Mergulhado até o colarinho branco nas fraudes do antigo Banco Nacional, consideradas até hoje o maior escândalo financeiro da história do País, o executivo aposentado Clarimundo Sant'Anna pede na Justiça uma indenização trabalhista calculada em R$ 80 milhões. O alvo da ação é o Itaú Unibanco, herdeiro de parte do Nacional, um banco que foi grande e acabou no final dos anos 90, fulminado pela descoberta das fraudes.
Em valores atualizados, o Nacional deixou um rombo de R$ 9,8 bilhões. Então vice-presidente de Controladoria, Clarimundo ganhou destaque na época pela sua atuação no esquema: ele falsificou os balanços do banco, durante dez anos, para esconder do público que o Nacional estava quebrado.
Com a descoberta da farsa pelo Banco Central (BC), ele e os principais executivos do banco foram demitidos e condenados pela Justiça - mas estão todos recorrendo. Três deles entraram com pedidos milionários de indenização na Justiça do Trabalho.
Nagib Antonio, que era vice-presidente de Auditoria, perdeu a ação. Já Décio da Silva Bueno, ex-vice da área de Risco, ganhou uma indenização de cerca de R$ 80 milhões - mas fez um acordo com o banco em 2007 e aceitou receber R$ 18 milhões.
O processo de Clarimundo ainda não acabou e teve uma decisão importante em dezembro - sua ação foi julgada improcedente pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio de Janeiro. Ele recorre da decisão. "Não estou acompanhando o processo, estou doente", disse Clarimundo ao Estado. (...)
Pivô das fraudes do Nacional pede R$ 80 milhões - 26 de Fevereiro de 2012 - O Estado de São Paulo - DAVID FRIEDLANDER
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