Sobre a existência de executivos que fazem a diferença (tipo Steve Jobs) eis um trecho de Tudo é Óbvio (p. 212):
Assim como acontece com os influenciadores que discuti no capítulo 4, Khurana [sociólogo, autor de Searching for a Corporate Savior] conclui que explicações convencionais de sucesso invocam o poder de líderes inspiradores não porque as evidências sustentam essa conclusão, mas porque sem uma figura como essa não temos nenhuma compreensão intuitiva sobre como uma organização grande e complexa pode funcionar. Nossa necessidade de ver o sucesso de uma empresa pelas lentes de um único indivíduo poderoso, explica Khurana, é o resultado de uma combinação de pressupostos psicológicos e crenças culturais – particularmente em culturas como a dos Estados Unidos, onde conquistas individuais são muito celebradas. A mídia também prefere histórias simples e centradas em seres humanos a explicações abstratas baseadas em forças sociais, econômicas e políticas. Assim, tanto gravitamos quanto somos expostos de maneira desproporcional a explicações que enfatizam a influência de indivíduos especiais no direcionamento da trajetória de organizações e eventos incrivelmente complexos.
Watts, Duncan. Tudo é Óbvio. Paz & Terra, 2011 (Não recomendo o livro de Watts, mas este trecho realmente é especial)
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