Existe uma constatação que as empresas nos dias de hoje estão com muito dinheiro em caixa. Já comentamos, anteriormente, o grande volume de ativos de elevada liquidez da Apple. Mas esta situação também ocorre no Brasil. A Petrobras, por exemplo, possui 52 bilhões de reais em caixa e equivalentes.
Existem várias razões para uma empresa manter dinheiro no caixa. No livro Administração do Capital de Giro, de Assaf Neto e Silva, existe uma lista com quinze potenciais razões. Na teoria, citam-se os três motivos de Keynes para manter liquidez: transação, especulação e precaução.
Um texto do Valor Econômico (Caixa Robusto será Mantido a Despeito da queda do juro, 14 de março de 2012) sobre o assunto mostra esta questão de maneira clara.
Eis o motivo precaução:
Um motivo para isso é o receio com o cenário externo, que ainda provoca cautela. O custo de manter dinheiro disponível mesmo com rentabilidade menor seria equivalente ao de um seguro para o clima de incerteza.
Mas a tributação também tem seu papel no processo. Num outro texto (Grendene vê ajuste de estoque, Valor Econômico, 14 de março de 2012) surge o seguinte texto:
Ele [Francisco Smidtt, da Grendene] reconhece que, por conta dos incentivos fiscais que a empresa possui, "não é economicamente viável" distribuir parte dos resultados aos acionistas, por causa da tributação que incidiria sobre os valores.
Mas ainda assim diz que a empresa mantém sua posição elevada de caixa líquido, de R$ 804 milhões em dezembro, por opção. "Essa posição serve como apoio estratégico ao negócio. Esse é um ponto que nos diferencia e nos dá grande flexibilidade", diz.
10 abril 2012
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