Um texto do Valor Econômico informa sobre a adesão ao IFRS no País (Adesão ao IFRS no Brasil é maior do que na Europa, aponta pesquisa, Natalia Viri, 28 nov 2011, via aqui). Como todo texto jornalístico, é necessário uma leitura cuidadosa para não ser enganado. Segundo o jornal, baseado numa pesquisa da empresa de auditoria Grant Thornton, o universo da pesquisa foram 11 mil empresas de 39 países (isto significa uma média de 282 empresas por país).
Das 200 companhias consultadas no Brasil – que incluem desde pequenas e médias empresas até as de maior porte e de capital aberto -, 35,6% seguem todas as recomendações do Iasb (por meio do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, CPC), o que coloca o país na 14ª posição em termos de adoção completa do IFRS.
A posição do Brasil em termos da adoção só faz sentido se a seleção da amostra fosse cuidadosamente escolhida para refletir o universo das empresas de cada país. Prossegue o texto:
O país está à frente das demais nações emergentes que compõem o chamado BRIC. Na China, na Índia e na Rússia, a percentagem de empresas que adotam o IFRS de forma completa é de 28,3%, 20,4% e 19,2%, respectivamente.
O líder do ranking são os Emirados Árabes, onde 68,3% das empresas divulgam seus balanços de acordo com as regras do Iasb, seguidos por Espanha (65,8%) e Geórgia (59,8%). Na outra ponta, estão Japão (2,3%), Vietnã (7,1%) e Estados Unidos (8,3%), países nos quais a adoção do IFRS não é obrigatória. (...)
A principal exceção, segundo ele, fica por conta das instituições financeiras. Mesmo quando têm seu capital aberto – e, por consequência são fiscalizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) -, os bancos respondem, em última instância, ao Banco Central, que manteve o padrão contábil anterior a 2010.
As instituições financeiras de capital aberto precisam apenas publicar um balanço anual adicional em conformidade com o IFRS. Os balanços trimestrais ficam livres dessa exigência.
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