O CASO DO BANCO PANAMERICANO SOB O PONTO DE VISTA DA ÉTICA
Resumo
Em novembro de 2010 o Grupo Silvio Santos obteve com o Fundo Garantidor de Crédito um empréstimo de R$ 2,5 bilhões, com a finalidade de regularizar a situação patrimonial do Banco Panamericano. A necessidade de obtenção desse empréstimo veio da descoberta, pelo Banco Central, de inconsistências contábeis nas demonstrações do banco. Este trabalho descreve e analisa, do ponto de vista da ética, os fatos já divulgados sobre o caso das inconsistências contábeis encontradas nas demonstrações do Banco Panamericano, com o objetivo de concluir se as decisões tomadas pelos administradores do banco, pela Caixa Econômica Federal e pelos auditores independentes foram eticamente corretas. Para isso, foi utilizada uma estrutura de avaliação ética descrita por Merchant e Van der Stede (2007), que consiste em seis passos, da identificação do dilema ético à avaliação das decisões tomadas. A partir da análise realizada foi possível concluir que os administradores do Banco Panamericano, por falta de integridade e de coragem; os administradores da Caixa Econômica Federal, por tratarem desigualmente e beneficiarem uma empresa específica; bem como os auditores independentes, por não cumprirem suas obrigações de realizar uma análise contábil de qualidade; tomaram decisões que não refletem uma atitude ética.
Palavras-Chave: Ética. Inconsistências Contábeis. Banco Panamericano.
Brenno Lima Ferreira, Paulo Roberto Barbosa Lustosa
Revista Ambiente Contábil, v. 4, n. 1. 2012.
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