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23 novembro 2011

Por que você quer ser um contador?

O blog "Não Posso Evitar" já foi apresentado a você aqui, aqui e aqui. Para quem não tem acompanhado (o que fortemente recomendamos), a publicação mais recente se refere a uma entrevista que o autor, Rodolfo Araújo, fez com o escritor do livro “Motivação 3.0”, Daniel Pink, que pode ser conferida na íntegra aqui.


Ressaltamos, porém, um trecho em especial:


RODOLFO: Seus pais disseram-lhe para ser advogado (Pink formou-se em Direito) ou contador e, em seguida, estas profissões foram terceirizadas para outros países – algo que eles não poderiam prever. Hoje você diz para seus filhos serem artistas. Não existe o risco de estas carreiras também serem substituídas, de alguma forma que não podemos prever hoje?

PINK: Certamente que sim. Por isso não digo para meus filhos serem artistas... (Ops!)

RODOLFO: Nem advogados...

PINK: De jeito nenhum! O que digo para meus filhos é para seguirem seu coração. Sua cabeça deve pensar estrategicamente, ou seja, pensar no que será valioso no futuro. O que será difícil de fazer de forma barata? O que será difícil de ser feito por uma máquina? O que resolve os problemas que você tem hoje?

Isto é uma parte. A outra é fazer algo que você realmente gosta. Algo que lhe traga prazer e significado e trabalhar duro nisto. Vamos tomar o contador como exemplo. Se um dos meus filhos me disser: “Eu quero ser contador”, eu não responderia “Não, não, não...”. Eu perguntaria: “Por que quer ser um contador?”. Se ele me responder: “Eu gosto de ajudar as pessoas a resolver complicados assuntos financeiros. Vejo beleza em fazer os dois lados de um balanço coincidirem”, eu lhe diria: “Você será um grande contador!”.

Seria difícil terceirizar este garoto. Seria difícil dar o seu trabalho para uma máquina fazer. Então, as pessoas que fazem algo de que realmente gostam, algo em que realmente acreditam – e se esforçam bastante – vão se dar bem. Assim, o que eu insisto, é que se descubra em que você é bom, o que gosta de fazer e trabalhe muito, muito duro. E seja ágil e capaz de aprender.

2 comentários:

  1. Acredito que a escolha profissional deva ser baseada no mercado de trabalho (afinal suar a camisa não adianta se não houver demanda por seus serviços); no que você é bom e no que você gosta, sendo que nenhum desses quesitos deve ser totalmente ignorado, e devem de preferência terem a mesma ponderação.

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  2. Entendo que sempre existe oferta de emprego para qualquer profissional que se destaca, não penso que existe profissão melhor ou pior.
    Se a decisão é ser um historiador, que você tente ser o melhor;
    Se a decisão é ser um advogado, que você tente ser o melhor;
    Se a decisão é ser um artista, que você tente ser o melhor.

    Se você acredita na profissão inevitavelmente será recompensado, seja por melhores remunerações ou por uma satisfação pessoal por esta executando uma atividade que lhe dá prazer (o que sem dúvida tem um valor!!!).

    Quando o texto fala da terceirização da contabilidade entendo que se refere aos trabalhos repetitivos que não exigem um certo grau de liberdade do profissional, então por que não "robotiza-los". Não tenho dúvida que a contabilidade exerce e exercerá papel relevante no mercado de trabalho, obviamente para quem quer fazer a diferença.

    Concluindo, a profissão de contador está atualmente sofrendo severas alterações não só na metodologia de trabalho quanto no perfil do profissional contábil. Hoje o contador esta muito mais próximo de um economista/adminstrador do que do advogado por exemplo. As alterações promovidas na contabilidade pela Lei 11.638/07 (IFRS) balançaram com os conceitos contábeis nacionais e abriram novas perspectivas para os profissionais de contabilidade. Ou seja, agora é uma janela de oportunidade que não se vê todo dia, vale a pena aproveitar!!!!

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