Hoje os dois principais colunistas internacionais que tratam de contabilidade criticaram pesadamente o que está sendo produzido. Inicialmente o texto do Jonatham Weil (Financial Scandal Fans Never Had It So Good), que trata do mais recente escândalo contábil, da Olympus.
Em linhas gerais, a empresa escondia perdas, considerando-as como ativos, desde a década de noventa. Tudo ficaria escondido se um executivo externo, recentemente contratado, não insistisse em questionar algumas operações estranhas. Woodford, o executivo, foi demitido, mas falou que algo de estranho estava ocorrendo na empresa.
No seu texto Weil pergunta pelos auditores. A empresa era auditada na década de noventa por uma filial da finada Arthur Andersen. Com a falência da Andersen, a KPMG assumiu a auditoria da empresa e ficou lá até 2009, quando a Ernst & Young assumiu. Recentemente foi informado que a KPMG teria feito a sua parte (veja aqui a postagem do blog), mas as divergências só tornaram públicas após o escândalo.
No último parecer, assinado em 29 de junho pela E&Y foi sem ressalva, mas destacando que os anos de 2009 foram auditados por outra empresa, "sem ressalva", informa Weil.
Weil lembra que recentemente a Price cometeu falhas com a MF Global (veja aqui postagem sobre o assunto) e que a Dexia, auditada pela Deloitte, também teve problemas.
Segundo Weil, "muitas pessoas consideram letras auditor opinião como uma brincadeira. E o cliente paga o auditor, depois de tudo." Assim, Weil lembra da possibilidade de tornar a auditoria opcional para empresas com ações negociadas no mercado de capitais. Uma medida drástica, mas talvez necessária num mercado farto das falhas das auditorias.
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