Durante as últimas duas décadas, o aumento da divulgação de informações não- financeiras é nítido e exponencial.Uma das razões para o crescimento na divulgação dessas é que, o percentual do valor de mercado de uma empresa, do S&P 500 , que pode ser atribuído aos ativos tangíveis, caiu de 80% ,em 1975, para menos de 20% em 2009.
Várias empresas já estão divulgando informações não- financeiras de forma mais robusta. De acordo com CorporateRegister.com, um banco de dados com mais de 35.000 relatórios de 8.220 diferentes empresas em 168 países. Em 2010, quase 5.400 relatórios divulgaram informações sobre sustentabilidade e outros não financeiras. No entanto, não nenhuma estrutura de divulgação de informações não-financeiras foi criado pelo IASB ou FASB.
O Global Reporting Initiative’s (GRI), mais conhecido como G3, é um dos modelos mais utilizados para a divulgação voluntária de informações não - financeiras.O G3 fornece orientações sobre elaboração de relatórios sobre desempenho econômico, ambiental e social. As diretrizes são projetados para uso por qualquer tipo de organização, independentemente do tamanho, localização ou setor. Além de inciativas para divulgação de forma voluntária, já existem outras voltadas para o desenvolvimento de relatórios mais rigorosos e sistemáticos de divulgação de informações não-financeiras.
Por exemplo, a África do Sul obrigou a divulgação de relatórios integrados, que combinam informações sobre o desempenho financeiro da empresa com informações sobre desempenho não-financeiro . Em 2010, a Johannesburg Stock Exchange (JSE), divulgou a King III recommendations, alterando a lista de regras para cerca de 450 empresas listadas na bolsa. A partir dessa data,no lugar relatório financeiro anual e relatório de sustentabilidade ,as empresas são obrigadas a produzir um relatório integrado ou explicar por que não fizeram isso.
Um dos entraves para a ampla aceitação e uso de informações não-financeiras por parte de investidores é a falta de normas e de framework robustos. Normas trariam consistência à comunicação e permitiriam a comparabilidade da informação, pelo menos dentro de setores. Além disso, a norma seria uma referência na qual os relatórios poderiam ser avaliados.
Desde 2008, pelo menos 18 organizações emitiram frameworks e orientações para relatórios não-financeiros .Esse número de modelos cria uma percepção de frameworks concorrentes e causa confusão no mercado sobre qual deve ser utilizado. Uma iniciativa que pode levar a convergência desses frameworks, é semelhante a integração que ocorre entre as IFRS e o USGAAP, é o International Integrated Reporting Committee (IIRC).
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