Isso não acontece por aqui. Mas posto pois achei divina a prosa de Antônio Prata:
Eu conheci o Vitor num revéillon em Picinguaba, lá por 2003. Ele me emprestou uns pés de pato, ou eu emprestei pra ele, já não me lembro bem. Sei que ele era gente fina e que nunca mais nos vimos. Mas, semana passada, depois de todos esses anos, ele me escreveu, para dar uma bronca. Disse que acha mal educado eu não responder aos comentários dos leitores, aqui neste blog. Pô, a pessoa se dá ao trabalho de ler, escrever elogiando ou criticando e eu nem tchuns?
O problema, meu (s) caro (s), é o contrário: eu tchuns. E como me conheço, sei que, se começar a comentar os comentários, em breve não vou mais conseguir escrever uma única crônica, pois passarei o tempo todo aqui, de papo pro ar, conversando. Já é uma luta não entrar 243 vezes por dia no twitter e no Facebook. Uma luta não ficar toda hora checando a caixa de entrada, apertando send/receive ou F5, em busca de alguma novidadezinha social.
Agradeço imensamente a todos os que elogiam ou criticam -- desde que não me chamem de babaca, imbecil e cretino, como sói acontecer, infelizmente, mais de uma vez por dia, para meu eterno espanto. Em 99% dos casos, eu leio os comentários e fico contente, fico sabendo o que agrada e o que desagrada e isso ajuda muito no meu trabalho. Mas, feliz ou infelizmente, o trabalho tem que ser feito, por isso entro mudo e saio calado destas – quase sempre – gentis opiniões sobre meus textos. Espero que entendam.
E Vitor, te agradeço pelo e-mail e pelos pés de pato, caso tenha sido você a emprestar-me, e não o contrário.
"Uma luta não ficar toda hora checando a caixa de entrada, apertando send/receive ou F5, em busca de alguma novidadezinha social." Uma luta que todos deveriamos participar!
ResponderExcluirLuiz Gonzaga