Recentemente mostramos o uso de relativo no processo de avaliação de instituição de ensino. Em geral o valor de aquisição corresponde a um múltiplo do número de aluno. Nas operações anteriores, o valor do aluno variava de R$4,4 mil (o valor que a Estácio pagou aos antigos donos da FAA) até 9,3 mil (aquisição da Uniban pela Anhanguera).
Agora a notícia que a Kroton pagou R$1,3 bilhão por 162 mil alunos da Unopar. Isto significa dizer que cada aluno custou R$7,9 mil. Entretanto, o tal valor pode ter sido excessivo por dois motivos:
a) a maior parte dos alunos da Unopar são à distância. No ensino à distância os custos fixos são elevados, geralmente referindo ao custo de instalação dos polos e ao custo de criar uma disciplina. Isto faz com que a admissão de um aluno adicional gere uma margem de contribuição elevada, com reflexos no lucro. O problema é que o índice de abandono dos cursos a distância são elevados;
b) A Unopar teve sérios problemas com o MEC no que diz respeito a qualidade dos seus cursos. Em situações onde cursos estão sendo cancelados, o potencial de crescimento da área talvez não seja grande.
Talvez o grande motivador para a aquisição (e pelo valor elevado) seja a liderança do mercado. Uma instituição com um grande número de alunos pode “vendê-los” por um valor acima da média. Foi o que ocorreu com a Uniban, por exemplo.
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