Sobre a convergência, Huw Jones, da Reuters, discute (Analysis - U.S. demands overshadow accounting prize) a questão do prazo para que a mesma esteja concluída. Jones lembra que os ministros do G20 deram um prazo até meados de 2013 para sua conclusão. Este prazo representa 30 meses além do prazo original.
A questão é que este prazo depende da posição dos Estados Unidos. Segundo um executivo da Grant Thornton, tudo indica que as eleições presidenciais de novembro pode influenciar na posição daquele país. Além disto, a decisão dos Estados Unidos depende da garantia de que terão liberdade para mudar as normas contábeis quando forem adotadas no país.
Esta também parece ser a posição da Índia, que também não adotou as normas internacionais. Ao mesmo tempo, parece existir um incentivo, por parte do Iasb, para formação de blocos de países regionais. É o caso de um grupo de países da Ásia e o pequeno grupo da América Latina. Como normas internacionais são feitas com poucas pessoas, o agrupamento de países teria assento no Iasb em lugar de lugares cativos, como ocorre hoje. Entretanto, isto enfrenta oposição de alguns países europeus.
Assim, talvez a posição do Brasil em adotar as normas antes tenha retirado seu poder de barganha junto ao Iasb. Ao mesmo tempo, o esforço em formar parceria com Argentina, Venezuela e outros países da América Latina, possa reduzir nossa influencia no Iasb, não aumentá-la.
Voltando a questão dos Estados Unidos, parece muito claro que a adoção das normas internacionais por parte daquele país deve ser feita no médio e longo prazo. Numa entrevista para Bloomberg, o contador da Microsoft afirmou acreditar que o processo deverá demorar de cinco a sete anos e que pode ser maior ainda. Isto decorre do profundo impacto que a adoção terá na empresas daquele país.
09 maio 2012
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