31 janeiro 2012
Convergência
O jornal Valor Econômico dedica, na edição de hoje, diversas reportagens sobre a contabilidade.
Em “Setor Financeiro tem Demandas Específicas” o jornal destaca o fato de que as instituições financeiras ainda não aderiram completamente as normas internacionais. Os balanços consolidados estão segundo a IFRS, mas as demonstrações “individuais” estão dentro do padrão do Banco Central. Isto naturalmente traz reclamações sobre o custo de produção da informação. A justificativa, segundo o jornal, é a seguinte:
O motivo é o procedimento do BC para aprovação das normas emitidas pelo CPC, que requer tempo para saber as implicações de cada uma delas no setor e no mercado. Das 60 normais emitidas pelo CPC, o Banco Central adotou sete, sendo que duas delas aparecerão nos balanços somente em 2013.
Mas diversas normas são divergentes:
Uma delas refere-se à amortização do ágio. Pelo IFRS, essa operação é vedada. Dentro do padrão contábil do BC, exige-se que o passivo tributário do banco seja registrado, ainda que haja contestação na Justiça e as chances de ganhar sejam grandes ou prováveis. Pela regra internacional, o banco não precisa registrar o passivo se considera provável que vencerá a causa.
Outra questão apresentada pelo texto é a questão do leasing, que está aguardando uma nova norma do Iasb.
Em “Concessionárias discutem Ajustes na Normas” informa que os balanços de 2012 ainda não irão reconhecer os ativos e passivos regulatórios.
O fato é que os balanços em IFRS, sem reconhecimento dos ativos e passivos regulatórios no exercício, não refletem o modelo tarifário e geram uma variação temporária que pode ser negativa ou positiva no resultado de um determinado exercício, criando volatilidade entre períodos.
Em “Mudanças ampliam base para Distribuição de Dividendos” confirma a experiência de outros países com a adoção das IFRS: aumento no lucro apurado. Citando dois estudos o texto mostra o efeito das normas sobre o patrimônio líquido e o resultado.
Dentre os fatores de ajuste que mais afetaram o resultado das companhias em 2010 o mais marcante é o que se refere à combinação de negócios - normatizadas pelas CPCs 01, 04 e 15 - nos momentos em que são abordadas em operações de fusões e/ou aquisições, que eram ocasionais no passado, mas andam em alta nos últimos anos.
O texto “Regras para Tributos continuam indefinidas” afirma que 2012 irá trazer novidades com respeito a questão da tributação.
Além da promessa do Fisco de que será dada uma solução definitiva para substituir o Regime Tributário de Transição (RTT), há a expectativa da intensificação de fiscalizações e o aumento das autuações, pois o prazo para este tipo de lançamento relacionado aos fatos envolvendo IFRS e RTT começa a se esgotar em 2013.
Desde o começo do processo de convergência das empresas brasileiras ao padrão contábil internacional, havia a preocupação de qual seriam os efeitos para o cálculo de tributos. Com as novas regras para a elaboração do balanço societário, a expectativa era de que - com atualizações de ativos por valores de mercado e outras formas de garantir aos números a essência econômica e não os aspectos formais - os resultados poderiam ser maiores e, consequentemente, implicar em uma base maior para a incidência de tributos. Ou, dependendo da situação, ocorrer o inverso.
A medida provisória (parte da MP nº449/08) foi convertida na Lei nº 11.941/09 e ficou conhecida como Regime Tributário de Transição - RTT, dissociando a contabilidade fiscal da societária. Por conta do RTT, os resultados continuam a ser tributados segundo as normas contábeis anteriores a dezembro de 2007.
Mas, ao longo dos últimos quatro anos várias questões não conseguiram uma resposta clara no RTT, o que colocou advogados tributaristas, contadores, administradores e a Receita Federal em situações ainda sem respostas que podem, inclusive, resultar em autuações, processos administrativos e judiciais. Entre os questionamentos mais frequentes estão: o tratamento do ágio em aquisições, as despesas com juros na compra de ativos, qual patrimônio líquido - se o fiscal ou o societário - deve ser usado para cálculo dos juros sobre capital próprio, e até mesmo os critérios para o cálculo dos dividendos a serem distribuídos: se deve ser utilizado o lucro societário ou o fiscal.
O artigo “Excesso de informações sobrecarrega auditorias” mostra que a adoção das IFRS aumentou o trabalho das auditorias. O texto, infelizmente, deixa de comentar que a adoção das IFRS foi extremamente benéfico para as empresas de auditoria; afinal, mais trabalho é igual a maior remuneração.
Para os balanços publicados este ano, a expectativa é a de que as informações possam chegar de forma mais objetiva e em menor volume. A maior preocupação é com a entrada em vigor de normas que vão tratar do reconhecimento e mensuração de instrumentos financeiros, com vigência prevista para os balanços de 2012, que trarão novos conceitos de avaliação por custo amortizado e por valor justo.
Em “Convergência Positiva” não se discute as vantagens, nem as desvantagens, da convergência, mas sim o processo de convergência
Os números evidenciam a forma até tranquila com que o processo de convergência caminha até o momento: das 630 companhias abertas que divulgaram suas informações no novo padrão em 2011 (considerando o ITR do terceiro trimestre), em apenas cinco casos a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pediu para refazer ou republicar as demonstrações. Em comum, as determinações envolveram situações em que a autarquia identificou ou a superavaliação do ativo ou que ocorrera uma subavaliação do passivo.
O texto lista os principais problemas que deverão ser investigados pela CVM:
As principais questões que permanecerão no foco da CVM neste ano são: a nota explicativa sobre receita, que deve mostrar com clareza as deduções e descontos que incidem sobre o faturamento bruto; a baixa de ativos, que deve ser mais bem explicada e detalhada para os investidores; a nota sobre partes relacionadas, que precisa conter informações mínimas para que se entenda as movimentações entre empresas do grupo no período; as premissas usadas para cálculo do ajuste a valor presente, como taxas de desconto; a divulgação sobre provisões e passivos contingentes; a clareza das notas sobre instrumentos financeiros; a explicação mais detalhada sobre o ativo imobilizado e as taxas de depreciação usadas por tipo de ativo e o uso da conta de reserva de lucros a realizar.
Em “Setor Financeiro tem Demandas Específicas” o jornal destaca o fato de que as instituições financeiras ainda não aderiram completamente as normas internacionais. Os balanços consolidados estão segundo a IFRS, mas as demonstrações “individuais” estão dentro do padrão do Banco Central. Isto naturalmente traz reclamações sobre o custo de produção da informação. A justificativa, segundo o jornal, é a seguinte:
O motivo é o procedimento do BC para aprovação das normas emitidas pelo CPC, que requer tempo para saber as implicações de cada uma delas no setor e no mercado. Das 60 normais emitidas pelo CPC, o Banco Central adotou sete, sendo que duas delas aparecerão nos balanços somente em 2013.
Mas diversas normas são divergentes:
Uma delas refere-se à amortização do ágio. Pelo IFRS, essa operação é vedada. Dentro do padrão contábil do BC, exige-se que o passivo tributário do banco seja registrado, ainda que haja contestação na Justiça e as chances de ganhar sejam grandes ou prováveis. Pela regra internacional, o banco não precisa registrar o passivo se considera provável que vencerá a causa.
Outra questão apresentada pelo texto é a questão do leasing, que está aguardando uma nova norma do Iasb.
Em “Concessionárias discutem Ajustes na Normas” informa que os balanços de 2012 ainda não irão reconhecer os ativos e passivos regulatórios.
O fato é que os balanços em IFRS, sem reconhecimento dos ativos e passivos regulatórios no exercício, não refletem o modelo tarifário e geram uma variação temporária que pode ser negativa ou positiva no resultado de um determinado exercício, criando volatilidade entre períodos.
Em “Mudanças ampliam base para Distribuição de Dividendos” confirma a experiência de outros países com a adoção das IFRS: aumento no lucro apurado. Citando dois estudos o texto mostra o efeito das normas sobre o patrimônio líquido e o resultado.
Dentre os fatores de ajuste que mais afetaram o resultado das companhias em 2010 o mais marcante é o que se refere à combinação de negócios - normatizadas pelas CPCs 01, 04 e 15 - nos momentos em que são abordadas em operações de fusões e/ou aquisições, que eram ocasionais no passado, mas andam em alta nos últimos anos.
O texto “Regras para Tributos continuam indefinidas” afirma que 2012 irá trazer novidades com respeito a questão da tributação.
Além da promessa do Fisco de que será dada uma solução definitiva para substituir o Regime Tributário de Transição (RTT), há a expectativa da intensificação de fiscalizações e o aumento das autuações, pois o prazo para este tipo de lançamento relacionado aos fatos envolvendo IFRS e RTT começa a se esgotar em 2013.
Desde o começo do processo de convergência das empresas brasileiras ao padrão contábil internacional, havia a preocupação de qual seriam os efeitos para o cálculo de tributos. Com as novas regras para a elaboração do balanço societário, a expectativa era de que - com atualizações de ativos por valores de mercado e outras formas de garantir aos números a essência econômica e não os aspectos formais - os resultados poderiam ser maiores e, consequentemente, implicar em uma base maior para a incidência de tributos. Ou, dependendo da situação, ocorrer o inverso.
A medida provisória (parte da MP nº449/08) foi convertida na Lei nº 11.941/09 e ficou conhecida como Regime Tributário de Transição - RTT, dissociando a contabilidade fiscal da societária. Por conta do RTT, os resultados continuam a ser tributados segundo as normas contábeis anteriores a dezembro de 2007.
Mas, ao longo dos últimos quatro anos várias questões não conseguiram uma resposta clara no RTT, o que colocou advogados tributaristas, contadores, administradores e a Receita Federal em situações ainda sem respostas que podem, inclusive, resultar em autuações, processos administrativos e judiciais. Entre os questionamentos mais frequentes estão: o tratamento do ágio em aquisições, as despesas com juros na compra de ativos, qual patrimônio líquido - se o fiscal ou o societário - deve ser usado para cálculo dos juros sobre capital próprio, e até mesmo os critérios para o cálculo dos dividendos a serem distribuídos: se deve ser utilizado o lucro societário ou o fiscal.
O artigo “Excesso de informações sobrecarrega auditorias” mostra que a adoção das IFRS aumentou o trabalho das auditorias. O texto, infelizmente, deixa de comentar que a adoção das IFRS foi extremamente benéfico para as empresas de auditoria; afinal, mais trabalho é igual a maior remuneração.
Para os balanços publicados este ano, a expectativa é a de que as informações possam chegar de forma mais objetiva e em menor volume. A maior preocupação é com a entrada em vigor de normas que vão tratar do reconhecimento e mensuração de instrumentos financeiros, com vigência prevista para os balanços de 2012, que trarão novos conceitos de avaliação por custo amortizado e por valor justo.
Em “Convergência Positiva” não se discute as vantagens, nem as desvantagens, da convergência, mas sim o processo de convergência
Os números evidenciam a forma até tranquila com que o processo de convergência caminha até o momento: das 630 companhias abertas que divulgaram suas informações no novo padrão em 2011 (considerando o ITR do terceiro trimestre), em apenas cinco casos a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pediu para refazer ou republicar as demonstrações. Em comum, as determinações envolveram situações em que a autarquia identificou ou a superavaliação do ativo ou que ocorrera uma subavaliação do passivo.
O texto lista os principais problemas que deverão ser investigados pela CVM:
As principais questões que permanecerão no foco da CVM neste ano são: a nota explicativa sobre receita, que deve mostrar com clareza as deduções e descontos que incidem sobre o faturamento bruto; a baixa de ativos, que deve ser mais bem explicada e detalhada para os investidores; a nota sobre partes relacionadas, que precisa conter informações mínimas para que se entenda as movimentações entre empresas do grupo no período; as premissas usadas para cálculo do ajuste a valor presente, como taxas de desconto; a divulgação sobre provisões e passivos contingentes; a clareza das notas sobre instrumentos financeiros; a explicação mais detalhada sobre o ativo imobilizado e as taxas de depreciação usadas por tipo de ativo e o uso da conta de reserva de lucros a realizar.
Links
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Empregado da Apple ganha bem?
Simulador indica o melhor regime de tributação via aqui
Crise e bonança
A crise econômica em Portugal
O efeito da bonança sobre os biquinis das brasileiras
Imagens
Uma imagem em alta definição da Terra (dica de Ednilto, grato)
A igreja transparente (foto)
Mercado e Pesquisa na Internet
As pesquisas feitas na internet podem apresentar uma interessante e útil informação sobre o comportamento do mercado. Se analisarmos o número de vezes que as pessoas pesquisaram a palavra "Facebook" no Brasil, será notado o crescente interesse por este produto.
Recentemente um artigo publicado no prestigioso Journal of Finance mostrou que a quantidade de pesquisa por uma determinada empresa estava relacionada com o interesse dos investidores. E que este aumento de pesquisa pode anteceder o aumento nos preços em duas semanas.
No Estado de São Paulo de ontem (aqui e aqui) foi divulgado que a empresa de blog Tumblr estava impressionada com o interesse do brasileiro pelo produto. Ao se pesquisar o termo no Google Trends é possível perceber que o Brasil é a segunda região com maior frequencia de busca. Cinco, das dez cidades onde mais se pesquisam, são brasileiras e a língua portuguesa é a segunda em preferência.
O gráfico abaixo ilustra o resultado referente a pesquisa da palavra “Euro Crisis”. Observe que o público esteve muito interessado no assunto no final do ano passado, mas em seguida o número de pesquisas reduz.
No mesmo período, o comportamento do título italiano foi o seguinte:
Os dois gráficos apresentam uma visão muito próxima. O mais interessante é onde esta pesquisa está sendo feita. O Google fornece, além da série histórica de pesquisas, os locais de onde partiram esta pesquisa. Para a palavra Euro Crisis o resultado é o seguinte:
Cingapura é o país de onde partiram o maior número de interessados sobre o assunto. Depois Irlanda, um país europeu que sofre as consequências da crise, a Índia, a Holanda e o Reino Unido. A presença da Holanda e Reino Unido entre os primeiros são razoáveis. Mas Cingapura e Índia são realmente estranhos. Qual a razão disto?
Uma possível resposta pode estar nos dois gráficos abaixo. O primeiro é o comportamento da bolsa de Cingapura e o segundo da Índia.
Os dois mercados apresentaram uma queda em dezembro, justamente o período no qual a palavra “Euro Crisis” foi mais pesquisada. Isto talvez seja um sinal de que os investidores destes dois países perceberam a existência de um contágio no mercado em razão da crise do Euro.
No mesmo periodo o mercado dos Estados Unidos agiu de maneira normal. Observe novamente que as pesquisas sobre a crise do Euro colocam os Estados Unidos em nono lugar. Ou seja, sem contágio com a crise do Euro.
Isto mostra que as pesquisas realizadas no Google podem apontar realmente o interesse das pessoas sobre um determinado assunto. Mais, indicam interesses de grupos específicos (um país, por exemplo).
Leia mais em
Google Insights for Search and the contagion effect
Recentemente um artigo publicado no prestigioso Journal of Finance mostrou que a quantidade de pesquisa por uma determinada empresa estava relacionada com o interesse dos investidores. E que este aumento de pesquisa pode anteceder o aumento nos preços em duas semanas.
No Estado de São Paulo de ontem (aqui e aqui) foi divulgado que a empresa de blog Tumblr estava impressionada com o interesse do brasileiro pelo produto. Ao se pesquisar o termo no Google Trends é possível perceber que o Brasil é a segunda região com maior frequencia de busca. Cinco, das dez cidades onde mais se pesquisam, são brasileiras e a língua portuguesa é a segunda em preferência.
O gráfico abaixo ilustra o resultado referente a pesquisa da palavra “Euro Crisis”. Observe que o público esteve muito interessado no assunto no final do ano passado, mas em seguida o número de pesquisas reduz.
No mesmo período, o comportamento do título italiano foi o seguinte:
Os dois gráficos apresentam uma visão muito próxima. O mais interessante é onde esta pesquisa está sendo feita. O Google fornece, além da série histórica de pesquisas, os locais de onde partiram esta pesquisa. Para a palavra Euro Crisis o resultado é o seguinte:
Cingapura é o país de onde partiram o maior número de interessados sobre o assunto. Depois Irlanda, um país europeu que sofre as consequências da crise, a Índia, a Holanda e o Reino Unido. A presença da Holanda e Reino Unido entre os primeiros são razoáveis. Mas Cingapura e Índia são realmente estranhos. Qual a razão disto?
Uma possível resposta pode estar nos dois gráficos abaixo. O primeiro é o comportamento da bolsa de Cingapura e o segundo da Índia.
Os dois mercados apresentaram uma queda em dezembro, justamente o período no qual a palavra “Euro Crisis” foi mais pesquisada. Isto talvez seja um sinal de que os investidores destes dois países perceberam a existência de um contágio no mercado em razão da crise do Euro.
No mesmo periodo o mercado dos Estados Unidos agiu de maneira normal. Observe novamente que as pesquisas sobre a crise do Euro colocam os Estados Unidos em nono lugar. Ou seja, sem contágio com a crise do Euro.
Isto mostra que as pesquisas realizadas no Google podem apontar realmente o interesse das pessoas sobre um determinado assunto. Mais, indicam interesses de grupos específicos (um país, por exemplo).
Leia mais em
Google Insights for Search and the contagion effect
Papel da Contabilidade
A Contabilidade não pode impedir a administração de fazer coisas estúpidas. Mas podemos informar tão logo possível, para que o mundo possa ver os resultados. (Walter Schuetze)
Dividendos: Odebrecht
No dia 24 de janeiro publicamos uma postagem sobre os dividendos da Odebrecht, sendo o último parágrafo:
“[...]o lucro da empresa foi de R$1,49 bilhão, mas a distribuição foi de R$100 milhões, ou 7%, abaixo do mínimo legal.”
Sobre o assunto, o site Tribuna Empresarial publicou:
“[...]o lucro da empresa foi de R$1,49 bilhão, mas a distribuição foi de R$100 milhões, ou 7%, abaixo do mínimo legal.”
Sobre o assunto, o site Tribuna Empresarial publicou:
[...] Na opinião do advogado Renato Ochman, especialista na Lei das S/A, uma companhia pode distribuir menos do que manda o estatuto desde que não haja oposição na assembleia. Não foi o caso, segundo Azevedo. O advogado foi um dos representantes da família na assembleia de abril. Ele conta que se absteve de votar sobre essa questão e que lavrou o protesto em uma ata separada. "A abstenção é uma prática usual, principalmente quando não se tem informações, o que era o nosso caso. A aprovação dos dividendos foi por maioria dos votos, mas não por unanimidade", diz.
'Faroeste'. Para os advogados dos Gradin, esse episódio é mais um em uma série de "quebras contínuas" das práticas de governança. Segundo Carvalhosa, a primeira delas foi a destituição "abusiva" de Miguel e Bernardo Gradin de seus cargos executivos. Em dezembro de 2010, antes da disputa se tornar pública, Miguel deixou a presidência da Odebrecht Óleo e Gás e Bernardo, o comando da Braskem. "Depois, em outubro, na reunião de conselho da Odbinv, mudaram o estatuto, rasgando a ordem do dia, e extinguiram o conselho com o intuito de bloquear nossas informações", diz Bernardo Gradin. "É como um faroeste."
30 janeiro 2012
Vale adia a disputa
No dia 27 de janeiro publicamos uma postagem noticiando a Vale ter recebido decisões desfavoráveis na esfera administrativa de processos tributários que somam R$ 9,8 bilhões -referentes a pagamentos de Imposto de Renda sobre lucros de subsidiárias da Vale no exterior.
Hoje foi divulgado que a empresa obteve uma liminar contra essa decisão.
Segundo o site InfoMoney "agora, os processos deverão retornar ao CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) para julgamento. A mineradora informou que não há prazo determinado para que se encerra a discussão na esfera administrativa."
O ex-presidente norte-americano, Benjamim Franklin, certa vez afirmou que nesta vida nada é certo, a não ser a morte e os tributos. Será?
Hoje foi divulgado que a empresa obteve uma liminar contra essa decisão.
Segundo o site InfoMoney "agora, os processos deverão retornar ao CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) para julgamento. A mineradora informou que não há prazo determinado para que se encerra a discussão na esfera administrativa."
O ex-presidente norte-americano, Benjamim Franklin, certa vez afirmou que nesta vida nada é certo, a não ser a morte e os tributos. Será?
Teste 539
Segundo a Folha de S Paulo:
O presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), João Rezende, informou nesta sexta-feira que o acréscimo do nono dígito aos números de celulares da região metropolitana de São Paulo vai garantir 53 milhões de novas combinações numéricas.
Segundo a Isto é Dinheiro:
O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, afirmou hoje que a implementação do nono dígito nos números de celulares na região metropolitana de São Paulo colocará 90 milhões de novos códigos de acesso à disposição das operadoras na área de DDD 11
Qual o correto? Ou todos estão errados? Observe que os números atuais receberão um “9” na esquerda.
O presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), João Rezende, informou nesta sexta-feira que o acréscimo do nono dígito aos números de celulares da região metropolitana de São Paulo vai garantir 53 milhões de novas combinações numéricas.
Segundo a Isto é Dinheiro:
O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, afirmou hoje que a implementação do nono dígito nos números de celulares na região metropolitana de São Paulo colocará 90 milhões de novos códigos de acesso à disposição das operadoras na área de DDD 11
Qual o correto? Ou todos estão errados? Observe que os números atuais receberão um “9” na esquerda.
Linha de Montagem da Ford
A inovação das fábricas da Ford, através da linha de montagem, revolucionou o processo produtivo e influenciou (e foi influenciada) pelas ideias da administração científica.
O vídeo a seguir (via aqui) mostra o processo de montagem de um automóvel na fábrica da Ford. É um vídeo interessante para os conhecedores da contabilidade de custos e da administração em geral.
O vídeo a seguir (via aqui) mostra o processo de montagem de um automóvel na fábrica da Ford. É um vídeo interessante para os conhecedores da contabilidade de custos e da administração em geral.
29 janeiro 2012
Contador é essencial para todo negócio
Primeira empresa, plano de negócios, contratações, estoque, equipamentos, investimentos e muitas outras coisas para pensar. Em meio a tantas decisões, alguns impostos, levantamentos ou registros podem passar despercebidos e gerar problemas futuros para os empreendedores.
Para evitar que o empresário se perca, especialistas ouvidos por Exame.com destacam o contador como o profissional essencial a todo negócio, alguém que pode auxiliar nas questões burocráticas, mas também nas tomadas de decisão.
Como destaca a professora do Núcleo de Empreendedorismo da ESPM Rosemary Lopes, outros profissionais podem ser necessários em alguns momentos, como advogados, para fazer contratos, definir tipos de sociedade e formas de deixar a empresa. “Mas nenhum deles é tão importante quanto o contador, com quem o empresário vai interagir mesmo que não queira, ainda que se esqueça dele”, brinca.
Segundo o presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Juarez Domingues Carneiro, o profissional de contabilidade não é mais o profissional que cuida apenas das contas. “Sua atuação não se limita mais aos aspectos puramente técnicos, mas também está presente no assessoramento e consultoria em gestão, bem como no desenvolvimento e crescimento das empresas.” Veja em quais momentos [alguns deles, ao menos] este profissional é indispensável para sua empresa.
Abertura
Abrir um negócio envolve minúcias muitas vezes desconhecidas. Além de ter claros os objetivos e a área de atuação da empresa, é preciso pensar em como será a constituição societária, o tipo jurídico da empresa, onde estará alocada, além do capital social e o planejamento financeiro
O vice-presidente do CFC, Enory Luiz Espinelle, afirma que, em todas essas situações, o contador deve estar presente. “Ele também ajuda a estruturar o contrato ou estatuto social da empresa e organiza a parte contábil”, diz.
Espinelle explica que há dois tipos de contabilidade hoje em dia: a societária e a fiscal. A primeira, segundo ele, cuida de atos práticos e registros e dão sustentação para demonstrações contábeis de prestação de contas. A outra diz respeito a todo o processo de informações das obrigações fiscais, das atividades da empresa, da incidência de tributos, débitos e créditos e da apuração de impostos devidos. “Tudo deve ser pensado pelo contador”.
A professora Rosemary Lopes ressalta essas atribuições. “Normalmente, é o profissional que orienta sobre o formato jurídico que a empresa deve adotar. Além disso, ajuda a definir quais os procedimentos, licenças e autorizações precisa obter, como registrar a empresa e qual o melhor regime tributário”, ressalta da professora.
Em operação
Além de fazer balanços mensais e anuais das contas da empresa e lembrar o pagamento de contas, o profissional de contabilidade deve estar por dentro de possíveis modificações na legislação brasileira. “Acontece de o governo decidir mudar a forma como faz o recolhimento de impostos ou a cobrança de tributos”, afirma Rosemary. O contador também pode auxiliar nas discussões sobre alterações societárias.
Também são atribuições do contador da empresa, que pode ser um funcionário ou uma empresa de contabilidade que presta o serviço, os controles financeiros, de planejamento, fluxo de caixa e orçamentos. “É fundamental ter um controle da gestão baseado em informações, organização financeira, prestações de contas, balancetes mensais e demonstrações contábeis anuais”, avalia Espinelle.
Encerramento
O contador pode alertar, ainda, para os passos necessários para fechar o negócio, prazos e exigências. Ao optar por essa decisão, o empresário precisa de um balanço de encerramento das atividades, inventário, pagamento de credores e levantamento de recebíveis.
Além disso, é preciso definir como se dará o compartilhamento de bens. “Gerado todo o processo de liquidação, será feito o distrato comercial a ser levado à junta comercial, as declarações fiscais de encerramento e baixas em órgãos em que a empresa mantem registro”, explica Espinelle.
Fonte: Débora Álvares, Exame.com
Para evitar que o empresário se perca, especialistas ouvidos por Exame.com destacam o contador como o profissional essencial a todo negócio, alguém que pode auxiliar nas questões burocráticas, mas também nas tomadas de decisão.
Como destaca a professora do Núcleo de Empreendedorismo da ESPM Rosemary Lopes, outros profissionais podem ser necessários em alguns momentos, como advogados, para fazer contratos, definir tipos de sociedade e formas de deixar a empresa. “Mas nenhum deles é tão importante quanto o contador, com quem o empresário vai interagir mesmo que não queira, ainda que se esqueça dele”, brinca.
Segundo o presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Juarez Domingues Carneiro, o profissional de contabilidade não é mais o profissional que cuida apenas das contas. “Sua atuação não se limita mais aos aspectos puramente técnicos, mas também está presente no assessoramento e consultoria em gestão, bem como no desenvolvimento e crescimento das empresas.” Veja em quais momentos [alguns deles, ao menos] este profissional é indispensável para sua empresa.
Abertura
Abrir um negócio envolve minúcias muitas vezes desconhecidas. Além de ter claros os objetivos e a área de atuação da empresa, é preciso pensar em como será a constituição societária, o tipo jurídico da empresa, onde estará alocada, além do capital social e o planejamento financeiro
O vice-presidente do CFC, Enory Luiz Espinelle, afirma que, em todas essas situações, o contador deve estar presente. “Ele também ajuda a estruturar o contrato ou estatuto social da empresa e organiza a parte contábil”, diz.
Espinelle explica que há dois tipos de contabilidade hoje em dia: a societária e a fiscal. A primeira, segundo ele, cuida de atos práticos e registros e dão sustentação para demonstrações contábeis de prestação de contas. A outra diz respeito a todo o processo de informações das obrigações fiscais, das atividades da empresa, da incidência de tributos, débitos e créditos e da apuração de impostos devidos. “Tudo deve ser pensado pelo contador”.
A professora Rosemary Lopes ressalta essas atribuições. “Normalmente, é o profissional que orienta sobre o formato jurídico que a empresa deve adotar. Além disso, ajuda a definir quais os procedimentos, licenças e autorizações precisa obter, como registrar a empresa e qual o melhor regime tributário”, ressalta da professora.
Em operação
Além de fazer balanços mensais e anuais das contas da empresa e lembrar o pagamento de contas, o profissional de contabilidade deve estar por dentro de possíveis modificações na legislação brasileira. “Acontece de o governo decidir mudar a forma como faz o recolhimento de impostos ou a cobrança de tributos”, afirma Rosemary. O contador também pode auxiliar nas discussões sobre alterações societárias.
Também são atribuições do contador da empresa, que pode ser um funcionário ou uma empresa de contabilidade que presta o serviço, os controles financeiros, de planejamento, fluxo de caixa e orçamentos. “É fundamental ter um controle da gestão baseado em informações, organização financeira, prestações de contas, balancetes mensais e demonstrações contábeis anuais”, avalia Espinelle.
Encerramento
O contador pode alertar, ainda, para os passos necessários para fechar o negócio, prazos e exigências. Ao optar por essa decisão, o empresário precisa de um balanço de encerramento das atividades, inventário, pagamento de credores e levantamento de recebíveis.
Além disso, é preciso definir como se dará o compartilhamento de bens. “Gerado todo o processo de liquidação, será feito o distrato comercial a ser levado à junta comercial, as declarações fiscais de encerramento e baixas em órgãos em que a empresa mantem registro”, explica Espinelle.
Fonte: Débora Álvares, Exame.com
Ponzi
Segundo a revista The Economist nos últimos dez anos foram identificados mais de 300 casos de esquemas Ponzi de grande porte, ou seja acima de US$ 1 milhão, nos Estados Unidos. O valor total de perdas está acima de 20 bilhões de dólares. O FBI está investigando mil casos de fraudes em investimento, o dobro do número de 2008.
Em momentos de crise os investidores tendem a tentar fazer dinheiro com esquemas de riscos mais elevados. A tentação aumenta e crise de confiança com o sistema financeiro tradicional também ajuda.
O gráfico mostra a evolução no número de esquemas Ponzi ao longo dos anos. Madoff refere-se ao mais conhecido esquema descoberto nos últimos anos.
Em momentos de crise os investidores tendem a tentar fazer dinheiro com esquemas de riscos mais elevados. A tentação aumenta e crise de confiança com o sistema financeiro tradicional também ajuda.
O gráfico mostra a evolução no número de esquemas Ponzi ao longo dos anos. Madoff refere-se ao mais conhecido esquema descoberto nos últimos anos.
Publicação em periódicos
O Felipe Pontes destacou uma tabela interessante com o tempo médio para publicação de um artigo em periódicos brasileiros de contabilidade e gestão:
Os dados foram retirados do artigo "A comunicação do conhecimento científico: dados sobre a celeridade do processo de avaliação e de publicação de artigos científicos em periódicos da área de Contabilidade", na Revista Brasileira de Contabilidade.
Autores: Warley de Oliveira Dias, João Estevão Barbosa Neto e Jacqueline Veneroso Alves da Cunha
Congressos de contabilidade
28 janeiro 2012
Melhores wallpapers de 2011
Melhores wallpapers de 2011, pela National Geographic. Fotos simplesmente fantásticas!
Indicado por Bruno Catete, a quem agradeço. Para mais, clique aqui.
Indicado por Bruno Catete, a quem agradeço. Para mais, clique aqui.
27 janeiro 2012
PAS 2012
Hoje saiu o resultado do Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília. Para Ciências Contábeis foram aprovados 69 alunos, sendo a maioria mulheres. A contabilidade, que costuma apresentar um público preponderantemente masculino, dá as boas vindas aos calouros e, em especial, às 41 novas graduandas. Que vocês carreguem a loucura suficiente para mudar o mundo. Por que não? ^.^
Rir é o melhor remédio
Fringe é uma série televisiva definida na Wikipédia como uma mistura entre “Arquivo X” e “The Twilight Zone”. (Mas é muito mais legal do que essa descrição dá a entender. Se bem que esta postagem não vai exatamente arrecadar audiência)
O Paulo Costa, a quem agradecemos a participação, reparou a seguinte cena no último episódio (9º da atual 4ª temporada):
Repassemos o diálogo:
[...]
Bandido: Vocês sabem o que ela é?
Mocinha: Uma metamorfo. [ Algo como um ser “maligno” que se transforma em outras pessoas, se passa por elas e substitui seus lugares na sociedade].
Bandido: Ela já foi um ser humano como outro qualquer.
Mocinho: Até que você a matou.
Bandido: Oh, ela não está morta. Apesar de que, de certa forma, ela estava. Uma contabilista em uma empresa de contabilidade... Você pode imaginar algo mais sem vida?
[...]
Há há há. Hunf.
Aqui acrescentam sobre a útilma frase: He [o bandido] clearly believed his biomechanical makeover had improved her life. She was special. We all want to be special. Don't we?
O Paulo Costa, a quem agradecemos a participação, reparou a seguinte cena no último episódio (9º da atual 4ª temporada):
Repassemos o diálogo:
[...]
Bandido: Vocês sabem o que ela é?
Mocinha: Uma metamorfo. [ Algo como um ser “maligno” que se transforma em outras pessoas, se passa por elas e substitui seus lugares na sociedade].
Bandido: Ela já foi um ser humano como outro qualquer.
Mocinho: Até que você a matou.
Bandido: Oh, ela não está morta. Apesar de que, de certa forma, ela estava. Uma contabilista em uma empresa de contabilidade... Você pode imaginar algo mais sem vida?
[...]
Há há há. Hunf.
Aqui acrescentam sobre a útilma frase: He [o bandido] clearly believed his biomechanical makeover had improved her life. She was special. We all want to be special. Don't we?
Nova velha contabilidade
Acredito que vez ou outra (para ser delicada) a contabilidade e as áreas afins são vistas como vilãs capitalistas, os profissionais como pessoas rígidas e gananciosas. Em países desenvolvidos a ocupação é melhor conceituada e valorizada. Aqui ainda há um bocado a ser construído e modificado para que entendam que não somos apenas “guarda livros”.
Quem der uma chance e tentar ver as nuances talvez observe que algumas sementes foram plantadas e estão se transformando em brotos cheios de vida e potencial. A área financeira pode e está crescendo, preenchendo não somente sua capacidade produtiva, como também demonstrando que, com criatividade, leveza e acessibilidade muito pode ser feito.
Acho fantástico o movimento em prol da “popularização” da educação financeira, que tem sido difundida em empresas para que seus funcionários saibam lidar com seus rendimentos de forma mais saudável, em programas de televisão que ensinam como iniciar um negócio atentando para despesas e investimentos iniciais, em escolas que agregaram a matéria “finanças pessoais” ao currículo do ensino fundamental.
Tudo isso mostra um pouquinho do que está por vir. O Brasil tem demonstrado o gosto pela estabilidade econômica e nada mais natural que começar a valorizar contadores, economistas, financistas e, quem sabe, 'até' educadores.
Quem der uma chance e tentar ver as nuances talvez observe que algumas sementes foram plantadas e estão se transformando em brotos cheios de vida e potencial. A área financeira pode e está crescendo, preenchendo não somente sua capacidade produtiva, como também demonstrando que, com criatividade, leveza e acessibilidade muito pode ser feito.
Acho fantástico o movimento em prol da “popularização” da educação financeira, que tem sido difundida em empresas para que seus funcionários saibam lidar com seus rendimentos de forma mais saudável, em programas de televisão que ensinam como iniciar um negócio atentando para despesas e investimentos iniciais, em escolas que agregaram a matéria “finanças pessoais” ao currículo do ensino fundamental.
Tudo isso mostra um pouquinho do que está por vir. O Brasil tem demonstrado o gosto pela estabilidade econômica e nada mais natural que começar a valorizar contadores, economistas, financistas e, quem sabe, 'até' educadores.
Links
Tecnologia e Ciência
Novo Google Earth
Uma nova revolução para a fotografia
Periódico irá publicar experiências que deram errado (dica de Rossana Guerra, grato)
Como aumentar o número de cliques no seu Twitter
Contabilidade
Pelo 14o. ano seguido, a E&Y é eleita uma das melhores empresas para se trabalhar (revista Fortune)
Notas explicativas: os detalhes
Erros mais comuns na contabilidade de operações com o exterior
Consumidor
Mc Donald's deixa de colocar hidróxido de amônia na carne (no exterior)
Vale a pena comprar uma pilha barata?
Novo Google Earth
Uma nova revolução para a fotografia
Periódico irá publicar experiências que deram errado (dica de Rossana Guerra, grato)
Como aumentar o número de cliques no seu Twitter
Contabilidade
Pelo 14o. ano seguido, a E&Y é eleita uma das melhores empresas para se trabalhar (revista Fortune)
Notas explicativas: os detalhes
Erros mais comuns na contabilidade de operações com o exterior
Consumidor
Mc Donald's deixa de colocar hidróxido de amônia na carne (no exterior)
Vale a pena comprar uma pilha barata?
Vale perde a disputa
A Vale informou nesta quinta-feira ter recebido decisões desfavoráveis na esfera administrativa de processos tributários que somam R$ 9,8 bilhões, acrescidos de juros e multas.
As decisões referem-se a pagamentos de Imposto de Renda sobre lucros de subsidiárias da Vale no exterior.
Além dessa autuação, a mineradora tem mais três cobranças pelo mesmo motivo, segundo informações de relatório da empresa enviado à SEC.
Juntas, essas ações podem significar uma perda de R$ 26,7 bilhões à Vale, o equivalente a 12% do valor de mercado da mineradora.
A empresa afirmou que vai recorrer da decisão em instâncias administrativas e judiciais para suspender a cobrança até o julgamento do mérito.
A Vale contesta, desde 2003, a Medida Provisória 2.158/2001, que determina o pagamento, no Brasil, de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido sobre os lucros das subsidiárias estrangeiras.
Em novembro do ano passado, a Vale já havia sofrido uma derrota similar na Justiça com relação à cobrança de tributos sobre lucros no exterior.
Ao julgar um mandado de segurança impetrado pela Vale, o Tribunal Regional Federal da 2º Região manteve a cobrança de IRPJ e CSLL incidentes sobre o lucro de empresas brasileiras no exterior.
A Procuradoria da Fazenda Nacional estimou, na época, que o valor do débito da empresa com a União poderia chegar a R$ 25 bilhões.
A Confederação Nacional da Indústria propôs ação direta de inconstitucionalidade questionando a MP e aguarda julgamento pelo Supremo Tribunal Federal.
Para os analistas do Barclays Capital, o caso ainda está longe de uma decisão final. As disputas judiciais da empresa, acrescenta o banco em relatório, podem trazer mais incertezas para os seus planos de investimentos.
Folha de S Paulo
As decisões referem-se a pagamentos de Imposto de Renda sobre lucros de subsidiárias da Vale no exterior.
Além dessa autuação, a mineradora tem mais três cobranças pelo mesmo motivo, segundo informações de relatório da empresa enviado à SEC.
Juntas, essas ações podem significar uma perda de R$ 26,7 bilhões à Vale, o equivalente a 12% do valor de mercado da mineradora.
A empresa afirmou que vai recorrer da decisão em instâncias administrativas e judiciais para suspender a cobrança até o julgamento do mérito.
A Vale contesta, desde 2003, a Medida Provisória 2.158/2001, que determina o pagamento, no Brasil, de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido sobre os lucros das subsidiárias estrangeiras.
Em novembro do ano passado, a Vale já havia sofrido uma derrota similar na Justiça com relação à cobrança de tributos sobre lucros no exterior.
Ao julgar um mandado de segurança impetrado pela Vale, o Tribunal Regional Federal da 2º Região manteve a cobrança de IRPJ e CSLL incidentes sobre o lucro de empresas brasileiras no exterior.
A Procuradoria da Fazenda Nacional estimou, na época, que o valor do débito da empresa com a União poderia chegar a R$ 25 bilhões.
A Confederação Nacional da Indústria propôs ação direta de inconstitucionalidade questionando a MP e aguarda julgamento pelo Supremo Tribunal Federal.
Para os analistas do Barclays Capital, o caso ainda está longe de uma decisão final. As disputas judiciais da empresa, acrescenta o banco em relatório, podem trazer mais incertezas para os seus planos de investimentos.
Folha de S Paulo
RBS remunera
O Royal Bank of Scotland anunciou que irá pagar a seu presidente-executivo, Stephen Hester, um bônus de 1,5 milhão de dólares. Isso representa menos da metade do que ele recebeu no ano passado.
Mesmo assim a notícia não foi bem recebida na Inglaterra por alguns bons motivos. Primeiro, o RBS é um banco com maioria das ações detidas pelo governo (82%, mais precisamente). Além disto, o RBS foi uma instituição socorrida pelo Tesouro daquele país durante a crise financeira. Terceiro, o próprio mercado derrubou os preços das ações do banco em 38%; ou seja, Hester não gerou valor para seus acionistas. Quarto, o executivo anunciou demissões, e esta combinação de notícias não é muito agradável.
P.S. Após a pressão do público, o banqueiro abriu mão do bônus.
Mesmo assim a notícia não foi bem recebida na Inglaterra por alguns bons motivos. Primeiro, o RBS é um banco com maioria das ações detidas pelo governo (82%, mais precisamente). Além disto, o RBS foi uma instituição socorrida pelo Tesouro daquele país durante a crise financeira. Terceiro, o próprio mercado derrubou os preços das ações do banco em 38%; ou seja, Hester não gerou valor para seus acionistas. Quarto, o executivo anunciou demissões, e esta combinação de notícias não é muito agradável.
P.S. Após a pressão do público, o banqueiro abriu mão do bônus.
Mudança Histórica: FED adota sistema de metas de inflação
O banco central norte-americano está adotando uma postura que já é padrão para bancos centrais: estabelecer metas inflacionárias.
(Reuters) - The Federal Reserve took the historic step on Wednesday of setting an inflation target, a victory for Chairman Ben Bernanke that brings the Fed in line with many of the world's other major central banks.
The U.S. central bank, in its first ever "longer-run goals and policy strategy" statement, said an inflation rate of 2 percent best aligned with its congressionally mandated goals of price stability and full employment
Leia mais aqui.
(Reuters) - The Federal Reserve took the historic step on Wednesday of setting an inflation target, a victory for Chairman Ben Bernanke that brings the Fed in line with many of the world's other major central banks.
The U.S. central bank, in its first ever "longer-run goals and policy strategy" statement, said an inflation rate of 2 percent best aligned with its congressionally mandated goals of price stability and full employment
Leia mais aqui.
26 janeiro 2012
Links
Empresas
Apple é a empresa mais valiosa do mundo
Estoques estão acima do planejado
Empresas que podem falir (inclui os Correios dos EUA)
Mais mudanças na Petrobras
HSBC vende na America Latina
Foxconn recebe incentivo fiscal para produzir iPad no Brasil
Política
Chris Dodd (da lei Frank-Dodd) é investigado por fraude
Presidente do TR-RJ atribui salário alto a falta de juízes
O Parlamento do Paraguai está certo
TCC
Relação das normas da ABNT
Viva o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso)
Música
Solo de guitarra de uma garota de oito anos
Video: Popeye e Wilco
Turismo
Os lugares sagrados mais visitados do mundo (falta Aparecida)
Os lugares mais visitados do mundo (Times Square em 1o.)
Apple é a empresa mais valiosa do mundo
Estoques estão acima do planejado
Empresas que podem falir (inclui os Correios dos EUA)
Mais mudanças na Petrobras
HSBC vende na America Latina
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Política
Chris Dodd (da lei Frank-Dodd) é investigado por fraude
Presidente do TR-RJ atribui salário alto a falta de juízes
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TCC
Relação das normas da ABNT
Viva o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso)
Música
Solo de guitarra de uma garota de oito anos
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Turismo
Os lugares sagrados mais visitados do mundo (falta Aparecida)
Os lugares mais visitados do mundo (Times Square em 1o.)
Hoogervorst faz previsão
O presidente do International Accounting Standards Board (IASB), o holandês e historiador Hans Hoogervorst fez uma previsão de que a SEC irá adotar as normas internacionais de contabilidade para os Estados Unidos. A previsão foi realizada em Moscou, no início da semana. O encontro foi patrocinado pela empresa de auditoria Ernst & Young. Conforme palavras de Hoogervorst, "eles [os EUA] precisam de nós e nós precisamos deles".
Isto contradiz um pouco a posição dos EUA, já que o contador-chefe da SEC, James Kroeker, afirmou no mês passado que a entidade precisa de mais alguns meses para apresentar um relatório sobre a convergência. O próprio Hoogervorst reconheceu que as normas contábeis dos Estados Unidos já possuem uma "quilometragem" maior.
Isto contradiz um pouco a posição dos EUA, já que o contador-chefe da SEC, James Kroeker, afirmou no mês passado que a entidade precisa de mais alguns meses para apresentar um relatório sobre a convergência. O próprio Hoogervorst reconheceu que as normas contábeis dos Estados Unidos já possuem uma "quilometragem" maior.
Travessuras
Um texto do Wall Street Journal (One Cure for Accounting Shenanigans, de Jason Zweig) discute as “travessuras” contábeis. Para Zweig o problema está nos auditores, que trabalham para uma mesma empresa por muito tempo. Com isto, deixa de ser “independente”, tornando-se “co-dependente”.
A auditoria independente nasceu logo após a crise de 1929, que exigiu das empresas com ações negociadas na bolsa a contratação de auditores para verificar sua contabilidade. Entretanto, dados apresentados na reportagem mostram que talvez isto não esteja funcionando:
Nos últimos 25 anos, 30% de mil empresas estão com a mesma empresa de auditoria;
11% usam a mesma empresa mais de 50 anos;
8 destas empresas não mudam de auditores há um século.
Para tentar resolver este problema, uma entidade chamada Public Company Accounting Oversight Board PCAOB) está tentando implantar o rodízio de auditores nos Estados Unidos. A entidade colocou isto em discussão pública e recebeu 94% de comentários contrários a uma proposta como esta. Os argumentos: aumento de custo, desconhecimento das peculiaridades da empresa e problemas com a qualidade no trabalho.
Uma das empresas declarou que o auditor deve ser um “parceiro” e deve “ajudar” seu cliente. Isto não parece algo que deva ser dito de um auditor “independente”.
Humildade Socrática
Sócrates chegou à conclusão de que mudaria sua vida (e a história do pensamento). Se ele era o homem mais sábio da Grécia, então o verdadeiro sábio é aquele que tem consciência da própria ignorância. Para colocar à rova sua descoberta, ele foi se encontrar com um dos figurões intelectuais da época. Após algumas horas de conversa, percebeu que a autoproclamada sabedoria do sujeito era uma casca vazia. E concluiu: “Mais sábio que esse homem eu sou. É provável que nenhum de nós saiba nada de bom, mas ele supõe saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu, se não sei, tampouco suponho saber. Parece que sou um tantinho mais sábio que ele exatamente por não supor saber o que não sei.”
Fonte: aqui
25 janeiro 2012
Pan Americano
A venda de carteiras de crédito sem a devida baixa no balanço do PanAmericano - chamada pelos ex-diretores da instituição como cessão "sem financeiro" - não ocorreu apenas nas operações realizadas com outros bancos. A fiscalização do Banco Central (BC) e a auditoria interna promovida pela nova administração da instituição encontraram carteiras cedidas aos fundos de investimentos em direitos creditórios (FIDCs) Autopan e Masterpan, mas que já haviam sido contabilizadas como prejuízo no balanço do banco.
Agora denominados Caixa Master CDC Veículos e Caixa CDC Veículos, os fundos Masterpan e Autopan eram administrados pela subsidiária PanAmericano DTVM até o fim de fevereiro do ano passado, quando foram transferidos para a Caixa Econômica Federal (CEF). Ambos destinam-se à aquisição de direitos creditórios decorrentes de financiamentos de veículos realizados pelo PanAmericano. (...)
Os problemas na cessão de créditos e na avaliação do risco das carteiras não foram os únicos encontrados nos dois fundos. O relatório de auditoria interna, concluído em março do ano passado pela nova diretoria do PanAmericano e também incluído no inquérito da Polícia Federal, apontou diversas falhas em controles internos. Ao todo, a nova administração do PanAmericano encontrou em ambos 14 irregularidades - 11 delas consideradas de alto risco. Segundo o documento, "praticamente todas as rotinas contêm deficiências que deixam o administrador dos fundos FIDCs, a PanAmericano DTVM, vulnerável não somente a fraudes, mas também a penalizações por parte da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do BC".
Cristine Prestes - Valor Economico - 24 jan 2012 - Fundos do PanAmericano também tinham fraude
Agora denominados Caixa Master CDC Veículos e Caixa CDC Veículos, os fundos Masterpan e Autopan eram administrados pela subsidiária PanAmericano DTVM até o fim de fevereiro do ano passado, quando foram transferidos para a Caixa Econômica Federal (CEF). Ambos destinam-se à aquisição de direitos creditórios decorrentes de financiamentos de veículos realizados pelo PanAmericano. (...)
Os problemas na cessão de créditos e na avaliação do risco das carteiras não foram os únicos encontrados nos dois fundos. O relatório de auditoria interna, concluído em março do ano passado pela nova diretoria do PanAmericano e também incluído no inquérito da Polícia Federal, apontou diversas falhas em controles internos. Ao todo, a nova administração do PanAmericano encontrou em ambos 14 irregularidades - 11 delas consideradas de alto risco. Segundo o documento, "praticamente todas as rotinas contêm deficiências que deixam o administrador dos fundos FIDCs, a PanAmericano DTVM, vulnerável não somente a fraudes, mas também a penalizações por parte da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do BC".
Cristine Prestes - Valor Economico - 24 jan 2012 - Fundos do PanAmericano também tinham fraude
Pan Americano 2
O investimento da Caixa Econômica Federal no Panamericano já chega a R$ 1,4 bilhão, considerando apenas os valores relativos à participação acionária de 36,56% no banco que pertencia a Silvio Santos. Ou seja, sem levar em conta os recursos para garantir seu funcionamento no dia a dia.
Para entrar no Panamericano, a Caixa pagou R$ 740 milhões. Na semana passada, o banco público colocou mais R$ 658 milhões, em uma operação de aporte de capital feita em conjunto com o outro sócio do Panamericano, o BTG Pactual.
O dinheiro novo servirá, segundo os sócios, para equilibrar de vez as contas do banco após a descoberta - e resolução - das fraudes contábeis de R$ 4,3 bilhões. Além disso, parte do dinheiro será usada para bancar a compra da Brazilian Finance & Real Estate - maior financeira independente de empréstimos imobiliários do País -, anunciada no fim do ano passado.
Desde que entrou no negócio, em dezembro de 2009, a Caixa ainda não obteve retorno com o investimento no Panamericano. Mesmo assim, a direção do banco informa, por meio da assessoria de imprensa, que está satisfeita com o negócio.
(...) Um analista de mercado que pede para não ser identificado pondera, no entanto, que a Caixa poderia ter feito uso melhor do R$ 1,4 bilhão aplicado no Panamericano até agora. Ele lembra que, nos últimos anos, em média, as negociações de bancos tiveram um preço equivalente a uma vez e meia o patrimônio líquido. Isto é, um banco com patrimônio de R$ 1 bilhão foi, na média, vendido por R$ 1,5 bilhão.
Outras opções. Tomando por base essa média e o fato de a Caixa possuir apenas 36,56% do capital total do Panamericano, daria para comprar, com o mesmo valor de investimento, participações em bancos como Cruzeiro do Sul, Bicbanco, Pine, Fibra, Daycoval, Alfa e Sofisa, entre outras instituições. Vale frisar que todos pertencem ao segmento dos chamados bancos médios, onde também se encaixa o Panamericano.
Mais até: com R$ 1,4 bilhão, a Caixa poderia tornar-se sócia, de uma só vez, de Cruzeiro do Sul, Pine e Fibra, que, somados, tinham patrimônio líquido de R$ 3,2 bilhões em setembro, segundo dados enviados ao Banco Central (BC). O exercício considera uma participação da Caixa nessas instituições igual à que detém no Panamericano. (...)
Caixa já pôs mais de R$ 1,4 bi no Panamericano - O Estado de São Paulo - 24 jan 2012 - Leandro Modé
Para entrar no Panamericano, a Caixa pagou R$ 740 milhões. Na semana passada, o banco público colocou mais R$ 658 milhões, em uma operação de aporte de capital feita em conjunto com o outro sócio do Panamericano, o BTG Pactual.
O dinheiro novo servirá, segundo os sócios, para equilibrar de vez as contas do banco após a descoberta - e resolução - das fraudes contábeis de R$ 4,3 bilhões. Além disso, parte do dinheiro será usada para bancar a compra da Brazilian Finance & Real Estate - maior financeira independente de empréstimos imobiliários do País -, anunciada no fim do ano passado.
Desde que entrou no negócio, em dezembro de 2009, a Caixa ainda não obteve retorno com o investimento no Panamericano. Mesmo assim, a direção do banco informa, por meio da assessoria de imprensa, que está satisfeita com o negócio.
(...) Um analista de mercado que pede para não ser identificado pondera, no entanto, que a Caixa poderia ter feito uso melhor do R$ 1,4 bilhão aplicado no Panamericano até agora. Ele lembra que, nos últimos anos, em média, as negociações de bancos tiveram um preço equivalente a uma vez e meia o patrimônio líquido. Isto é, um banco com patrimônio de R$ 1 bilhão foi, na média, vendido por R$ 1,5 bilhão.
Outras opções. Tomando por base essa média e o fato de a Caixa possuir apenas 36,56% do capital total do Panamericano, daria para comprar, com o mesmo valor de investimento, participações em bancos como Cruzeiro do Sul, Bicbanco, Pine, Fibra, Daycoval, Alfa e Sofisa, entre outras instituições. Vale frisar que todos pertencem ao segmento dos chamados bancos médios, onde também se encaixa o Panamericano.
Mais até: com R$ 1,4 bilhão, a Caixa poderia tornar-se sócia, de uma só vez, de Cruzeiro do Sul, Pine e Fibra, que, somados, tinham patrimônio líquido de R$ 3,2 bilhões em setembro, segundo dados enviados ao Banco Central (BC). O exercício considera uma participação da Caixa nessas instituições igual à que detém no Panamericano. (...)
Caixa já pôs mais de R$ 1,4 bi no Panamericano - O Estado de São Paulo - 24 jan 2012 - Leandro Modé
Ano do Dragão
Estamos no ano do Dragão. Neste ano o mercado acionário costuma ter um crescimento nominal acima de 10%, segundo gráfico da The Economist. Na realidade, o ano do Dragão só perde para o do Coelho.
24 janeiro 2012
Links
Empresas
Samba corporativo faz dez anos e é bom para as empresas
O candidatos para a Olympus
Para presidente da Foxconn (maior fornecedor da Apple), trabalhador = animal
Vale pacificada
Petrobras confirma saída do presidente, que terá uma “técnica” no lugar, que doou R$24 mil para campanha da Dilma e o mercado aplaude
Vida Mundana
Kardashian afirma que casamento foi uma péssima decisão financeira. Será que foi mesmo? Achamos que não
Video: Moto na montanha
Tecnologia
Dropbox: simplesmente funciona
Custo por click da Google deve mudar
Emergentes
Brasil perde no ranking da globalização
Mercado emergente irá cair em 2012?
China (=indústria) e Índia (=serviço) estão convergindo?
Saúde
Preço em churrascaria para acima de 70 ou com cirurgia bariatrica (via aqui)
Satta (foto) explica a razão de Boateng não estar jogando e viver sempre lesionado
Alcool: Brasil em 13o. no número de mortes por habitantes (mata mais que drogas)
Samba corporativo faz dez anos e é bom para as empresas
O candidatos para a Olympus
Para presidente da Foxconn (maior fornecedor da Apple), trabalhador = animal
Vale pacificada
Petrobras confirma saída do presidente, que terá uma “técnica” no lugar, que doou R$24 mil para campanha da Dilma e o mercado aplaude
Vida Mundana
Kardashian afirma que casamento foi uma péssima decisão financeira. Será que foi mesmo? Achamos que não
Video: Moto na montanha
Tecnologia
Dropbox: simplesmente funciona
Custo por click da Google deve mudar
Emergentes
Brasil perde no ranking da globalização
Mercado emergente irá cair em 2012?
China (=indústria) e Índia (=serviço) estão convergindo?
Saúde
Preço em churrascaria para acima de 70 ou com cirurgia bariatrica (via aqui)
Satta (foto) explica a razão de Boateng não estar jogando e viver sempre lesionado
Alcool: Brasil em 13o. no número de mortes por habitantes (mata mais que drogas)
Melhores universidades
Estas são as melhores universidades em contabilidade dos Estados Unidos:
1. University of Texas--Austin (fundada em 1883, instituição pública, com custo para o aluno de 32,5 mil US$) (foto)
2. University of Illinois--Urbana-Champaign (fundada em 1867, pública. Custo de 27,7 mil)
3. Brigham Young University--Provo (1875, privada)
4. University of Southern California
5. University of Michigan--Ann Arbor
6. University of Pennsylvania (privada)
7. University of Notre Dame (privada)
8. Indiana University--Bloomington (1820)
9. New York University (1831)
10. Ohio State University--Columbus
Fonte: Aqui
Segundo o CPA (que também inclui aluno de pós), o ranking destas escolas seria o seguinte:
1. Brigham Young University 79,1% (3a. no ranking acima)
2. University of Michigan - Ann Arbor 76,5% (5a.)
3. Universidade da Pensilvânia, 72,8% (6a.)
4. Universidade de Notre Dame de 72,4% (7a)
5. Universidade de Washington 71,9%
6. Universidade do Texas - Austin 62,7% (1a.)
7. Indiana University - Bloomington 62,4% (8a.)
8. Ohio State University - Columbus 60,2% (10a.)
9. University of Southern California 57,3% (4a.)
10. Universidade de Illinois - Urbana-Champaign 57,2% (2a.)
New York University 56,1%
1. University of Texas--Austin (fundada em 1883, instituição pública, com custo para o aluno de 32,5 mil US$) (foto)
2. University of Illinois--Urbana-Champaign (fundada em 1867, pública. Custo de 27,7 mil)
3. Brigham Young University--Provo (1875, privada)
4. University of Southern California
5. University of Michigan--Ann Arbor
6. University of Pennsylvania (privada)
7. University of Notre Dame (privada)
8. Indiana University--Bloomington (1820)
9. New York University (1831)
10. Ohio State University--Columbus
Fonte: Aqui
Segundo o CPA (que também inclui aluno de pós), o ranking destas escolas seria o seguinte:
1. Brigham Young University 79,1% (3a. no ranking acima)
2. University of Michigan - Ann Arbor 76,5% (5a.)
3. Universidade da Pensilvânia, 72,8% (6a.)
4. Universidade de Notre Dame de 72,4% (7a)
5. Universidade de Washington 71,9%
6. Universidade do Texas - Austin 62,7% (1a.)
7. Indiana University - Bloomington 62,4% (8a.)
8. Ohio State University - Columbus 60,2% (10a.)
9. University of Southern California 57,3% (4a.)
10. Universidade de Illinois - Urbana-Champaign 57,2% (2a.)
New York University 56,1%
Mais sobre o Custo na Apple
Parece que o assunto dá um bom estudo de caso numa aula de custo:
Quase todos os 70 milhões de iPhones e 30 milhões de iPads vendidos em 2011 foram fabricados fora dos Estados Unidos, principalmente na China. O porquê disso tem conexão com a mão de obra chinesa mais barata, sim. Mas há outros motivos para grandes companhias como a Apple preferirem fabricar seus produtos em outro lugar que não o território americano, como mostra reportagem publicada pelo New York Times.
Um deles é o fato de a maioria dos fornecedores da empresa de Steve Jobs estar localizada na China. Trazer a produção dos aparelhos da Apple para os Estados Unidos criaria grandes desafios na logística — como tornar viável a fabricação de aparelhos em uma cidade americana se quase todos os seus componentes estão a meio mundo de distância? Isso seria também um empecilho para a troca de fornecedores chineses, o que a empresa hoje faz com certa flexibilidade na China.
O porte das fábricas chinesas, hoje maiores e bem mais ágeis que as americanas, é outro motivo para continuar a produção fora de casa. Um ex-executivo da Apple conta que, poucas semanas antes de o dispositivo ir para as preteleiras, a compania redesenhou a tela do iPhone, forçando a revisão da montagem do aparelho, segundo o NYT. Assim, na China, o chefe dos operários teria acordado 8 mil deles, que dormiam em seus quartos dentro da fábrica.
“Cada empregado recebeu um biscoito e uma xícara de chá, foi conduzido à estação de trabalho e, em menos de 30 minutos, eles começaram um turno de 12 horas, encaixando as telas de vidro no aparelho”, relata o jornal. Em 96 horas, a planta produziu no ritmo de 10 mil iPhones por dia.
A grande agilidade se soma à habilidade técnica de engenheiros chineses, a qual satisfaz a montagem complexa dos aparelhos, mas não é tão qualificada a ponto de justificar um alto salário.
O movimento da produção em direção ao exterior preocupa os Estados Unidos, segundo economistas ouvidos pelo NYT. Afinal, essa seria uma causa da dificuldade que o país enfrenta para criar postos de trabalho para a classe média.
Custo
Fabricar um iPhone nos Estados Unidos custaria US$ 65 a mais que na China, onde a estimativa de custo é de US$ 8. Isso minimizaria o lucro da Apple, apesar de não eliminá-lo. (O preço médio de venda do iPhone é de US$ 600, o que rende margem bruta de cerca de 40% à Apple, calcula o Business Insider. Assim, o lucro bruto da Apple com cada iPhone é de aproximadamente US$ 250, segundo o site.)
Fonte: aqui. Recentemente publicamos uma postagem sobre o assunto. Veja aqui. Aqui uma declaração do maior fornecedor da Apple, que comparou trabalhadores com animais.
Quase todos os 70 milhões de iPhones e 30 milhões de iPads vendidos em 2011 foram fabricados fora dos Estados Unidos, principalmente na China. O porquê disso tem conexão com a mão de obra chinesa mais barata, sim. Mas há outros motivos para grandes companhias como a Apple preferirem fabricar seus produtos em outro lugar que não o território americano, como mostra reportagem publicada pelo New York Times.
Um deles é o fato de a maioria dos fornecedores da empresa de Steve Jobs estar localizada na China. Trazer a produção dos aparelhos da Apple para os Estados Unidos criaria grandes desafios na logística — como tornar viável a fabricação de aparelhos em uma cidade americana se quase todos os seus componentes estão a meio mundo de distância? Isso seria também um empecilho para a troca de fornecedores chineses, o que a empresa hoje faz com certa flexibilidade na China.
O porte das fábricas chinesas, hoje maiores e bem mais ágeis que as americanas, é outro motivo para continuar a produção fora de casa. Um ex-executivo da Apple conta que, poucas semanas antes de o dispositivo ir para as preteleiras, a compania redesenhou a tela do iPhone, forçando a revisão da montagem do aparelho, segundo o NYT. Assim, na China, o chefe dos operários teria acordado 8 mil deles, que dormiam em seus quartos dentro da fábrica.
“Cada empregado recebeu um biscoito e uma xícara de chá, foi conduzido à estação de trabalho e, em menos de 30 minutos, eles começaram um turno de 12 horas, encaixando as telas de vidro no aparelho”, relata o jornal. Em 96 horas, a planta produziu no ritmo de 10 mil iPhones por dia.
A grande agilidade se soma à habilidade técnica de engenheiros chineses, a qual satisfaz a montagem complexa dos aparelhos, mas não é tão qualificada a ponto de justificar um alto salário.
O movimento da produção em direção ao exterior preocupa os Estados Unidos, segundo economistas ouvidos pelo NYT. Afinal, essa seria uma causa da dificuldade que o país enfrenta para criar postos de trabalho para a classe média.
Custo
Fabricar um iPhone nos Estados Unidos custaria US$ 65 a mais que na China, onde a estimativa de custo é de US$ 8. Isso minimizaria o lucro da Apple, apesar de não eliminá-lo. (O preço médio de venda do iPhone é de US$ 600, o que rende margem bruta de cerca de 40% à Apple, calcula o Business Insider. Assim, o lucro bruto da Apple com cada iPhone é de aproximadamente US$ 250, segundo o site.)
Fonte: aqui. Recentemente publicamos uma postagem sobre o assunto. Veja aqui. Aqui uma declaração do maior fornecedor da Apple, que comparou trabalhadores com animais.
Dividendos
Em abril de 2011 a assembleia da empresa Odebrecht decidiu pela distribuição de R$100 milhões em dividendos aos acionistas. A família Gradin, que possui 20% das ações do grupo, não recebeu sua parcela, informa o Estado de S Paulo (23 de jan 2012, N3, Odebrecht não pagou dividendos de 2010 aos Gradin).
Como a família Gradin está em litígio com a controladora, a acusação é de retaliação. A empresa afirma que a família Gradin não é mais sócia e que o dinheiro está retido na justiça, quando esta determinar o destino dos mesmo. Entretanto, a família Gradin já venceu em primeira e segunda instância.
Outro aspecto societário interessante da questão é que o lucro da empresa foi de R$1,49 bilhão, mas a distribuição foi de R$100 milhões, ou 7%, abaixo do mínimo legal.
Como a família Gradin está em litígio com a controladora, a acusação é de retaliação. A empresa afirma que a família Gradin não é mais sócia e que o dinheiro está retido na justiça, quando esta determinar o destino dos mesmo. Entretanto, a família Gradin já venceu em primeira e segunda instância.
Outro aspecto societário interessante da questão é que o lucro da empresa foi de R$1,49 bilhão, mas a distribuição foi de R$100 milhões, ou 7%, abaixo do mínimo legal.
Duração limitada
Um texto extenso do jornal Estadão (Duração Limitada, de Tatiana de M Dias, 21 de jan 2012, Link, L2 a L3, via aqui) comenta sobre a obsolescência programada. Trata-se de uma prática das indústrias para estimular o consumo. Os produtos são desenvolvidos com uma vida útil propositalmente reduzida. É o caso do primeiro iPod, onde a bateria tem um vida útil reduzida (a Apple foi obrigada a resolver o problema), da impressora da Epson, com um chip que determina a duração do produto (nada ocorreu com a empresa, que nega) ou as lâmpadas com duração de mil horas (nada ocorreu). (clique na imagem para ver melhor)
Existe uma vantagem explicada pela teoria econômica, já que a duração limitada garante o consumo futuro e "resolveria" problemas do ciclo econômico. Entretanto, isto traz problemas ecológicos (vide aqui)
Uma alternativa é o "conserte você mesmo", ou seja, incentivar a prática de consertar os produtos com os problemas. Aqui você pode unir-se a causa.
Existe uma vantagem explicada pela teoria econômica, já que a duração limitada garante o consumo futuro e "resolveria" problemas do ciclo econômico. Entretanto, isto traz problemas ecológicos (vide aqui)
Uma alternativa é o "conserte você mesmo", ou seja, incentivar a prática de consertar os produtos com os problemas. Aqui você pode unir-se a causa.
Petróleo
O gráfico mostra as maiores empresas de petróleo do mundo em valor de mercado. A distância da ExxonMobil para as demais é muito grande. Em quinto lugar no ranking, a brasileira Petrobrás.
O desempenho da empresa não foi muito bom. A desvalorização de 33% no valor de mercado em 2011 impediu que a empresa brasileira ocupasse uma posição melhor no ranking.Gráfico elaborado a partir de informação disponível aqui
Default comparado
Eis uma comparação interessante: o número de vezes que um país decretou default de sua dívida:
Espanha = nos anos de 1557, 1575, 1596, 1607, 1627, 1647, 1809, 1820, 1831, 1834, 1851, 1867, 1872, 1882, 1936-1939. Ou seja, 15 vezes.
Inglaterra - 1340, 1472 e 1596. Isto é, três vezes, sendo que a última vez foi há 416 anos.
França = 1558, 1624, 1648, 1661, 1701, 1715, 1770, 1788, 1812. A última vez completa 200 anos.
Agora os BRICs
Brasil - 1898, 1902, 1914, 1931, 1937, 1961, 1964, 1983, 1986-1987 e 1990. Dez vezes, sendo a última há 22 anos.
Russia - 1839, 1885, 1918, 1947, 1957, 1991 e 1998. Sete vezes.
India = 1958, 1969 e 1972. Mas a Índia tornou-se independente bem no século XX.
China = 1921, 1932 e 1939
Qual o país mais caloteiro? (Figura, aqui)
Espanha = nos anos de 1557, 1575, 1596, 1607, 1627, 1647, 1809, 1820, 1831, 1834, 1851, 1867, 1872, 1882, 1936-1939. Ou seja, 15 vezes.
Inglaterra - 1340, 1472 e 1596. Isto é, três vezes, sendo que a última vez foi há 416 anos.
França = 1558, 1624, 1648, 1661, 1701, 1715, 1770, 1788, 1812. A última vez completa 200 anos.
Agora os BRICs
Brasil - 1898, 1902, 1914, 1931, 1937, 1961, 1964, 1983, 1986-1987 e 1990. Dez vezes, sendo a última há 22 anos.
Russia - 1839, 1885, 1918, 1947, 1957, 1991 e 1998. Sete vezes.
India = 1958, 1969 e 1972. Mas a Índia tornou-se independente bem no século XX.
China = 1921, 1932 e 1939
Qual o país mais caloteiro? (Figura, aqui)
23 janeiro 2012
Rir é o melhor remédio
"Homens Mulheres e crianças primeiro", diz o comandante do Concórdia, já no bote de salva vidas. No segundo, o barco Europa bate na rocha do rating da SP. Fonte: aqui
Petrobras
O Tribunal de Contas da União (TCU) vai promover este ano uma varredura nos contratos assinados pela Petrobras e por empresas em que a estatal tenha o controle societário, no Brasil e no exterior. Segundo o Tribunal, a empresa tem desrespeitado regras de contratação. Maior estatal brasileira, a Petrobras assinou no ano passado contratos que somam R$ 16,3 bilhões sem qualquer tipo de concorrência ou tomada de preços com fornecedores, o que representou quase um terço da contratação de serviços da companhia (R$ 52 bilhões). O valor equivale ainda a 19% dos R$ 84,7 bilhões em investimentos previstos pela empresa em 2011. Se levarmos em conta os últimos três anos, as contratações sem concorrência engordaram as contas bancárias de prestadores de serviços em R$ 49,8 bilhões. (...)
Pente Fino na Petrobrás - O Globo - 22 jan 2012
Pente Fino na Petrobrás - O Globo - 22 jan 2012
Inflação
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mudou o cálculo do índice de inflação oficial do governo, o IPCA. Caiu o peso dos serviços, que subiram 9% em 2011, e ganharam importância os bens duráveis, que tiveram deflação de 1,56%. Essa intervenção deverá reduzir a inflação, e o novo IPCA projetado para 2012 é de 5,3%.
A mudança trará um esforço extra aos gestores dos fundos de inflação e um risco adicional aos investidores. Os fundos não seguem exatamente o IPCA, mas um índice do mercado financeiro, chamado IMAB, que é uma média ponderada da rentabilidade dos títulos do governo corrigidos pela inflação ao longo de determinados períodos. (...)
Fernanda Pressinott - A Nova Conta da Inflação - Isto é Dinheiro
A mudança trará um esforço extra aos gestores dos fundos de inflação e um risco adicional aos investidores. Os fundos não seguem exatamente o IPCA, mas um índice do mercado financeiro, chamado IMAB, que é uma média ponderada da rentabilidade dos títulos do governo corrigidos pela inflação ao longo de determinados períodos. (...)
Fernanda Pressinott - A Nova Conta da Inflação - Isto é Dinheiro
Compliance
Depois de abraçar as causas do desenvolvimento sustentável e da erradicação do trabalho escravo e infantil, representantes do setor privado começam a se apropriar de uma bandeira com forte apelo no País atualmente: o movimento anticorrupção. O número de empresas interessadas em melhorar sua imagem pública cresce na medida em que aumenta a pressão do mercado de capitais por uma boa governança corporativa. Os acionistas “premiam” as companhias que investem em condutas éticas como política empresarial. Além de adotar procedimentos internos para evitar fraudes, grandes corporações, como Siemens, EDP Energia, Walmart e Natura, vêm fazendo pressão pela aprovação de leis de transparência no Congresso.
Elas sabem da importância de combater o problema, sobretudo num país como o Brasil, que passou, no ano passado, de 69º para 73º lugar, numa lista de 182 países, no Índice de Percepção da Corrupção Mundial, avaliado pela ONG Transparência Internacional. Quanto mais baixa a posição no ranking, pior é a avaliação. Para descolar-se dessa realidade, algumas companhias já contam com robustos departamentos focados na definição de regras de conduta – conhecidas pelo termo em inglês “compliance” – entre funcionários, fornecedores e clientes. Mesmo que, num primeiro momento, a transparência não traga ganhos financeiros, o rótulo de empresa “ética” pode vir a ser o fiel da balança para fechar negócios.
(...) A preocupação com práticas lícitas tem mobilizado o mundo corporativo a pressionar o Congresso por alterações na legislação brasileira. No ano passado, o Instituto Ethos, que representa cerca de mil empresas, incluindo a Siemens, elegeu três projetos de lei como prioridade.
Um deles, já aprovado no Legislativo, prevê o fim do sigilo de documentos oficiais. O Ethos acompanha, também, o andamento do projeto que responsabiliza empresas em atos contra a administração pública e outro que tenta regulamentar a atividade do lobby empresarial. Neste ano, a entidade quer monitorar outras 100 propostas que tramitam no Congresso. “As empresas querem minimizar seus riscos”, afirma Luciana Aguiar, coordenadora do Pacto Empresarial pela Integração contra a Corrupção do Instituto Ethos, que reúne 276 companhias. O receio de ter a imagem comprometida alcança até mesmo a prática da doação para campanhas eleitorais. Atentas à possibilidade de terem seus nomes atrelados a escândalos, algumas empresas começam a rever se devem, ou não, doar recursos para candidatos. (...)
Isto é Dinheiro - Intocáveis SA
Elas sabem da importância de combater o problema, sobretudo num país como o Brasil, que passou, no ano passado, de 69º para 73º lugar, numa lista de 182 países, no Índice de Percepção da Corrupção Mundial, avaliado pela ONG Transparência Internacional. Quanto mais baixa a posição no ranking, pior é a avaliação. Para descolar-se dessa realidade, algumas companhias já contam com robustos departamentos focados na definição de regras de conduta – conhecidas pelo termo em inglês “compliance” – entre funcionários, fornecedores e clientes. Mesmo que, num primeiro momento, a transparência não traga ganhos financeiros, o rótulo de empresa “ética” pode vir a ser o fiel da balança para fechar negócios.
(...) A preocupação com práticas lícitas tem mobilizado o mundo corporativo a pressionar o Congresso por alterações na legislação brasileira. No ano passado, o Instituto Ethos, que representa cerca de mil empresas, incluindo a Siemens, elegeu três projetos de lei como prioridade.
Um deles, já aprovado no Legislativo, prevê o fim do sigilo de documentos oficiais. O Ethos acompanha, também, o andamento do projeto que responsabiliza empresas em atos contra a administração pública e outro que tenta regulamentar a atividade do lobby empresarial. Neste ano, a entidade quer monitorar outras 100 propostas que tramitam no Congresso. “As empresas querem minimizar seus riscos”, afirma Luciana Aguiar, coordenadora do Pacto Empresarial pela Integração contra a Corrupção do Instituto Ethos, que reúne 276 companhias. O receio de ter a imagem comprometida alcança até mesmo a prática da doação para campanhas eleitorais. Atentas à possibilidade de terem seus nomes atrelados a escândalos, algumas empresas começam a rever se devem, ou não, doar recursos para candidatos. (...)
Isto é Dinheiro - Intocáveis SA
Akwan, Google e o descaso do BNDES
Esta é a "política" industrial do BNDES: financiar os projetos de grandes empresas com juros subsiados pelo Tesouro e desconsiderar as pequenas e médias , que de fato necessitam de apoio para contribuir para o desenvolvimento social, cultural e tecnológico do país. Não é á toa que o Eike Batista afirmou que: "O BNDES é o melhor banco do mundo". Com certeza, é o melhor para fomentar o crescimento de empresas em setores nos quais o país já possui vantagens comparativas, como pecuária e energia, e organizações bem estabelcidas que têm condições de buscar financiamento em instituições privadas. O foco do governo brasileiro deve ser o apoio à inovação de qualquer empresa, mesmo em setores como o de internet, que "não é um negócio".Leia a reportagem:
Em 2005, o Google anunciou a compra da Akwan, empresa de buscas criada por professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Com sede em Belo Horizonte, a Akwan tornou-se o centro de pesquisa e desenvolvimento da gigante americana da internet na América Latina.
Com cerca de 100 pessoas, o centro trabalha em projetos em áreas essenciais para o Google, como buscas, anúncios, redes sociais e mapas, para a região e para o mundo. A equipe é responsável pelo Orkut e fez a localização do Google Maps para a América Latina. "A reputação do centro brasileiro na corporação é grande", afirma Berthier Ribeiro-Neto, um dos fundadores da Akwan e responsável pelo centro.
Ribeiro-Neto é coautor do livro Modern Information Retrieval (Addison Wesley), que ganhou a segunda edição em 2011. O livro sobre recuperação de informações - escrito com Ricardo Baeza-Yates, vice-presidente do Yahoo - foi usado por Larry Page e Sergey Brin na pós-graduação que faziam na Universidade Stanford, no projeto de pesquisa que acabou dando origem ao Google.
Para Ribeiro-Neto, existem dois fatores importantes para incentivar a criação de empresas intensivas em conhecimento. "É preciso ter concentração de inteligência, com mão de obra altamente especializada e capital de baixo custo, a fundo perdido. Capital de banco não serve para empresas nascentes."
O professor licenciado da UFMG diz que o Brasil criou concentração de inteligência em várias universidades com o programa de formação de pesquisadores do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que já tem mais de 50 anos. "Como eu, milhares de pesquisadores foram fazer pós-graduação fora do Brasil", diz. "A grande maioria volta para as instituições de pesquisa."
A disponibilidade de capital, com fundos dispostos a investir em empresas nascentes está em estágio inicial. Antes de ser adquirida pelo Google, a Akwan procurou o BNDES.
"Demoraram dois anos para nos dar resposta, e a resposta foi que internet não era negócio", diz Ribeiro-Neto. "Uma das razões que nos levaram a concordar com a aquisição foi que o crescimento fundado no capital que gerávamos era muito lento."
Paulo Golgher, diretor de engenharia do Google, foi aluno dos fundadores da Akwan e um dos primeiros funcionários da empresa. Segundo ele, um fator importante para um ambiente de inovação é não criar processos muito rígidos.
"O mais comum para o surgimento de um projeto novo é o cara fazer a demo no fim de semana e mostrar ao chefe, que acha legal e fala: vai em frente", diz Golgher. "O gerente não fica bravo porque um programador gastou dois dias para fazer alguma coisa que não tem a ver com sua atividade normal."
Victor Ribeiro, diretor de produtos do Google para a América Latina, foi o fundador de outra empresa de buscas que surgiu na UFMG, a Miner, que em 1999 foi vendida para o UOL. "Fui considerado louco quando deixei o emprego na Belgo Mineira para criar uma empresa de tecnologia. Hoje a situação mudou e muita gente quer empreender."
Em 2005, o Google anunciou a compra da Akwan, empresa de buscas criada por professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Com sede em Belo Horizonte, a Akwan tornou-se o centro de pesquisa e desenvolvimento da gigante americana da internet na América Latina.
Com cerca de 100 pessoas, o centro trabalha em projetos em áreas essenciais para o Google, como buscas, anúncios, redes sociais e mapas, para a região e para o mundo. A equipe é responsável pelo Orkut e fez a localização do Google Maps para a América Latina. "A reputação do centro brasileiro na corporação é grande", afirma Berthier Ribeiro-Neto, um dos fundadores da Akwan e responsável pelo centro.
Ribeiro-Neto é coautor do livro Modern Information Retrieval (Addison Wesley), que ganhou a segunda edição em 2011. O livro sobre recuperação de informações - escrito com Ricardo Baeza-Yates, vice-presidente do Yahoo - foi usado por Larry Page e Sergey Brin na pós-graduação que faziam na Universidade Stanford, no projeto de pesquisa que acabou dando origem ao Google.
Para Ribeiro-Neto, existem dois fatores importantes para incentivar a criação de empresas intensivas em conhecimento. "É preciso ter concentração de inteligência, com mão de obra altamente especializada e capital de baixo custo, a fundo perdido. Capital de banco não serve para empresas nascentes."
O professor licenciado da UFMG diz que o Brasil criou concentração de inteligência em várias universidades com o programa de formação de pesquisadores do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que já tem mais de 50 anos. "Como eu, milhares de pesquisadores foram fazer pós-graduação fora do Brasil", diz. "A grande maioria volta para as instituições de pesquisa."
A disponibilidade de capital, com fundos dispostos a investir em empresas nascentes está em estágio inicial. Antes de ser adquirida pelo Google, a Akwan procurou o BNDES.
"Demoraram dois anos para nos dar resposta, e a resposta foi que internet não era negócio", diz Ribeiro-Neto. "Uma das razões que nos levaram a concordar com a aquisição foi que o crescimento fundado no capital que gerávamos era muito lento."
Paulo Golgher, diretor de engenharia do Google, foi aluno dos fundadores da Akwan e um dos primeiros funcionários da empresa. Segundo ele, um fator importante para um ambiente de inovação é não criar processos muito rígidos.
"O mais comum para o surgimento de um projeto novo é o cara fazer a demo no fim de semana e mostrar ao chefe, que acha legal e fala: vai em frente", diz Golgher. "O gerente não fica bravo porque um programador gastou dois dias para fazer alguma coisa que não tem a ver com sua atividade normal."
Victor Ribeiro, diretor de produtos do Google para a América Latina, foi o fundador de outra empresa de buscas que surgiu na UFMG, a Miner, que em 1999 foi vendida para o UOL. "Fui considerado louco quando deixei o emprego na Belgo Mineira para criar uma empresa de tecnologia. Hoje a situação mudou e muita gente quer empreender."
22 janeiro 2012
Defenda-se dos principais erros bancários
Abrir o demonstrativo do banco e encontrar o desconto de um valor que não deveria existir é uma surpresa bem ruim. Entre os erros cometidos por bancos brasileiros em 2011, porém, esse foi o mais comum deles.
O dado é do ranking copilado pelo Banco Central a partir de denúncias feitas ao longo do ano. Quando um cliente faz uma reclamação para o BC, a instituição não intermedia a resolução daquele caso específico, mas caso realmente exista um erro, o banco é informado e tem um prazo de dez dias para dar uma resposta ao cliente. Além disso, a denúncia ao BC, que pode ser feita pela internet, também é importante para que os futuros clientes consultem no site da autarquia quais são os bancos mais e menos reclamados, o que ajuda na escolha de uma instituição.
O procedimento geral para se defender dos erros mais comuns é entrar em contato com a ouvidoria do banco, que terá 15 dias para resolver a questão. Embora não seja obrigatório, é importante seguir o primeiro passo antes de falar com o BC. “Busque primeiro o SAC [serviço de atendimento ao consumidor]. Não conseguindo resolver o problema, procure a ouvidoria do banco. Se o erro continuar existindo, procure órgãos de defesa ao consumidor, o judiciário e o BC”, diz Selma do Amaral, diretora de atendimento do Procon-SP.
Conheça os principais erros cometidos pelos bancos em 2011 e saiba como se defender.
1 – Débitos não autorizados em conta corrente – 2.921 denúncias procedentes
“Qualquer prejuízo que um cliente tenha por erro de qualquer empresa deve ser ressarcido como norma geral do Código de Defesa do Consumidor”, afirma Selma. Se o pagamento demorar, ainda pode incidir juros e correção monetária.
2 – Cobrança de tarifa irregular ou por um serviço não contratado – 1.435 denúncias procedentes
A recomendação do Proncon-SP é reclamar para o banco antes mesmo de pagar tarifa. Se por engano você pagar uma cobrança que não deveria, também é possível solicitar o reembolso.
3 – Esclarecimentos incorretos ou incompletos – 1.287 denúncias procedentes
O tópico é um pouco subjetivo, mas ao se sentir lesado, o cliente não precisa provar que a explicação foi mal feita. Nesse caso a lógica funciona ao contrário e o banco é que deve provar que explicou bem. Ao contratar um serviço, por exemplo, o banco fornece um contrato. Mas não basta apenas fornecer o documento. É preciso que ele seja bem claro. Eventualmente, as explicações para um determinado serviço podem estar na internet, o que não é suficiente. “A informação precisa estar em fácil localização e muito bem detalhada”, afirma Selma.
4 – Descumprimento de prazos – 1.142 denúncias procedentes
Nesse quesito entram as denúncias que não tiveram respostas após o cliente ter reclamado ao BC sobre algo. Nesses casos, o prazo é de dez dias. Para provar que esse ou outros atrasos ocorreram, a dica de Selma é sempre manter protocolos e datas do atendimento.
5 – Segurança dos meios alternativos – operações não reconhecidas – 756 denúncias procedentes
Nesse caso podem entrar movimentações feitas por pessoas que não são titulares da conta ou fraudes feitas com os dados originais do cliente. Inúmeras medidas básicas podem ser fundamentais para evitar problemas como esses. Algumas precauções como não manter anotação das senhas perto do cartão, não passar seus dados para terceiros e não aceitar ajuda de pessoas que não sejam funcionários do banco evitam dores de cabeça.
Fonte: Lilian Sobral, Exame.com
O dado é do ranking copilado pelo Banco Central a partir de denúncias feitas ao longo do ano. Quando um cliente faz uma reclamação para o BC, a instituição não intermedia a resolução daquele caso específico, mas caso realmente exista um erro, o banco é informado e tem um prazo de dez dias para dar uma resposta ao cliente. Além disso, a denúncia ao BC, que pode ser feita pela internet, também é importante para que os futuros clientes consultem no site da autarquia quais são os bancos mais e menos reclamados, o que ajuda na escolha de uma instituição.
O procedimento geral para se defender dos erros mais comuns é entrar em contato com a ouvidoria do banco, que terá 15 dias para resolver a questão. Embora não seja obrigatório, é importante seguir o primeiro passo antes de falar com o BC. “Busque primeiro o SAC [serviço de atendimento ao consumidor]. Não conseguindo resolver o problema, procure a ouvidoria do banco. Se o erro continuar existindo, procure órgãos de defesa ao consumidor, o judiciário e o BC”, diz Selma do Amaral, diretora de atendimento do Procon-SP.
Conheça os principais erros cometidos pelos bancos em 2011 e saiba como se defender.
1 – Débitos não autorizados em conta corrente – 2.921 denúncias procedentes
“Qualquer prejuízo que um cliente tenha por erro de qualquer empresa deve ser ressarcido como norma geral do Código de Defesa do Consumidor”, afirma Selma. Se o pagamento demorar, ainda pode incidir juros e correção monetária.
2 – Cobrança de tarifa irregular ou por um serviço não contratado – 1.435 denúncias procedentes
A recomendação do Proncon-SP é reclamar para o banco antes mesmo de pagar tarifa. Se por engano você pagar uma cobrança que não deveria, também é possível solicitar o reembolso.
3 – Esclarecimentos incorretos ou incompletos – 1.287 denúncias procedentes
O tópico é um pouco subjetivo, mas ao se sentir lesado, o cliente não precisa provar que a explicação foi mal feita. Nesse caso a lógica funciona ao contrário e o banco é que deve provar que explicou bem. Ao contratar um serviço, por exemplo, o banco fornece um contrato. Mas não basta apenas fornecer o documento. É preciso que ele seja bem claro. Eventualmente, as explicações para um determinado serviço podem estar na internet, o que não é suficiente. “A informação precisa estar em fácil localização e muito bem detalhada”, afirma Selma.
4 – Descumprimento de prazos – 1.142 denúncias procedentes
Nesse quesito entram as denúncias que não tiveram respostas após o cliente ter reclamado ao BC sobre algo. Nesses casos, o prazo é de dez dias. Para provar que esse ou outros atrasos ocorreram, a dica de Selma é sempre manter protocolos e datas do atendimento.
5 – Segurança dos meios alternativos – operações não reconhecidas – 756 denúncias procedentes
Nesse caso podem entrar movimentações feitas por pessoas que não são titulares da conta ou fraudes feitas com os dados originais do cliente. Inúmeras medidas básicas podem ser fundamentais para evitar problemas como esses. Algumas precauções como não manter anotação das senhas perto do cartão, não passar seus dados para terceiros e não aceitar ajuda de pessoas que não sejam funcionários do banco evitam dores de cabeça.
Fonte: Lilian Sobral, Exame.com
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