busque blindar tais armadilhas", afirma Philipe Biolchini, um dos sócios-fundadores da First Value Capital, gestora que adota conceitos de psicologia na hora de escolher ativos.
Jurandir Sell Macedo, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e consultor do Itaú Unibanco, lembra que a mente humana trabalha com dois sistemas, conforme modelo apresentado no livro "Rápido e Devagar, Duas Formas de Pensar", mais recente obra de Kahneman. Para que a racionalidade prevaleça, o sistema 2 - que é devagar, porém mais lógico e deliberativo - precisa agir. Contudo, mostrou Kahneman, o indivíduo está sempre exposto a influências que podem minar sua capacidade de julgar e agir com clareza. É aí que entra em ação o sistema 1, rápido e intuitivo, porém mais suscetível a erros.
James Montier, que integra a safra jovem de gestores notórios que exploram os vieses de comportamento em suas análises nos Estados Unidos, elencou os sete pecados mais comuns verificados no processo de investimento em relatório de estratégia de ações quando ainda estava na Dresdner Kleinwort Wasserstein, em 2005. Hoje, com pouco mais de 40 anos, é membro do comitê de alocação de ativos da GMO - gestora adepta do investimento em valor com mais de US$ 100 bilhões em ativos -, e sua paixão pelas finanças comportamentais continua.
Trazer as projeções de ativos para o centro da estratégia de investimento aparece entre os primeiros erros identificados por Montier. Para ele, elas são pouco confiáveis e, em geral, carregadas de otimismo e autoconfiança. A crença nas projeções, segundo especialistas, pode ser explicada por um fenômeno conhecido como 'ancoragem', caracterizado pela necessidade do indivíduo de se agarrar a um número diante da incerteza. Para Macedo, do Itaú Unibanco, a projeção vale apenas como uma ferramenta para imaginar situações extremas e traçar um plano de ação.
Biolchini, da First Value, acredita que não há porque gastar tempo tentando prever o futuro, que é incerto por natureza. "O bom investidor faz análise, mas isso não tem nada a ver com projeção." Esse é um pecado que pode custar caro, como tem acontecido com investidores de empresas pré-operacionais do setor de petróleo, diz. "Muitos estão frustrados porque colocaram o foco nas projeções." A dica dele é buscar dados concretos, como o desempenho da empresa nos últimos anos, do setor em que atua e de concorrentes.
Outra armadilha que Montier chamou de 'ilusão do conhecimento' é a disposição do investidor em acreditar que, quanto mais informação, melhor será a performance do investimento. Essa crença, segundo ele, funcionaria se os mercados fossem eficientes, o que não é verdade. E a psicologia já mostrou que há limites cognitivos na capacidade de lidar com informações.
Quem tem gula não necessariamente sente o prazer do alimento, brinca Macedo. E qualidade, em investimento, não está associada à quantidade de informações, acrescenta Biolchini. O investidor, apontam os especialistas, deve se concentrar em dados que realmente são relevantes, como resultados das empresa, endividamento e preço.
Armadilhas da mente - 27 de Agosto de 2012 - Valor Econômico - Alessandra Bellotto e Flavia Lima | De São Paulo
Cartão x Dinheiro
Avanço de cartões esbarra em apreço por dinheiro vivo
Autor: Por Felipe Marques De São Paulo
Valor Econômico - 22/08/2012
A missão de garantir que o dinheiro chegue aos bolsos dos brasileiros sem nenhuma imperfeição está sob os olhos treinados de 63 mulheres. Elas formam a seção de crítica da Casa da Moeda do Brasil e passam 24 horas dedicadas ao escrutínio minucioso das cédulas, em busca das mais diminutas falhas. "As mulheres têm um poder de concentração maior e mais acuidade visual", diz Edmundo Viana da Cruz, superintendente-adjunto do departamento de cédulas, da Casa da Moeda. Os defeitos mais comuns são borrões, erros de enquadramento e outras falhas de impressão.
A seção de crítica atesta que, por mais que avance a tecnologia, na linha de produção do dinheiro brasileiro ainda há espaço para uma etapa quase artesanal. Não é só na fabricação das cédulas, porém, que a tradição se mescla a elementos de ponta. Uma combinação semelhante compõe a dinâmica dos meios de pagamento.
Enquanto os cartões de crédito ou débito ocupam hoje o espaço que já pertenceu aos cheques na carteira do brasileiro, o dinheiro "em espécie" segue bem à frente do dinheiro de plástico como preferência nacional na hora de pagar as compras. Hoje, circulam no Brasil cerca de 4,6 bilhões de notas e 19,6 bilhões de moedas.
Isso não quer dizer que os cartões não venham ganhando espaço nos últimos anos. Em dezembro de 2011, 29,8% das vendas do comércio foram pagas com cartões. Em janeiro de 2004, a fatia era de 16,5%. Os cálculos foram feitos pela Tendências Consultoria, em estudo encomendado pela bandeira Visa, e mostram a relação entre as vendas feitas em cartões com as vendas totais do comércio.
Um levantamento feito pelo Banco Central no ano passado, com base em dados de 2010, confirma o avanço dos cartões nos últimos anos, mas mostra ainda a liderança folgada do dinheiro. O BC calcula que, em 2010, o gasto médio mensal da população com pagamentos de contas e compras de produtos ficou em R$ 807,93. Dessa cifra, 59% foi pago em dinheiro, 36% em cartões e 2% em cheque. Em 2007, o gasto médio de R$ 577 era pago 77% em dinheiro, 19% com cartões e 2% com cheque.
"A participação absoluta de cartões é muito pequena, ainda há espaço para migração para cartões", diz Ruben Osta, diretor-geral da Visa. Segundo ele, indicadores semelhantes de uso dos plásticos nos Estados Unidos e Canadá estão próximos de 60%. "Nosso concorrente principal é o dinheiro."
Mesmo com o ganho progressivo de participação dos cartões como forma de pagamento, em termos absolutos o dinheiro "vivo" em circulação deve crescer nos próximos anos. Antes de 1994, a proporção do meio circulante (moedas e cédulas) em relação ao PIB era 0,8%. Hoje, o percentual está em 4%. O Banco Central espera que a relação chegue a 6% nos próximos dez anos e depois se estabilize, patamar semelhante ao dos Estados Unidos, diz João Sidney de Figueiredo Filho, chefe do departamento do meio circulante do BC.
Dado curioso é que na Europa essa proporção é de 9%, depois de ter avançado em ritmo acelerado nos últimos anos. Isso estaria relacionado à crise econômica do continente, que fortalece a percepção de que cédulas e moedas são uma espécie de porto seguro, avalia Figueiredo.
"Na medida em que as gerações passam, muda o hábito de usar dinheiro", afirma João Pedro Paro, vice-presidente da Mastercard. O avanço dos cartões agora está relacionado à busca de nichos em que possam substituir as formas tradicionais de pagamento, acredita. "Na pessoa jurídica, há espaço para crescer no lugar de pagamentos com boleto", exemplifica.
"A transação eletrônica é mais barata que a manual. Uma migração para cartões pode representar uma economia para o BC", defende Claudio Yamaguti, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Em 2011, a autoridade monetária gastou R$ 790 milhões em manutenção de notas e moedas, para manter um total de R$ 163 bilhões em circulação. Os gastos somam produção, seguro e distribuição do meio circulante.
Se ao gasto do BC forem acrescidos os custos do Banco do Brasil como único custodiante do papel moeda e uma estimativa de gastos dos bancos com distribuição e armazenamento, o custo anual do dinheiro fica em torno de R$ 2,7 bilhões (cerca de R$ 14,30 por brasileiro). "É barato", diz Figueiredo. "A relação entre o custo de manutenção e o meio circulante tem se mantido estável."
Os defensores dos meios eletrônicos apontam para uma correlação entre o maior uso de cartões e um aumento no tíquete médio de vendas. O estudo feito pela Tendências e pela Visa afirma que, se houver um aumento de 10% na participação dos cartões como meio de pagamento nas vendas do comércio, haverá elevação de 2,8% no valor total das vendas. "É um impacto forte nos tíquetes médios de vendas, que traz um "efeito dominó" no aumento da formalização e da atividade econômica", afirma Andrea Curi, economista da Tendências que conduziu o estudo.
Outra conclusão um tanto óbvia da pesquisa é que os pagamentos com cartões reduzem a sonegação de impostos, pois diminuem a informalidade. Com um avanço de 10% na fatia das vendas pagas com cartões, seriam arrecadados R$ 700 milhões a mais em tributos (PIS/Cofins e ICMS do setor terciário, considerando 2010 como ano-base) do que se os mesmos pagamentos fossem feitos em dinheiro.
Se os cartões custam a avançar sobre o dinheiro, passaram como um rolo compressor sobre o cheque, em especial nas transações de pessoas físicas. Segundo Yamaguti, da Abecs, em 2000, do total de pagamentos não feitos em dinheiro, 71,4% usavam cheque e 28,6% cartões. Uma década depois, o cenário se inverteu, com apenas 14,3% dos pagamentos feitos em cheque e 85,7% em cartões.
Autor: Por Felipe Marques De São Paulo
Valor Econômico - 22/08/2012
A missão de garantir que o dinheiro chegue aos bolsos dos brasileiros sem nenhuma imperfeição está sob os olhos treinados de 63 mulheres. Elas formam a seção de crítica da Casa da Moeda do Brasil e passam 24 horas dedicadas ao escrutínio minucioso das cédulas, em busca das mais diminutas falhas. "As mulheres têm um poder de concentração maior e mais acuidade visual", diz Edmundo Viana da Cruz, superintendente-adjunto do departamento de cédulas, da Casa da Moeda. Os defeitos mais comuns são borrões, erros de enquadramento e outras falhas de impressão.
A seção de crítica atesta que, por mais que avance a tecnologia, na linha de produção do dinheiro brasileiro ainda há espaço para uma etapa quase artesanal. Não é só na fabricação das cédulas, porém, que a tradição se mescla a elementos de ponta. Uma combinação semelhante compõe a dinâmica dos meios de pagamento.
Enquanto os cartões de crédito ou débito ocupam hoje o espaço que já pertenceu aos cheques na carteira do brasileiro, o dinheiro "em espécie" segue bem à frente do dinheiro de plástico como preferência nacional na hora de pagar as compras. Hoje, circulam no Brasil cerca de 4,6 bilhões de notas e 19,6 bilhões de moedas.
Isso não quer dizer que os cartões não venham ganhando espaço nos últimos anos. Em dezembro de 2011, 29,8% das vendas do comércio foram pagas com cartões. Em janeiro de 2004, a fatia era de 16,5%. Os cálculos foram feitos pela Tendências Consultoria, em estudo encomendado pela bandeira Visa, e mostram a relação entre as vendas feitas em cartões com as vendas totais do comércio.
Um levantamento feito pelo Banco Central no ano passado, com base em dados de 2010, confirma o avanço dos cartões nos últimos anos, mas mostra ainda a liderança folgada do dinheiro. O BC calcula que, em 2010, o gasto médio mensal da população com pagamentos de contas e compras de produtos ficou em R$ 807,93. Dessa cifra, 59% foi pago em dinheiro, 36% em cartões e 2% em cheque. Em 2007, o gasto médio de R$ 577 era pago 77% em dinheiro, 19% com cartões e 2% com cheque.
"A participação absoluta de cartões é muito pequena, ainda há espaço para migração para cartões", diz Ruben Osta, diretor-geral da Visa. Segundo ele, indicadores semelhantes de uso dos plásticos nos Estados Unidos e Canadá estão próximos de 60%. "Nosso concorrente principal é o dinheiro."
Mesmo com o ganho progressivo de participação dos cartões como forma de pagamento, em termos absolutos o dinheiro "vivo" em circulação deve crescer nos próximos anos. Antes de 1994, a proporção do meio circulante (moedas e cédulas) em relação ao PIB era 0,8%. Hoje, o percentual está em 4%. O Banco Central espera que a relação chegue a 6% nos próximos dez anos e depois se estabilize, patamar semelhante ao dos Estados Unidos, diz João Sidney de Figueiredo Filho, chefe do departamento do meio circulante do BC.
Dado curioso é que na Europa essa proporção é de 9%, depois de ter avançado em ritmo acelerado nos últimos anos. Isso estaria relacionado à crise econômica do continente, que fortalece a percepção de que cédulas e moedas são uma espécie de porto seguro, avalia Figueiredo.
"Na medida em que as gerações passam, muda o hábito de usar dinheiro", afirma João Pedro Paro, vice-presidente da Mastercard. O avanço dos cartões agora está relacionado à busca de nichos em que possam substituir as formas tradicionais de pagamento, acredita. "Na pessoa jurídica, há espaço para crescer no lugar de pagamentos com boleto", exemplifica.
"A transação eletrônica é mais barata que a manual. Uma migração para cartões pode representar uma economia para o BC", defende Claudio Yamaguti, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Em 2011, a autoridade monetária gastou R$ 790 milhões em manutenção de notas e moedas, para manter um total de R$ 163 bilhões em circulação. Os gastos somam produção, seguro e distribuição do meio circulante.
Se ao gasto do BC forem acrescidos os custos do Banco do Brasil como único custodiante do papel moeda e uma estimativa de gastos dos bancos com distribuição e armazenamento, o custo anual do dinheiro fica em torno de R$ 2,7 bilhões (cerca de R$ 14,30 por brasileiro). "É barato", diz Figueiredo. "A relação entre o custo de manutenção e o meio circulante tem se mantido estável."
Os defensores dos meios eletrônicos apontam para uma correlação entre o maior uso de cartões e um aumento no tíquete médio de vendas. O estudo feito pela Tendências e pela Visa afirma que, se houver um aumento de 10% na participação dos cartões como meio de pagamento nas vendas do comércio, haverá elevação de 2,8% no valor total das vendas. "É um impacto forte nos tíquetes médios de vendas, que traz um "efeito dominó" no aumento da formalização e da atividade econômica", afirma Andrea Curi, economista da Tendências que conduziu o estudo.
Outra conclusão um tanto óbvia da pesquisa é que os pagamentos com cartões reduzem a sonegação de impostos, pois diminuem a informalidade. Com um avanço de 10% na fatia das vendas pagas com cartões, seriam arrecadados R$ 700 milhões a mais em tributos (PIS/Cofins e ICMS do setor terciário, considerando 2010 como ano-base) do que se os mesmos pagamentos fossem feitos em dinheiro.
Se os cartões custam a avançar sobre o dinheiro, passaram como um rolo compressor sobre o cheque, em especial nas transações de pessoas físicas. Segundo Yamaguti, da Abecs, em 2000, do total de pagamentos não feitos em dinheiro, 71,4% usavam cheque e 28,6% cartões. Uma década depois, o cenário se inverteu, com apenas 14,3% dos pagamentos feitos em cheque e 85,7% em cartões.
27 agosto 2012
Schahin
Um ano depois da venda do banco Schahin para o BMG, começa a vir à tona mais um escândalo no sistema financeiro. O Schahin tinha um rombo de aproximadamente R$ 1,1 bilhão, resultado de fraudes e outras irregularidades semelhantes às do Panamericano e do Cruzeiro do Sul. O caso está sendo investigado pelo Banco Central, pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.
O banco pertencia à família Schahin, dona de um tradicional grupo empresarial brasileiro, com atuação em várias áreas e contratos bilionários com a Petrobrás. Era uma instituição de pequeno porte, desconhecida do grande público, com foco em crédito consignado e no financiamento de veículos usados.
Segundo a apuração do BC, a instituição mentia sobre seus números. Inflava os balanços com créditos duvidosos para esconder suas dificuldades e fingir que era saudável. Além disso, concedia empréstimos a empresas do mesmo grupo, o que é proibido.
O balanço fechado em julho de 2011, já após a venda para o BMG, apontou um patrimônio líquido negativo de R$ 1,3 bilhão. Muito diferente dos R$ 229 milhões positivos apresentados ao público em março do mesmo ano, quando a instituição ainda pertencia ao grupo Schahin.
Com esse roteiro, tornou-se a quinta instituição financeira de pequeno e médio porte a quebrar em menos de dois anos no País. As apurações do BC mostraram que ao menos quatro delas eram ninhos de fraudes e outras irregularidades: Panamericano, Morada, Cruzeiro do Sul e o próprio Schahin.
O BC abriu um processo administrativo para apurar as responsabilidades. Os ex-controladores do Schahin apresentaram defesa. Ainda não houve conclusão, mas o BC já fez ao menos duas comunicações ao Ministério Público Federal em São Paulo.
A primeira é de maio. No documento, o BC comunica que seu departamento de supervisão verificou a existência de irregularidades no Schahin. O BC aponta "consistente elevação de resultados mediante operações simuladas, registros de ativos insubsistentes, demonstrações contábeis não fidedignas, abstenção de providência no interesse da instituição financeira e concessão de empréstimo vedado". A documentação foi remetida pelo MP à Polícia Federal.
A segunda comunicação chegou ao MP em 13 de agosto e trata especificamente dos auditores responsáveis pelos balanços do Schahin. Essa mesma correspondência foi enviada pelo BC ao Conselho Federal de Contabilidade, que está apurando o caso.
Os ex-controladores do banco Schahin não quiseram se manifestar. Enviaram uma nota, na qual afirmam que têm divergências "quanto ao entendimento do Banco Central" sobre as operações sob suspeita e desconhecem qualquer apuração do Ministério Público e da PF. Procurados, o BC e o Ministério Público não se pronunciaram.
Por David Friedlander e Leandro Modé - BC e MP investigam fraudes no banco Schahin
O banco pertencia à família Schahin, dona de um tradicional grupo empresarial brasileiro, com atuação em várias áreas e contratos bilionários com a Petrobrás. Era uma instituição de pequeno porte, desconhecida do grande público, com foco em crédito consignado e no financiamento de veículos usados.
Segundo a apuração do BC, a instituição mentia sobre seus números. Inflava os balanços com créditos duvidosos para esconder suas dificuldades e fingir que era saudável. Além disso, concedia empréstimos a empresas do mesmo grupo, o que é proibido.
O balanço fechado em julho de 2011, já após a venda para o BMG, apontou um patrimônio líquido negativo de R$ 1,3 bilhão. Muito diferente dos R$ 229 milhões positivos apresentados ao público em março do mesmo ano, quando a instituição ainda pertencia ao grupo Schahin.
Com esse roteiro, tornou-se a quinta instituição financeira de pequeno e médio porte a quebrar em menos de dois anos no País. As apurações do BC mostraram que ao menos quatro delas eram ninhos de fraudes e outras irregularidades: Panamericano, Morada, Cruzeiro do Sul e o próprio Schahin.
O BC abriu um processo administrativo para apurar as responsabilidades. Os ex-controladores do Schahin apresentaram defesa. Ainda não houve conclusão, mas o BC já fez ao menos duas comunicações ao Ministério Público Federal em São Paulo.
A primeira é de maio. No documento, o BC comunica que seu departamento de supervisão verificou a existência de irregularidades no Schahin. O BC aponta "consistente elevação de resultados mediante operações simuladas, registros de ativos insubsistentes, demonstrações contábeis não fidedignas, abstenção de providência no interesse da instituição financeira e concessão de empréstimo vedado". A documentação foi remetida pelo MP à Polícia Federal.
A segunda comunicação chegou ao MP em 13 de agosto e trata especificamente dos auditores responsáveis pelos balanços do Schahin. Essa mesma correspondência foi enviada pelo BC ao Conselho Federal de Contabilidade, que está apurando o caso.
Os ex-controladores do banco Schahin não quiseram se manifestar. Enviaram uma nota, na qual afirmam que têm divergências "quanto ao entendimento do Banco Central" sobre as operações sob suspeita e desconhecem qualquer apuração do Ministério Público e da PF. Procurados, o BC e o Ministério Público não se pronunciaram.
Por David Friedlander e Leandro Modé - BC e MP investigam fraudes no banco Schahin
Crime e Crise
"Uma série recente de escândalos financeiros revelaram a existência de estreitas conexões entre os maiores institutos bancários mundiais e esse mundo aparentemente subterrâneo feito de criminosos, traficantes de drogas e de armas", escreveu o italiano [Roberto Saviano, de Gomorra, foto ao lado]
Segundo o escritor, "os maiores bancos americanos nos últimos anos foram cada vez com maior frequência avalistas ocultos dos cartéis sul-americanos, lavando dinheiro proveniente do narcotráfico, enquanto na outra parte do globo as organizações comiam literalmente a Grécia e a Espanha."
Crise mundial foi uma benção para os criminosos, diz autor de "Gomorra" - DA ANSA
Segundo o escritor, "os maiores bancos americanos nos últimos anos foram cada vez com maior frequência avalistas ocultos dos cartéis sul-americanos, lavando dinheiro proveniente do narcotráfico, enquanto na outra parte do globo as organizações comiam literalmente a Grécia e a Espanha."
Crise mundial foi uma benção para os criminosos, diz autor de "Gomorra" - DA ANSA
O reforço dos aeroportos privatizados
O reforço dos aeroportos privatizados
Cristiano Romero
Valor Econômico - 22/08/2012
Os grupos que vão administrar os três aeroportos privatizados reforçaram suas estruturas com empresas de renome internacional e experiência na gestão de grandes aeroportos. As parcerias podem eliminar o temor de setores do governo quanto à capacidade e competência dos consórcios de gerir os terminais de Juscelino Kubitschek (Brasília), Viracopos (Campinas) e Cumbica (Guarulhos). Em tese, com as mudanças, não há por que duvidar da eficácia do modelo de concessão, que vem sendo atacado em Brasília pelas viúvas do estatismo.
Os consórcios que venceram os leilões de privatização, realizados em fevereiro, só divulgarão os nomes dos parceiros contratados no fim do mês, quando efetivamente começarão a administrar os aeroportos. As associações já foram reveladas ao governo, que vinha exigindo, desde o leilão, o reforço dos grupos. "Não se pode fazer um projeto de concessão e depois ir à praia", justifica um assessor com trânsito no Palácio do Planalto.
(...)O resultado dos leilões de concessão frustrou autoridades, entre elas, a presidente Dilma Rousseff, porque entre os grupos ganhadores da disputa não havia projetistas de grande porte nem operadores renomados. Havia, ainda, a desconfiança de que eles não teriam capacidade financeira para assumir os compromissos firmados - um investimento total, durante o prazo de concessão, de R$ 16,1 bilhões nos três aeroportos.
Logo se descobriu que não haveria restrição financeira porque os grupos depositaram as garantias exigidas e, portanto, estavam aptos a participar da empreitada. Como quaisquer empresas que atuam no país, elas têm acesso, a juros favorecidos, aos financiamentos do BNDES. Ademais, por decisão do próprio governo, a Infraero terá participação de 49% no capital das três unidades, sendo responsável, portanto, por quase metade dos recursos a serem investidos.
Boa parte das queixas contra os consórcios vencedores dos leilões foi alimentada por grandes empreiteiras, derrotadas na disputa. A reclamação não deveria repercutir, afinal, o ágio pago pelos ganhadores ficou bem salgado - 348% acima do preço mínimo. Uma crítica possível é a de que o edital não fixou cláusula de barreira que, na prática, impedisse a vitória dos pequenos operadores.
O problema é que a ideia de que o processo foi um fracasso alimentou, nos últimos meses, a fúria de setores importantes do governo contra privatizações e que tais. Desde então, eles vêm atuando nos bastidores para convencer a presidente Dilma a desistir de conceder ao setor privado aeroportos como os do Galeão, no Rio, e de Confins, em Belo Horizonte.
De forma legítima - os editais e leis existentes permitem isso -, entidades oficiais vinham pressionando os consórcios vencedores, desde o resultado dos leilões, a reforçarem suas estruturas de operação e engenharia. O governo cogitou obrigar os grupos, o que foi evitado para evitar contestação judicial. As empresas acabaram reagindo favoravelmente às reivindicações e, hoje, pode-se dizer que estão prontas para ampliar e administrar, com o apoio de firmas de renome mundial, os terminais de JK, Viracopos e Cumbica.
Cristiano Romero
Valor Econômico - 22/08/2012
Os grupos que vão administrar os três aeroportos privatizados reforçaram suas estruturas com empresas de renome internacional e experiência na gestão de grandes aeroportos. As parcerias podem eliminar o temor de setores do governo quanto à capacidade e competência dos consórcios de gerir os terminais de Juscelino Kubitschek (Brasília), Viracopos (Campinas) e Cumbica (Guarulhos). Em tese, com as mudanças, não há por que duvidar da eficácia do modelo de concessão, que vem sendo atacado em Brasília pelas viúvas do estatismo.
Os consórcios que venceram os leilões de privatização, realizados em fevereiro, só divulgarão os nomes dos parceiros contratados no fim do mês, quando efetivamente começarão a administrar os aeroportos. As associações já foram reveladas ao governo, que vinha exigindo, desde o leilão, o reforço dos grupos. "Não se pode fazer um projeto de concessão e depois ir à praia", justifica um assessor com trânsito no Palácio do Planalto.
(...)O resultado dos leilões de concessão frustrou autoridades, entre elas, a presidente Dilma Rousseff, porque entre os grupos ganhadores da disputa não havia projetistas de grande porte nem operadores renomados. Havia, ainda, a desconfiança de que eles não teriam capacidade financeira para assumir os compromissos firmados - um investimento total, durante o prazo de concessão, de R$ 16,1 bilhões nos três aeroportos.
Logo se descobriu que não haveria restrição financeira porque os grupos depositaram as garantias exigidas e, portanto, estavam aptos a participar da empreitada. Como quaisquer empresas que atuam no país, elas têm acesso, a juros favorecidos, aos financiamentos do BNDES. Ademais, por decisão do próprio governo, a Infraero terá participação de 49% no capital das três unidades, sendo responsável, portanto, por quase metade dos recursos a serem investidos.
Boa parte das queixas contra os consórcios vencedores dos leilões foi alimentada por grandes empreiteiras, derrotadas na disputa. A reclamação não deveria repercutir, afinal, o ágio pago pelos ganhadores ficou bem salgado - 348% acima do preço mínimo. Uma crítica possível é a de que o edital não fixou cláusula de barreira que, na prática, impedisse a vitória dos pequenos operadores.
O problema é que a ideia de que o processo foi um fracasso alimentou, nos últimos meses, a fúria de setores importantes do governo contra privatizações e que tais. Desde então, eles vêm atuando nos bastidores para convencer a presidente Dilma a desistir de conceder ao setor privado aeroportos como os do Galeão, no Rio, e de Confins, em Belo Horizonte.
De forma legítima - os editais e leis existentes permitem isso -, entidades oficiais vinham pressionando os consórcios vencedores, desde o resultado dos leilões, a reforçarem suas estruturas de operação e engenharia. O governo cogitou obrigar os grupos, o que foi evitado para evitar contestação judicial. As empresas acabaram reagindo favoravelmente às reivindicações e, hoje, pode-se dizer que estão prontas para ampliar e administrar, com o apoio de firmas de renome mundial, os terminais de JK, Viracopos e Cumbica.
HSBC
O HSBC está sendo investigado nos EUA por lavagem de dinheiro. O gigante bancário é acusado de ajudar pessoas do Irã e Sudão.
O HSBC é considerada a maior instituição bancária mundial. O problema referente a lavagem de dinheiro pode prejudicar as operações em países desenvolvidos; por esta razão, a entidade tem muito interesse em resolver o problema, informou a Bloomberg. Para isto, em julho o HSBC fez uma provisão de 700 milhões de dólares para uma eventual multa por parte do comitê do Senado, mas o valor pode aumentar. Este valor corresponderia a maior multa, superando os 619 milhões pagos pelo ING em junho.
O HSBC parece que já sofre as consequências da acusação: sua classificação de crédito foi cortada pela Standard and Poors.
Além do HSBC, o Standard Chartered também está sendo acusado do mesmo crime. Outros bancos, como ABN Amro, Barclays, ING, Deutsche e RBS estão cooperando com os reguladores em investigações similares.
O HSBC é considerada a maior instituição bancária mundial. O problema referente a lavagem de dinheiro pode prejudicar as operações em países desenvolvidos; por esta razão, a entidade tem muito interesse em resolver o problema, informou a Bloomberg. Para isto, em julho o HSBC fez uma provisão de 700 milhões de dólares para uma eventual multa por parte do comitê do Senado, mas o valor pode aumentar. Este valor corresponderia a maior multa, superando os 619 milhões pagos pelo ING em junho.
O HSBC parece que já sofre as consequências da acusação: sua classificação de crédito foi cortada pela Standard and Poors.
Além do HSBC, o Standard Chartered também está sendo acusado do mesmo crime. Outros bancos, como ABN Amro, Barclays, ING, Deutsche e RBS estão cooperando com os reguladores em investigações similares.
Congresso de Contabilidade
Está sendo realizado em Belém o 19o. Congresso Brasileiro de Contabilidade. O tema do congresso é "A Contabilidade para o Desenvolvimento Sustentável".
Além da apresentação de trabalhos técnicos, o congresso contará com palestras. A presença mais marcante é do ex-presidente Clinton, dos Estados Unidos. A presença de Clinton mostra o poder financeiro do Conselho Federal de Contabilidade e do Congresso, com capacidade para bancar o cachê do ex-presidente. Baseado numa reportagem da EFE, a remuneração de uma palestra de Clinton deve chegar a mais de 300 mil reais líquidos.
Outra presença é de Marcos Pontes. Pontes detém o recorde da mais cara viagem paga pelo contribuinte brasileiro. Não satisfeito, logo após o turismo espacial, Pontes decidiu aposentar para cobrar palestras de autoajuda.
Na programação cultural do Congresso, Fafá de Belém, Calypso e Diogo Nogueira.
Além da apresentação de trabalhos técnicos, o congresso contará com palestras. A presença mais marcante é do ex-presidente Clinton, dos Estados Unidos. A presença de Clinton mostra o poder financeiro do Conselho Federal de Contabilidade e do Congresso, com capacidade para bancar o cachê do ex-presidente. Baseado numa reportagem da EFE, a remuneração de uma palestra de Clinton deve chegar a mais de 300 mil reais líquidos.
Outra presença é de Marcos Pontes. Pontes detém o recorde da mais cara viagem paga pelo contribuinte brasileiro. Não satisfeito, logo após o turismo espacial, Pontes decidiu aposentar para cobrar palestras de autoajuda.
Na programação cultural do Congresso, Fafá de Belém, Calypso e Diogo Nogueira.
Histórias Contábeis
A mestre em Contabilidade Polyana B. Silva está inaugurando um novo blog: histórias contábeis.
26 agosto 2012
Efeito Primazia
The Economist
First is best
Aug 24th 2012, 10:00 by M.S.L.J.
Is this the first article you read today? If so, there’s a good chance you’ll enjoy it. The order in which people experience things affects their opinion of them: they tend to like the first option best.
This is the result of a new study by Dana Carney of Berkeley’s Haas School of Business and Mahzarin Banaji of Harvard University. To test their hypothesis, the researchers conducted a series of experiments. In one volunteers were shown pictures of two violent criminals and then asked which one deserved parole. Most felt more merciful towards the first mugshot they were shown (different volunteers saw different villains first).
This bias affects commercial decisions, too. Asked which type of chewing gum they preferred, 68% of respondents at a railway station in Boston picked the first stick they were offered. In another experiment, volunteers more often wanted to buy a car from the first salesperson they met rather than the second.
In their paper, entitled “First is Best”, the authors contend that the first option in a series will be “consistently preferred” if the chooser is under time pressure or slightly distracted. Thanks to mobiles, meetings and toddlers that pretty much describes modern life for many people.
Clever companies have noticed, and compete to bump whatever they are selling to the front of the queue. That is why the first slot in an advertisement break on television costs more than the second; it’s roughly 10-15% pricier, according to Jonathan Allan, sales director at Channel 4, a British broadcaster. It is also why an ad that introduces a rival’s product first, even in order to disparage it, may well backfire. Advertising firms themselves like to go first when pitching for an account. “It sets the benchmark for everybody else,” says Bridget Angear of AMV BBDO, an advertising agency.
Being first matters even more online. People are lazy and few bother to scroll through dozens of pages of search results, says Kate Devine of mysinglefriend.com, a dating website. The site uses this observation to reward its most avid customers. When a belle enters search criteria for her beau, possible matches appear in an order determined by the last time these logged on to the site. This is good for traffic, but the keenest suitors may not prove the most suitable.
Badoo, another dating service, locates other users nearby so as to encourage spontaneous meetings. People can pay Badoo £8.49 ($13.46) per month for the privilege of appearing top in a list of users in the area, but rankings will drop as others pay too.
The most important place to be first is on Google’s rankings, which explains why it is under increasing pressure to make its search algorithm more open. The online giant recently started punishing websites that infringe copyright by listing them further down. This may not blast the pirates out of the water, but it will force them to work harder for their booty.
First is best
Aug 24th 2012, 10:00 by M.S.L.J.
Is this the first article you read today? If so, there’s a good chance you’ll enjoy it. The order in which people experience things affects their opinion of them: they tend to like the first option best.
This is the result of a new study by Dana Carney of Berkeley’s Haas School of Business and Mahzarin Banaji of Harvard University. To test their hypothesis, the researchers conducted a series of experiments. In one volunteers were shown pictures of two violent criminals and then asked which one deserved parole. Most felt more merciful towards the first mugshot they were shown (different volunteers saw different villains first).
This bias affects commercial decisions, too. Asked which type of chewing gum they preferred, 68% of respondents at a railway station in Boston picked the first stick they were offered. In another experiment, volunteers more often wanted to buy a car from the first salesperson they met rather than the second.
In their paper, entitled “First is Best”, the authors contend that the first option in a series will be “consistently preferred” if the chooser is under time pressure or slightly distracted. Thanks to mobiles, meetings and toddlers that pretty much describes modern life for many people.
Clever companies have noticed, and compete to bump whatever they are selling to the front of the queue. That is why the first slot in an advertisement break on television costs more than the second; it’s roughly 10-15% pricier, according to Jonathan Allan, sales director at Channel 4, a British broadcaster. It is also why an ad that introduces a rival’s product first, even in order to disparage it, may well backfire. Advertising firms themselves like to go first when pitching for an account. “It sets the benchmark for everybody else,” says Bridget Angear of AMV BBDO, an advertising agency.
Being first matters even more online. People are lazy and few bother to scroll through dozens of pages of search results, says Kate Devine of mysinglefriend.com, a dating website. The site uses this observation to reward its most avid customers. When a belle enters search criteria for her beau, possible matches appear in an order determined by the last time these logged on to the site. This is good for traffic, but the keenest suitors may not prove the most suitable.
Badoo, another dating service, locates other users nearby so as to encourage spontaneous meetings. People can pay Badoo £8.49 ($13.46) per month for the privilege of appearing top in a list of users in the area, but rankings will drop as others pay too.
The most important place to be first is on Google’s rankings, which explains why it is under increasing pressure to make its search algorithm more open. The online giant recently started punishing websites that infringe copyright by listing them further down. This may not blast the pirates out of the water, but it will force them to work harder for their booty.
Efeito Primazia II
Haas Newsroom
July 2, 2012
The Advantages of Being First
UNIVERSITY OF CALIFORNIA, BERKELEY’S HAAS SCHOOL OF BUSINESS – How people make choices depends on many factors, but a new study finds people consistently prefer the options that come first: first in line, first college to offer acceptance, first salad on the menu – first is considered best.
The paper, “First is Best,” recently published in PLoS ONE by Dana R. Carney, assistant professor of management, University of California, Berkeley’s Haas School of Business, and co-author Mahzarin R. Banaji, professor of psychology, Harvard University.
In three experiments, when making quick choices, participants consistently preferred people (salespersons, teams, criminals on parole) or consumer goods presented first as opposed to similar offerings in second and sequential positions. The authors say their findings may have practical applications in a variety of settings including in consumer marketing.
“The order of individuals performing on talent shows like American Idol. The order of potential companies recommended by a stockbroker. The order of college acceptance letters received by an applicant. All of these firsts have privileged status,” says Carney. “Our research shows that managers, for example in management or marketing, may want to develop their business strategies knowing that first encounters are preferable to their clients or consumers.”
The study found that especially in circumstances under which decisions must be made quickly or without much deliberation, preferences are unconsciously and immediately guided to those options presented first. While there are sometimes rational reasons to prefer firsts, e.g. the first resume is designated on the top of the pile because that person wanted the job the most, Carney says the “first is best” effect suggests that firsts are preferred even when completely unwarranted and irrational.
The study’s first experiment asked 123 participants to evaluate three groups: (a) two teams, (b) two male salespersons, and (c) two female salespersons. First, participants were asked to join one of the two teams and were introduced to the Hadleys and the Rodsons. Immediately following the introduction, they decided which team to join. Next, participants were told they were buying a car and introduced to two male salespersons: Jim and Jon. Immediately following the introduction, they selected the salesperson from whom they preferred to buy a car. Finally, participants were told they needed to re-make their car-buying decision and that they would be introduced to two new salespersons; this time, female: Lisa and Lori. After sequential introduction they, again, decided which person they’d like to buy a car from.
When asking participants about their choices, the researchers asked about choice in two ways: conscious/deliberate choice, which was self-reported (i.e.., “I prefer Lisa to Lori”), or they completed a reaction-time task adapted from cognitive psychology in which participants’ automatic, unconscious preference for each option was assessed (i.e. “good,” “better,” “superior”). Regardless of whom people said they preferred, on the unconscious, cognitive measure of preference, participants always preferred the first team or person to whom they were introduced.
To test the choice preferences of consumer goods, the researchers asked 207 passengers at a train station to select one of two pieces of similar bubble gum in a “rapid decision task” or choosing within a second of seeing the choices (using psychologist Daniel Kahneman’s theory on ‘thinking, fast and slow’). Once again, the result was the same: when thinking fast, the bubble gum presented first was the preferable choice in most cases.
Researchers considered the salespeople and the gum relatively positive stimuli, without controversy. In order to test their theory with negatively charged options, Carney and Banaji asked another group of 31 participants to choose between pairs of convicted criminals and decide which one was more worthy of parole instead of prison. After viewing mug shots of two 29 year-old criminals known to have committed the same violent crimes with similar features and facial expressions, again, when “thinking fast,” participants judged the first criminal presented as more worthy of parole.
If order matters, why? Carney contends the proven “primacy has power” theory may provide the best answers. The paper cites, “a preference for firsts has its origins in an evolutionary adaptation favoring firsts …” For example, in most cases, humans tend to innately prefer the first people they meet: a mother, family members. In addition, those preferences are associated with what’s safe. Carney says the historic concept of the established “pecking order” also supports their findings that people find “first is best.”
July 2, 2012
The Advantages of Being First
UNIVERSITY OF CALIFORNIA, BERKELEY’S HAAS SCHOOL OF BUSINESS – How people make choices depends on many factors, but a new study finds people consistently prefer the options that come first: first in line, first college to offer acceptance, first salad on the menu – first is considered best.
The paper, “First is Best,” recently published in PLoS ONE by Dana R. Carney, assistant professor of management, University of California, Berkeley’s Haas School of Business, and co-author Mahzarin R. Banaji, professor of psychology, Harvard University.
In three experiments, when making quick choices, participants consistently preferred people (salespersons, teams, criminals on parole) or consumer goods presented first as opposed to similar offerings in second and sequential positions. The authors say their findings may have practical applications in a variety of settings including in consumer marketing.
“The order of individuals performing on talent shows like American Idol. The order of potential companies recommended by a stockbroker. The order of college acceptance letters received by an applicant. All of these firsts have privileged status,” says Carney. “Our research shows that managers, for example in management or marketing, may want to develop their business strategies knowing that first encounters are preferable to their clients or consumers.”
The study found that especially in circumstances under which decisions must be made quickly or without much deliberation, preferences are unconsciously and immediately guided to those options presented first. While there are sometimes rational reasons to prefer firsts, e.g. the first resume is designated on the top of the pile because that person wanted the job the most, Carney says the “first is best” effect suggests that firsts are preferred even when completely unwarranted and irrational.
The study’s first experiment asked 123 participants to evaluate three groups: (a) two teams, (b) two male salespersons, and (c) two female salespersons. First, participants were asked to join one of the two teams and were introduced to the Hadleys and the Rodsons. Immediately following the introduction, they decided which team to join. Next, participants were told they were buying a car and introduced to two male salespersons: Jim and Jon. Immediately following the introduction, they selected the salesperson from whom they preferred to buy a car. Finally, participants were told they needed to re-make their car-buying decision and that they would be introduced to two new salespersons; this time, female: Lisa and Lori. After sequential introduction they, again, decided which person they’d like to buy a car from.
When asking participants about their choices, the researchers asked about choice in two ways: conscious/deliberate choice, which was self-reported (i.e.., “I prefer Lisa to Lori”), or they completed a reaction-time task adapted from cognitive psychology in which participants’ automatic, unconscious preference for each option was assessed (i.e. “good,” “better,” “superior”). Regardless of whom people said they preferred, on the unconscious, cognitive measure of preference, participants always preferred the first team or person to whom they were introduced.
To test the choice preferences of consumer goods, the researchers asked 207 passengers at a train station to select one of two pieces of similar bubble gum in a “rapid decision task” or choosing within a second of seeing the choices (using psychologist Daniel Kahneman’s theory on ‘thinking, fast and slow’). Once again, the result was the same: when thinking fast, the bubble gum presented first was the preferable choice in most cases.
Researchers considered the salespeople and the gum relatively positive stimuli, without controversy. In order to test their theory with negatively charged options, Carney and Banaji asked another group of 31 participants to choose between pairs of convicted criminals and decide which one was more worthy of parole instead of prison. After viewing mug shots of two 29 year-old criminals known to have committed the same violent crimes with similar features and facial expressions, again, when “thinking fast,” participants judged the first criminal presented as more worthy of parole.
If order matters, why? Carney contends the proven “primacy has power” theory may provide the best answers. The paper cites, “a preference for firsts has its origins in an evolutionary adaptation favoring firsts …” For example, in most cases, humans tend to innately prefer the first people they meet: a mother, family members. In addition, those preferences are associated with what’s safe. Carney says the historic concept of the established “pecking order” also supports their findings that people find “first is best.”
Efeito Primazia III
Why First is Best
Roger Dooley
Forbes
22/08/2012
If you sell products or services, you probably have a product that you’d like to sell more of. Maybe it’s the one the produces the highest level of customer satisfaction or the fewest returns. Maybe it’s more profitable than other items in the line. Maybe it represents a great value for your customers but they overlook it. Here’s one key to selling more of that item: be sure your customer sees it FIRST!
New research from Berkeley and Harvard scientists underscores what we know from past research: humans have an inherent preference for the first choice they see. This phenomenon is called the primacy effect.
It’s fascinating that this effect occurs across many different domains. The first experiment in the latest batch had subjects evaluate photos of “salespeople” – pairs of males, females, and teams. When the subjects were asked about their preferences in a questionnaire, they showed no difference in their evaluation of each pair. But, using an implicit association test, a technique to measure subconscious preferences, there was a significant difference in favor of the first-viewed person or team. (For more on implicit association, see The Secret Voter in Your Brain.)
The second experiment showed subjects two similar brands of bubble gum. When given a chance to think about their choice, the subjects chose each brand about half the time. But, when instructed to choose quickly, 62% chose the first-viewed item and only 38% chose the second.
The lesson from all of this research is that leading with your most attractive product will help nudge customers toward purchasing that product. You can accomplish that with showing the products sequentially, by placing the desired product first on a multi-product display, or by drawing visual attention to that product so that it is viewed first.
Note that this is a nudge, not a big shove. The more the customer deliberates, the weaker the effect will be. And, sometimes, other strategies may work better – showing a customer an expensive product first to produce a price anchor, then a product that is similar but less expensive that will seem more of a bargain and be the likely choice. There’s also the recency effect, which can cause a preference for the last item seen if there’s a delay between viewing the items and the choice is made immediately after seeing the last one.
Still, purchase decisions often come down to small differences and subconscious leanings – in most cases, you should lead with your best option.
Roger Dooley
Forbes
22/08/2012
If you sell products or services, you probably have a product that you’d like to sell more of. Maybe it’s the one the produces the highest level of customer satisfaction or the fewest returns. Maybe it’s more profitable than other items in the line. Maybe it represents a great value for your customers but they overlook it. Here’s one key to selling more of that item: be sure your customer sees it FIRST!
New research from Berkeley and Harvard scientists underscores what we know from past research: humans have an inherent preference for the first choice they see. This phenomenon is called the primacy effect.
It’s fascinating that this effect occurs across many different domains. The first experiment in the latest batch had subjects evaluate photos of “salespeople” – pairs of males, females, and teams. When the subjects were asked about their preferences in a questionnaire, they showed no difference in their evaluation of each pair. But, using an implicit association test, a technique to measure subconscious preferences, there was a significant difference in favor of the first-viewed person or team. (For more on implicit association, see The Secret Voter in Your Brain.)
The second experiment showed subjects two similar brands of bubble gum. When given a chance to think about their choice, the subjects chose each brand about half the time. But, when instructed to choose quickly, 62% chose the first-viewed item and only 38% chose the second.
Both experiments indicate a bias toward the first item seen. This bias doesn’t overwhelm all other considerations, and the more a person thinks about a choice the less significant it will be. Still, to use my pet terminology, it’s a NeuroNudge that could help a customer finalize a choice.
As I described in Order Effect Affects Orders, primacy has been shown to be important in comparing similar products. Austrian researchers studied “recommender systems,” i.e., systems that help consumers choose the best product for their needs. Subjects were shown images and descriptions of tents that had various differences in configuration, closures, waterproofing, etc. The tents were displayed in random order. What they found was startling: the subjects did indeed prefer one tent over the rest, by a factor of 2.5 times. The surprise was that this preference wasn’t for one particular tent design; rather, the subjects greatly preferred whichever tent they saw first.
Brainy Takeaway
As I described in Order Effect Affects Orders, primacy has been shown to be important in comparing similar products. Austrian researchers studied “recommender systems,” i.e., systems that help consumers choose the best product for their needs. Subjects were shown images and descriptions of tents that had various differences in configuration, closures, waterproofing, etc. The tents were displayed in random order. What they found was startling: the subjects did indeed prefer one tent over the rest, by a factor of 2.5 times. The surprise was that this preference wasn’t for one particular tent design; rather, the subjects greatly preferred whichever tent they saw first.
Brainy Takeaway
The lesson from all of this research is that leading with your most attractive product will help nudge customers toward purchasing that product. You can accomplish that with showing the products sequentially, by placing the desired product first on a multi-product display, or by drawing visual attention to that product so that it is viewed first.
Note that this is a nudge, not a big shove. The more the customer deliberates, the weaker the effect will be. And, sometimes, other strategies may work better – showing a customer an expensive product first to produce a price anchor, then a product that is similar but less expensive that will seem more of a bargain and be the likely choice. There’s also the recency effect, which can cause a preference for the last item seen if there’s a delay between viewing the items and the choice is made immediately after seeing the last one.
Still, purchase decisions often come down to small differences and subconscious leanings – in most cases, you should lead with your best option.
25 agosto 2012
Neil Armstrong
Faleceu Armstrong. O leitor do blog deve lembrar do seguinte teste:
Neil Armstrong é um ilustre que tem evitado, durante muitos anos, dar entrevista. Recentemente quebrou a regra, concedendo uma entrevista para uma publicação contábil da Austrália. A razão: seu pai foi auditor. Armstrong é ilustre pela seguinte razão:
a) é um famoso músico, que canta What a Wonderful World
b) foi um conhecido jogador e técnico de futebol americano
c) foi o primeiro astronauta que pisou na Lua.
Neil Armstrong é um ilustre que tem evitado, durante muitos anos, dar entrevista. Recentemente quebrou a regra, concedendo uma entrevista para uma publicação contábil da Austrália. A razão: seu pai foi auditor. Armstrong é ilustre pela seguinte razão:
a) é um famoso músico, que canta What a Wonderful World
b) foi um conhecido jogador e técnico de futebol americano
c) foi o primeiro astronauta que pisou na Lua.
Teste da Semana
Para o leitor atento do nosso blog, eis um pequeno teste para medir seus conhecimentos sobre os principais fatos relacionados com a contabilidade. Após responder, olhe as respostas no comentários e faça a conversão: de 9 a 10 certas = medalha de ouro; 7 e 8 certas = prata; 5 e 6 = bronze. Abaixo disto, ...
1 - A última
edição da Revista Brasileira de Contabilidade traz como destaque de capa uma
entrevista com um não contador. Trata-se de
Bill
Clinton, ex-presidente dos EUA
Hans
Hoogervorst, presidente do Iasb
Marcos
Cesar Pontes, primeiro astronauta brasileiro
2
– Segundo um levantamento, este país é o que mais exporta cérebros no mundo:
Brasil
Índia
Japão
3
– Esta modelo brasileira já acumulou 250 milhões de dólares ao longo da
carreira, estando em segundo lugar no ranking:
Adriana
Lima
Alessandra
Ambrosio
Gisele
Bundchen
4
– Um estudo da KPMG mostrou que o número de empresas em dificuldades no Brasil aumentou
em
10%
20%
50%
5
– Segundo um levantamento nas cooperativas de crédito no país, um quarto dos
empresários
Acreditam
que a taxa de juros irá reduzir no futuro próximo
Estão
em atrasos com o pagamento do principal e juros
Pegam
recursos como pessoa física para financiar suas empresas
6
– Uma extensa reportagem publicada na revista Exame mostrou que a redução na
taxa de juros poderá trazer um sério problema para:
As
instituições financeiras
Os
fundos de pensão
Os
municípios nordestinos
7
– Esta instituição bancária estatal está apurando um desvio de recursos acima
de R$2 bilhões. Em razão disto, um lucro menor em razão do aumento das “contingências”.
Banco
da Amazônia
Banco
de Brasília
BNB
8
– 6ª Turma do Tribunal Regional
Federal da 4ª Região tomou uma decisão
importante: os Conselhos Regionais de Contabilidade ...
Deve evidenciar
todas suas transações com o governo
Podem cobrar
judicialmente as contribuições dos associados em atraso
Tem poder de
polícia para requisitar informações dos contadores
9 – O investidor
Soros adquiriu 7,85% das ações:
Da equipe de
futebol Manchester United
Do fundo
private equity GP Investimentos
Do Carrefour
10 – Nesta semana
esta empresa bateu o recorde de valorização no mercado acionário mundial
Apple
Exxon
Microsoft
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