Uma comissão de investigação constatou que a Olympus ocultou de seus investidores até US$ 1,67 bilhão em perdas, mas é provável que não tenha provas da participação do crime organizado na fraude, informou uma fonte na segunda-feira.
A comissão tampouco recomendará acusações criminais contra os executivos envolvidos no escândalo contábil, e se limitará a apresentar os fatos e permitir que a Olympus decida como agir quanto a isso, disse uma fonte familiar com o trabalho da comissão. "Isso cabe à companhia", disse a fonte. (...)
Mas pode ser que a Olympus consiga evitar essa humilhação caso não haja provas de uma conexão entre o acobertamento e a yakuza, a máfia japonesa, sobre a qual existem inúmeros boatos, e se a Olympus conseguir cumprir o prazo e corrigir sua contabilidade e anunciar os resultados de seu segundo trimestre fiscal antes de 14 de dezembro.
A fonte informou que a comissão concluiu que o antigo presidente-executivo Hisashi Mori e o ex-auditor interno Hideo Yamada haviam comandado o acobertamento dos prejuízos, que em seu momento mais agudo atingiram o valor de 130 bilhões de ienes (US$ 1,67 bilhão).
A comissão constatou que Mori e Yamada então informaram o ex-presidente da empresa Tsuyoshi Kikukawa, segundo a fonte. Kikukawa inicialmente rejeitou as acusações de acobertamento, quando surgiu o escândalo em outubro, mas ele posteriormente se demitiu e a companhia admitiu que seus prejuízos com investimentos remontavam à década de 1990.
Fonte: Reuters
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