A revista Exame apresenta uma análise do comportamento das ações da Souza Cruz (Obrigação por Fumar, 7 fev 2012, Thiago Bronzatto). Vendendo cigarros, num setor onde a regulamentação do governo é alta, o consumo é decrescente e a propaganda é proibida, a empresa conseguiu uma valorização de 1775% em dez anos, ou cinco vezes mais que o índice da Bovespa. A empresa seria “politicamente incorreta” e o ambiente econômico é complicado:
As campanhas de conscientização conseguiram diminuir o número de fumantes, e a con¬corrência de fabricantes ilegais, que não pagam impostos e, por isso, conse¬guem vender bem mais barato, só se torna mais agressiva.
A empresa vendeu em 2011 10% a menos que em 2006. Para o texto, a vantagem da empresa é a facilidade de aumentar preços.
"A demanda não costuma cair quando os preços sobem, porque fumar é um vício e o valor de um maço de cigarro é baixo, ou seja, as pessoas geralmente não sen¬tem tanto a alta", diz Marcelo Varejão, analista da corretora Socopa.
Isto decorre de um conhecido conceito econômico de inelasticidade.
Este blogueiro acrescenta outro fator: como a empresa não possui muitos projetos de investimento, o volume de pagamento de dividendos é alto. Uma consequência disto é que o risco é reduzido (beta de 0,48 versus a SP500 para dados de cinco anos ou 0,38 para dez anos). O gráfico apresenta o comportamento das ações da empresas em dez anos.
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