Um texto interessante (Of goats and headaches, 26 de maio de 2011), e que ficou no computador a espera de uma leitura mais tranqüila, faz uma análise sobre o mercado editorial de periódicos científicos.
De um lado, as editoras, que lidam com um negócio que cresceu muito nos últimos anos, inclusive com o aumento no preço das assinaturas. Mas as empresas sentem a ameaça vinda da experiência da indústria fonográfica, que perdeu a batalha da internet.
Outro ator importante são as bibliotecas, talvez a principal fonte de receita destas editoras. Com a crise econômica, as universidades tiveram seus orçamentos reduzidos, com conseqüência no dinheiro gasto com a aquisição de periódicos. Algumas bibliotecas cortaram a compra de periódicos, focando naqueles mais relevantes e comprando os artigos específicos demandados pelos pesquisadores. Um pesquisado da University of California desenvolveu um interessante índice, dividindo o preço de subscrição pelo número de vezes que o artigo é citado. Em alguns periódicos a relação pode chegar a alguns centavos por citação, indicando um custo interessante.
Os periódicos abertos, que predomina no modelo brasileiro, não representam uma ameaça as editoras. Aqueles mais bem sucedidos são adquiridos e incorporados ao rol de títulos das grandes editoras. Alguns periódicos, como é o caso do Journal of Finance, existe um acordo onde a editora de distribui (Wiley) mantém o preço reduzido ($40 dólares de assinatura, para seis números anuais, com mais de duas mil páginas de pesquisa).
Fonte: The Economist.
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