Segundo o economista Emmanuel Saez, da Universidade da Califórnia, durante a depressão de 2007 a 2009,o rendimento médio real por família norte-americana caiu drasticamente em 17,4%; a maior queda em dois anos desde a Grande Depressão. O rendimento médio real para o percentil superior -ou seja, indivíduos que obtiveram renda superior a 352 mil dólares, também denominados de os 1% de maior renda- caiu ainda mais rápido (36,3 por cento de queda), o que levou a uma diminuição na participação na renda total do país, de 23,5% para 18,1%. A renda média real para os 99% inferiores também caiu acentuadamente em 11,6%, de longe o maior declínio em dois anos, desde a Grande Depressão.
O gráfico abaixo apresenta a participação na renda total do país, de cada grupo indicado na legenda. Antes de 2008, os 1% tinham renda semelhante com o mesmo grupo antes da crise de 1929. Posteriormente, com o advento das crises , a renda de ambos os grupos caiu substancialmente em ambos os períodos. Não obstante, em 2010, a renda dos 1% de maior renda já era semelhante e um pouco superior ao do mesmo grupo pós-29. Assim, nas palavras de Saez, conclui-se que " a crise de 2008 só irá reduzir a renda dos mais ricos de forma temporária e não irá desfazer o aumento substancial que vem ococorrendo desde 1970. Além disso, excluindo os ganhos capital realizados dos mais ricos, em 2010, a participação do decil superior era de 46,3%, mais alta que em 2007."
O gráfico abaixo apresenta a participação na renda total do país, de cada grupo indicado na legenda. Antes de 2008, os 1% tinham renda semelhante com o mesmo grupo antes da crise de 1929. Posteriormente, com o advento das crises , a renda de ambos os grupos caiu substancialmente em ambos os períodos. Não obstante, em 2010, a renda dos 1% de maior renda já era semelhante e um pouco superior ao do mesmo grupo pós-29. Assim, nas palavras de Saez, conclui-se que " a crise de 2008 só irá reduzir a renda dos mais ricos de forma temporária e não irá desfazer o aumento substancial que vem ococorrendo desde 1970. Além disso, excluindo os ganhos capital realizados dos mais ricos, em 2010, a participação do decil superior era de 46,3%, mais alta que em 2007."
Em outro estudo denominado "The Evolution of Top Incomes in an Egalitarian Society", os autores compararam a participação dos 1% de maior renda em 7 países, no período de 1900 a 2004. É interessante observar que os EUA e a Suécia, países com sistemas muito diferentes de distribuição de renda, juntamente com o Reino Unido e o Canadá apresentam o maior aumento na participação dos 1%, na renda nacional nos útlimos 100 anos. Não é tão simples indicar os motivos da crescente desigualdade de renda nos EUA, pois o tema ainda é controverso. Todavia, economistas acreditam que a demanda por mão de obra cada vez mais especializada e técnica, decorrentes de desenvolvimento tecnológico e crescimento do comércio internacional, talvez explique a crescente desigualdade de renda.
Nos EUA, as causas para a desigualdade apontadas pelos 99% - indíviduos com renda inferior aos 1% - são atribuídas a politicas públicas que privilegiam os mais ricos. Todavia, é temerário culpar o sistema capitalista e o governo por fracassos individuais. Observe que os protestos em Wall Street atacam os banqueiros, lobistas e grandes corporações multinacionais, no entanto, artistas, esportistas, músicos e outros profissinais bem sucedidos, que fazem parte dos 1% de maior renda, raramente são alvos de protesto. Muitos dos que protestam tomaram decisões individuais incorretas no passado - como por exemplo, comprar imóveis com financiamentos elevados - e agora querem culpar os outros por suas derrotas. É claro que muitos cidadãos, por situações alheias às suas vontades, dependem da ajuda do governo.
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