O resultado da primeira edição do Exame de Suficiência
mostrou um índice de reprovação médio de 69,17% (Jornal do CFC, p. 4). Apesar
da prova ter sido considerada “fácil”, o número de reprovados assusta.
Entretanto é possível observar algumas relações
interessantes. Em primeiro lugar, os estados com maior densidade demográfica
tiveram um desempenho melhor (a correlação entre reprovação e densidade
demográfica foi de menos 0,672). Steven Johnson, em “De onde vêm as boas ideias”,
afirma que a existência de grandes metrópoles favorece o desenvolvimento
humano. Mas considero muito forçado uma análise deste tipo.
De igual modo, os estados mais ricos, aqui medido através do
PIB per capita, tiveram menos reprovações (correlação de -0,52). Ou estados
mais desenvolvidos, medido pelo IDH, apresentaram melhor desempenho (correlação
de -0,396).
Mas um aspecto é interessante dos números apresentados pelo
CFC. As unidades da federação que possuíam um curso de pós-graduação
reconhecido tiveram uma média de reprovação 65%, enquanto os estados sem um
curso de mestrado ou doutorado a reprovação foi de 83%. Aqui não estamos
afirmando que ter um curso de pós-graduação causa melhor desempenho no exame de
suficiência (ou o contrário). De qualquer forma, esta pode ser uma questão a
ser investigada com maior profundidade no futuro.
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