31 outubro 2011
A Guerra Fiscal e o Planejamento Tributário
A guerra fiscal e o planejamento tributário
Por Rose Mairie Heidemann
A tributação liga-se, em suas raízes históricas, às homenagens, às dádivas, aos tributos concedidos aos deuses, depois à realeza ou ao poder dominante de uma região. Embora pudesse constituir uma oferta voluntária, logo se tornou instrumento compulsório da autoridade dominante. Cobrava quem tinha o poder para tanto, obtido normalmente em guerras sangrentas. Os despojos dos vencidos constituíam o tesouro dos vencedores. Com o tempo, os romanos, além das riquezas extraídas dos povos subjugados, já instituíam impostos de seus próprios cidadãos, na importação ou no consumo de bens. Os gregos já o entendiam, também, como uma forma de garantir o bem comum.
Passados séculos, embora a separação dos Poderes e as garantias legais, o Estado continuou sustentado pelos burgueses e trabalhadores, sendo isentos de tributação o clero e a nobreza. De forma geral, portanto, sempre pagavam tributos aqueles que estavam em condições subalternas em relação ao poder tributante. No Brasil, a inconformidade com a tributação excessiva, sem a contrapartida de benefícios visíveis, levou ao movimento da própria Independência do país. Historicamente, em nossa formação cultural, inclusive, restaram reminiscências do conceito de que o tributo nos é extorquido para a garantia da satisfação de outrem.
Com o progresso, o poder tributante passou a ser, cada vez mais, entendido como forma de repartir as riquezas, reduzir as desigualdades e garantir o bem comum, ninguém podendo se escusar às suas prestações, quando devidas.
É reconhecido, entretanto, que deve assegurar os recursos necessários à defesa da sociedade sem interferir indevidamente na economia. Deve ser neutro, portanto. Aparentemente, deveria ter apenas funções fiscais, não extrafiscais. Como instrumento de poder, entretanto, é muito usado, com finalidades diversas da mera arrecadação, o que, por si só, não chega a constituir um mal. O desequilíbrio no seu direcionamento para funções extrafiscais, entretanto, pode ocasionar uma forte e indevida intervenção nos mercados.
A neutralidade da imposição tributária exige que os tributos não prejudiquem nem favoreçam segmentos específicos da economia, nem ocasionem impacto na concorrência. A nossa própria Constituição, por outro lado, garante que incentivos fiscais podem ser concedidos quando visem promover o equilíbrio, isto é, incentivar regiões desfavorecidas.
Sendo o Brasil um país de extenso território, com grandes diferenças regionais, torna-se necessária a descentralização do poder político. A possibilidade de adoção de medidas adaptadas às necessidades regionais é um útil instrumento de progresso. O exercício do poder tributante, entretanto, ante a demanda insaciável por recursos, tem sido desequilibrado. Há utilização excessiva dos tributos para metas extrafiscais, para atrair empresas, gerar empregos ou, mesmo, em medidas protecionistas, fazer frente às práticas predatórias adotadas por outros entes tributantes.
A criação de “paraísos fiscais” no âmbito do ISS e os incentivos fiscais do ICMS têm afrontado a neutralidade tributária, com grandes prejuízos para quase todos. Os incentivos devem ser concedidos para favorecer o desenvolvimento econômico, não aumentar as desigualdades.
Empresas que oferecem mercadorias com diferenças substanciais nos preços, por exemplo, nem sempre encontraram mecanismos mais eficazes de produção. Frequentemente, escondido sob a vantagem competitiva, encontra-se algum incentivo tributário. Deixa de ser preponderante a modernização de processos, por vezes, assumindo hierarquia indesejável o planejamento tributário.
O empresário, entretanto, ao selecio
nar fornecedores ou efetuar marcação de preços, nem sempre tem condições de avaliar com profundidade as causas e as consequências das diferenças competitivas. Constantemente, pensando ter exaurido todas as suas obrigações relativamente aos produtos que comercializou, vê-se surpreendido com exações fiscais a questionar a licitude dos procedimentos ou dos próprios créditos de ICMS efetuados.
Por outro lado, as diferenças nas legislações dos Estados têm aberto caminhos para eficientes planejamentos tributários, ensejando o fechamento de operações com real conhecimento de causa, aproveitando as diferenças entre os tratamentos fiscais concedidos. As possibilidades de ganho, para quem explora estas diferenças, oferecem real vantagem competitiva num mercado cada vez mais agressivo e, ainda, a segurança de procedimentos rigorosamente dentro das previsões das legislações vigentes. No mínimo, o conhecimento das peculiaridades instrumentaliza o empresário para tomada de decisão com real conhecimento dos riscos envolvidos em cada operação, evitando surpresas desagradáveis.
Embora indesejável, a chamada “guerra fiscal” é uma realidade de nosso mundo. Aqueles que a ignoram tem sofrido prejuízos incalculáveis. Atualmente, aliás, as empresas precavidas, munidas de eficientes consultorias tributárias para garantia de sua sobrevivência, estão deixando de estar à mercê das diferentes imposições tributárias e, tomando a iniciativa, estão estudando profundamente as possibilidades lícitas de economia tributária que a “guerra fiscal” ocasiona. Em relação aos tributos, a ignorância custa muito caro.
Quem perde com as disputas entre os entes tributantes não é mais o empresário, individualmente considerado, que já se precatou com eficiente planejamento tributário, mas os próprios Estados e Municípios que, num processo de autofagia, aniquilam as riquezas mútuas, sem ganho real de longo prazo. Quem perde, enfim, somos todos nós, cidadãos, que continuamos a pagar os tributos aos detentores da política pública, sem poder exercer com eficiência nosso dever de manifestação quanto ao direcionamento destes recursos.
Rose Mairie Heidemann é consultora tributária da Moore Stephens Auditores e Consultores
Hoogervorst e o Brasil
Durante uma conferência em São Paulo, o ex-ministro holandês das Finanças usou o Brasil como um "exemplo clássico" da melhor forma de aplicar as normas de contabilidade global. Hoogervorst [...] elogiou a adoção plena no país e decisão de não "beliscar" as normas, dizendo que isso significa que os investidores globais estão "inteiramente confortáveis" com as demonstrações financeiras das empresas brasileiras.
Fonte: Aqui
Fonte: Aqui
Provisão e classificação de créditos
Segundo reportagem da Folha de São Paulo (PanAmericano manipulava os dados dos clientes, Toni Sciarretta, Julio Wiziack e Flávio Ferreira), a instituição financeira manipulava a avaliação de risco dos clientes desde 2006.
Pelas normas do Banco Central, cada cliente é classificado de A (o melhor cliente) a H. Conforme a classificação dos clientes existentes, o banco precisa aumentar a provisão para crédito de liquidação duvidosa. Ou seja, mais clientes com pior classificação, maior a provisão. Isto, naturalmente, afeta o resultado, já que o lançamento contábil seria:
D - Despesa de Provisão (Resultado)
C - Provisão (Ativo)
Pelas normas do Banco Central, cada cliente é classificado de A (o melhor cliente) a H. Conforme a classificação dos clientes existentes, o banco precisa aumentar a provisão para crédito de liquidação duvidosa. Ou seja, mais clientes com pior classificação, maior a provisão. Isto, naturalmente, afeta o resultado, já que o lançamento contábil seria:
D - Despesa de Provisão (Resultado)
C - Provisão (Ativo)
Banco ou Supermercado?
O Banco do Brasil vai lançar ainda neste ano uma agência experimental em que os serviços bancários ficarão expostos em prateleiras, como sabão em pó no supermercado." Queremos testar um novo formato de venda em que o visitante pode manusear o produto financeiro, que hoje é intAngível", diz Heraldo Dwight, diretor da unidade de gestão de canais, em Brasília. A agência ficará na Avenida Paulista, em São Paulo, e vai funcionar 24 horas por dia.
Fonte: Você S.A
Fonte: Você S.A
Preço de Veículos 2
Em postagem anterior fizemos um comparativo sobre o preço de veículos, Para finalizar, tomei os preços dos automóveis usados em 2010 em relação a 2011 e fiz a comparação com o percentual de desvalorização em cinco anos.
Existe uma relação de 0,211 entre o índice de desvalorização do primeiro ano e o índice de desvalorização em cinco anos. Ou seja, o veículo que se desvaloriza mais no primeiro ano tem mais chance de ser aquele mais desvalorizado em cinco anos. Entretanto, apesar de significativa, a relação realmente não é tão forte quanto esperava.
Além disto, esperava que o índice de desvalorização no primeiro ano fosse maior que a média dos cinco anos. Isto realmente ocorreu para 61% dos cados (73 em 119), mas indica que nem sempre a desvalorização maior ocorre nos primeiros anos.
Existe uma relação de 0,211 entre o índice de desvalorização do primeiro ano e o índice de desvalorização em cinco anos. Ou seja, o veículo que se desvaloriza mais no primeiro ano tem mais chance de ser aquele mais desvalorizado em cinco anos. Entretanto, apesar de significativa, a relação realmente não é tão forte quanto esperava.
Além disto, esperava que o índice de desvalorização no primeiro ano fosse maior que a média dos cinco anos. Isto realmente ocorreu para 61% dos cados (73 em 119), mas indica que nem sempre a desvalorização maior ocorre nos primeiros anos.
30 outubro 2011
Investigação Antitruste nas Big Four
O domínio das “Quatro Grandes” firmas de auditoria no Reino Unido será investigada, depois que uma autoridade regulamentadora antitruste ter dito que o mercado é desfavorável aos clientes e concorrentes de pequeno porte.
O órgão antitruste (OFT, em inglês) do Reino Unido, que examina a questão desde 2002, remeteu o assunto na sexta-feira à Comissão de Concorrência para identificar distorções no setor e, possivelmente, impor mudanças. A investigação deverá concentrar-se em KPMG, Deloitte, Ernst & Young e PricewaterhouseCoopers.
“O mercado atendido pelas grandes firmas de auditoria não tem concorrência suficiente e não funciona bem para os clientes”, disse John Fingleton, diretor-executivo do OFT, em comunicado. “É extremamente concentrado, majoritariamente atendido por quatro grandes firmas e os clientes raramente trocam de auditores.”
As grandes firmas de auditoria também poderão ser sujeitas a restrições da União Europeia ao oferecer serviços de consultoria, podendo ser obrigadas a compartilhar trabalhos com rivais de menor porte. O OFT disse que a investigação no Reino Unido complementará a sondagem paralela da UE, com enfoque nas condições de concorrência encontradas especificamente na Grã-Bretanha.
“A natureza, conteúdo e cronograma para a legislação da UE não estão definidos e o OFT acredita haver uma série de contribuições importantes que a Comissão de Concorrência poderá aportar durante o processo legislativo”, disse a OFT no comunicado.
A Comissão de Concorrência precisará de tempo e de informações das quatro firmas durante a investigação, e tem autoridade para impor diversas mudanças no setor, disse Rosemary Choueka, que lidera a equipe de concorrência na UE no escritório de advocacia Lawrence Graham, em Londres.
“Elas podem incluir uma limitação para a duração dos contratos de auditoria ou a regulamentação dos termos desses vínculos contratuais ou até mesmo a exigência de que as Quatro Grandes vendam algumas de suas unidades para outras firmas de contabilidade ou para uma nova atuante no mercado”, disse Choueka.
Uma comissão do governo do Reino Unido que está investigando a crise financeira mundial anteriormente defendera uma investigação sobre as Quatro Grandes, que faturaram 99% dos honorários de auditoria pagos pelas 100 maiores empresas do Reino Unido no ano passado, segundo o OFT. Em 29 de julho, a agência fiscalizadora formulou uma conclusão provisória na investigação.
David Sproul, da Deloitte, e Mark Hamilton, da KPMG, disseram que o mercado de auditoria no país já é competitivo. Para Richard Sexton, da PwC, a rivalidade é “feroz”. Hywel Ball, da E&Y, disse que apoia algumas medidas para ampliar o leque de opções dos clientes, como a eliminação das cláusulas contratuais que limitam a escolha a uma das grandes.
Fonte: Erik Larson Bloomberg, Valor Economico
O órgão antitruste (OFT, em inglês) do Reino Unido, que examina a questão desde 2002, remeteu o assunto na sexta-feira à Comissão de Concorrência para identificar distorções no setor e, possivelmente, impor mudanças. A investigação deverá concentrar-se em KPMG, Deloitte, Ernst & Young e PricewaterhouseCoopers.
“O mercado atendido pelas grandes firmas de auditoria não tem concorrência suficiente e não funciona bem para os clientes”, disse John Fingleton, diretor-executivo do OFT, em comunicado. “É extremamente concentrado, majoritariamente atendido por quatro grandes firmas e os clientes raramente trocam de auditores.”
As grandes firmas de auditoria também poderão ser sujeitas a restrições da União Europeia ao oferecer serviços de consultoria, podendo ser obrigadas a compartilhar trabalhos com rivais de menor porte. O OFT disse que a investigação no Reino Unido complementará a sondagem paralela da UE, com enfoque nas condições de concorrência encontradas especificamente na Grã-Bretanha.
“A natureza, conteúdo e cronograma para a legislação da UE não estão definidos e o OFT acredita haver uma série de contribuições importantes que a Comissão de Concorrência poderá aportar durante o processo legislativo”, disse a OFT no comunicado.
A Comissão de Concorrência precisará de tempo e de informações das quatro firmas durante a investigação, e tem autoridade para impor diversas mudanças no setor, disse Rosemary Choueka, que lidera a equipe de concorrência na UE no escritório de advocacia Lawrence Graham, em Londres.
“Elas podem incluir uma limitação para a duração dos contratos de auditoria ou a regulamentação dos termos desses vínculos contratuais ou até mesmo a exigência de que as Quatro Grandes vendam algumas de suas unidades para outras firmas de contabilidade ou para uma nova atuante no mercado”, disse Choueka.
Uma comissão do governo do Reino Unido que está investigando a crise financeira mundial anteriormente defendera uma investigação sobre as Quatro Grandes, que faturaram 99% dos honorários de auditoria pagos pelas 100 maiores empresas do Reino Unido no ano passado, segundo o OFT. Em 29 de julho, a agência fiscalizadora formulou uma conclusão provisória na investigação.
David Sproul, da Deloitte, e Mark Hamilton, da KPMG, disseram que o mercado de auditoria no país já é competitivo. Para Richard Sexton, da PwC, a rivalidade é “feroz”. Hywel Ball, da E&Y, disse que apoia algumas medidas para ampliar o leque de opções dos clientes, como a eliminação das cláusulas contratuais que limitam a escolha a uma das grandes.
Fonte: Erik Larson Bloomberg, Valor Economico
Leasing
As discussões nos órgãos internacionais de contabilidade sobre as mudanças na forma de registrar as operações de leasing nos balanços passam distante da conhecimento de boa parcela das companhias.
Mais da metade (54%) de um universo de 2,8 mil empresas no mundo não está a par das alterações que estão por vir e que devem revirar a fotografia das suas finanças. É o que aponta um levantamento da firma de auditoria Grant Thornton.
No Brasil, a parcela de desconhecimento sobre as novas regras em estudo sobe para 64% entre 200 companhias pesquisadas. “Isso é preocupante porque, grosso modo, oito entre 10 empresas nacionais tem algum tipo de contrato de leasing”, diz sócio da Nelson Barreto, sócio da Grant Thornton Brasil.
Com a adoção do padrão contábil IFRS, o leasing financeiro – em que há uma opção de compra ou transferência do bem ao final do contrato – passou a gerar registro obrigatório no ativo e no passivo das demonstrações financeiras.
Mas o chamado leasing operacional – sem necessariamente transferência da propriedade – ficou de fora dessa regra e aparece nos balanços apenas como despesa de arrendamento mercantil.
O fim dessa divisão em classes de leasing deve ser aprovado pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, pelas iniciais em inglês). Assim como o financeiro, o arrendamento operacional ganhará registro no balanço patrimonial.
O impacto nos índices de endividamento das companhias será imediato. “Se há o direito de uso, há um ativo, e se há o compromisso de pagar, há um passivo. Esse é o princípio básico”, avalia Guillermo Braunbeck, professor dos cursos de MBA da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeira (Fipecafi).
Segundo estimativa da Securities and Exchange Commission (SEC), que regula o mercado de capitais nos Estados Unidos, a medida traria cerca de US$ 1,25 trilhão de dólares para dentro dos balanços das empresas listadas na bolsa americana.
O padrão que está sendo avaliado segue a máxima de priorizar “a essência sobre a forma”, conceito básico do IFRS. Mas as alterações são complexas e, não por acaso, foram alvo de muitas críticas durante audiência pública internacional sobre o tema.
Segundo a pesquisa da Grant Thornton, 36,8% das companhias que afirmaram ter conhecimento das discussões sobre o leasing não aprovam as mudanças sugeridas, 21,4% não souberam responder e 41,8% concordaram com as alterações.
A grande discussão se dá em torno das exceções que serão toleradas. Segundo Braunbeck, há uma expectativa de que os contratos com menos de 12 meses de vigência que não sejam renováveis escapem da contabilização. O critério temporal, no entanto, não deve ser único, tampouco indiscutível. “Não se pode criar uma outra linha divisória baseada apenas na forma. Isso traria uma contradição para dentro da nova contabilidade”, explica Braunbeck.
O maior impacto das mudanças, segundo 33,2% das companhias, é o aumento nos custos e na complexidade dos relatórios, enquanto apenas 15,4% apontam a melhoria da transparência das informações para os investidores. Para outros 12,4%, o novo padrão altera, principalmente, a maneira de estruturar o financiamento de transações futuras.
Fonte: Marina Falcão, Valor Economico
Mais da metade (54%) de um universo de 2,8 mil empresas no mundo não está a par das alterações que estão por vir e que devem revirar a fotografia das suas finanças. É o que aponta um levantamento da firma de auditoria Grant Thornton.
No Brasil, a parcela de desconhecimento sobre as novas regras em estudo sobe para 64% entre 200 companhias pesquisadas. “Isso é preocupante porque, grosso modo, oito entre 10 empresas nacionais tem algum tipo de contrato de leasing”, diz sócio da Nelson Barreto, sócio da Grant Thornton Brasil.
Com a adoção do padrão contábil IFRS, o leasing financeiro – em que há uma opção de compra ou transferência do bem ao final do contrato – passou a gerar registro obrigatório no ativo e no passivo das demonstrações financeiras.
Mas o chamado leasing operacional – sem necessariamente transferência da propriedade – ficou de fora dessa regra e aparece nos balanços apenas como despesa de arrendamento mercantil.
O fim dessa divisão em classes de leasing deve ser aprovado pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, pelas iniciais em inglês). Assim como o financeiro, o arrendamento operacional ganhará registro no balanço patrimonial.
O impacto nos índices de endividamento das companhias será imediato. “Se há o direito de uso, há um ativo, e se há o compromisso de pagar, há um passivo. Esse é o princípio básico”, avalia Guillermo Braunbeck, professor dos cursos de MBA da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeira (Fipecafi).
Segundo estimativa da Securities and Exchange Commission (SEC), que regula o mercado de capitais nos Estados Unidos, a medida traria cerca de US$ 1,25 trilhão de dólares para dentro dos balanços das empresas listadas na bolsa americana.
O padrão que está sendo avaliado segue a máxima de priorizar “a essência sobre a forma”, conceito básico do IFRS. Mas as alterações são complexas e, não por acaso, foram alvo de muitas críticas durante audiência pública internacional sobre o tema.
Segundo a pesquisa da Grant Thornton, 36,8% das companhias que afirmaram ter conhecimento das discussões sobre o leasing não aprovam as mudanças sugeridas, 21,4% não souberam responder e 41,8% concordaram com as alterações.
A grande discussão se dá em torno das exceções que serão toleradas. Segundo Braunbeck, há uma expectativa de que os contratos com menos de 12 meses de vigência que não sejam renováveis escapem da contabilização. O critério temporal, no entanto, não deve ser único, tampouco indiscutível. “Não se pode criar uma outra linha divisória baseada apenas na forma. Isso traria uma contradição para dentro da nova contabilidade”, explica Braunbeck.
O maior impacto das mudanças, segundo 33,2% das companhias, é o aumento nos custos e na complexidade dos relatórios, enquanto apenas 15,4% apontam a melhoria da transparência das informações para os investidores. Para outros 12,4%, o novo padrão altera, principalmente, a maneira de estruturar o financiamento de transações futuras.
Fonte: Marina Falcão, Valor Economico
29 outubro 2011
Peso dos setores no S&P 500
O Ibovespa é uma carteira teórica de ações, que representa 80% do volume de negócios dos últimos 12 meses.Neste ano, o Ibovespa acumula queda real, em dólares, de mais de 20%. Este dado é relevante, pois a bolsa de valores é um indicador antecedente e é utilizada para a realização de previsões acerca do futuro econômico do pais.No entanto, relatório do Nomura mostra que o Ibovespa representa muito mal a economia brasileira.Há um peso muito grande de bancos e de empresas do setor de minério,petróleo e siderurgia.
Por outro lado, é curioso observar os pesos de cada um dos 10 setores que compõe o índice S&P 500. O setor de tecnologia é atualmente um 1/5 do índice, o que mostra a importância dos movimentos das ações de tecnologia . O financeiro, que estava em 1º lugar antes da crise financeira,reduzido sua participação para 13,41%.
Por outro lado, é curioso observar os pesos de cada um dos 10 setores que compõe o índice S&P 500. O setor de tecnologia é atualmente um 1/5 do índice, o que mostra a importância dos movimentos das ações de tecnologia . O financeiro, que estava em 1º lugar antes da crise financeira,reduzido sua participação para 13,41%.
O quadro abaixo apresenta gráficos, que mostram a ponderação histórica de cada setor, desde 1990. Em cada gráfico, a linha vermelha representa peso médio do setor durante todo o período, tornando mais fácil observar onde cada um está em relação à sua média histórica. Como mostrado, o setor de tecnologia está bem acima da sua média , enquanto o financeiro está abaixo.
Fonte:aqui
28 outubro 2011
Preço de Veículos
Fiz uma análise na tabela de preços de veículos usados do jornal Estado de São Paulo (edição de 23 de outubro de 2011). Nestes cálculos considerei somente o preço de 2011 e o preço de 2007, o último disponibilizado pelo jornal. Somente os automóveis com os dois preços foram considerados nos cálculos abaixo. A amostra totalizou 120 veículos de diferentes marcas e valores. O automóvel de maior preço inicial tem um valor de 270 mil reais para o comprador: um BMW X5 Sport. O de menor preço custa 21.600, um Uno Mile sem muito luxo.
Inicialmente o meu interesse era verificar qual seria a taxa de depreciação mais adequada para este tipo de ativo. Comparando o preço em 2011 e o preço em 2007 teria uma aproximação desta informação. O valor médio obtido foi de 31%. Considerando que temos quatro anos de uso, isto significa uma desvalorização média anual de 7,72%. Isto corresponde a uma vida útil estimada de 13 anos, aproximadamente. (Esta informação deve ser tomada com um certo cuidado, já que existem outros fatores que não foram levados em consideração. Por exemplo, o preço de um automóvel tende a reduzir mais nos primeiros anos. Irei comentar sobre isto em outra postagem)
O problema é que esta taxa sofre muita variação. Um Celta, da Chevrolet, teve uma desvalorização de 16,73% no período de quatro anos, a menor da relação. Já o Accord EX sofreu uma desvalorização de 57%, o que é um valor bastante expressivo. Além disto, a desvalorização também variou conforme a marca. Assim, os automóveis da General Motors desvalorizaram 24% em média, um pouco abaixo da Ford, Fiat e Volkswagen (em torno de 28%), mas distante da Honda (39%). Nesta estatística só considerei as empresas com mais de cinco automóveis na amostra.
Um aspecto interessante é que o valor da desvalorização possui uma relação estatística forte com o preço inicial (R2 = 0,508, vide gráfico a seguir). Ou seja, automóveis mais caros são aqueles que mais se desvalorizam.
Além da correlação, fiz um teste simples para verificar isto. Selecionei os trinta automóveis mais baratos e o trinta com o preço inicial mais elevado. Enquanto os veículos com preços menores sofriam uma desvalorização média de 23,36%, aqueles com maiores preços têm uma perda de 36,26%. Para ter certeza que os valores são diferentes, fiz um teste estatístico bem simples chamado teste de média. O resultado mostrou que realmente os valores são diferentes.
Observe que como o valor médio dos automóveis mais caros é de quase 140 mil reais, a desvalorização adicional, de 18 mil reais, corresponde a quase um automóvel Mille.
A razão para esta perda é fácil de ser explicada: os veículos usados mais caros geralmente não possuem um mercado comprador expressivo. Assim, a diferença na desvalorização pode ser explicada pela baixa liquidez do automóvel mais caro.
Assim, na próxima compra do seu automóvel, pense que um carro de maior preço possui uma perda na desvalorização.
Mentoras para mulheres profissionais
Um levantamento online com 1.000 mulheres profissionais descobriu que uma em cada cinco mulheres nunca teve um mentor profissional, e mais da metade nunca tiveram um mentor do sexo feminino.
A pesquisa, feita pelo site de redes LinkedIn, constatou que ter um mentor é quase universalmente benéfico para mulheres profissionais, e elas dizem que nunca tiveram um porque nunca encontraram alguém adequado.
Alguns estudiosos acreditam que isso pode ser atribuído ao fato de que as mulheres são exigentes e preguiçosas [??!!]. Na realidade, é mais fácil de se relacionar profissionalmente com alguém do mesmo sexo, e os dados mostram que quando existem mentoras, as mulheres estão interessadas em trabalhar com elas, se tiverem a oportunidade.
Quanto mais as mulheres entram para a força de trabalho, maior fica a oferta de mentores do sexo feminino. Apenas 34% das mulheres da geração Baby Boomer dizem ter sido orientadas por uma mulher.
Já a geração X relatou um aumento nas ocorrências de ser orientada por outra mulher, com quase metade recebendo ajuda de um veterano mais experiente do sexo feminino. E pouco mais de metade da safra atual de mulheres de 18 a 29 anos dizem que já trabalharam em estreita colaboração com um colega mais velha do sexo feminino.
E porque existem poucas mentoras? Das mulheres que nunca foram mentoras, 67% dizem que ninguém nunca pediu que fossem. Então, vamos lá, mulherada: vamos aproveitar o benefício de trocar experiência com quem já a tem, para mostrar a nossa força e inteligência para o mundo.
Fonte: Aqui
A pesquisa, feita pelo site de redes LinkedIn, constatou que ter um mentor é quase universalmente benéfico para mulheres profissionais, e elas dizem que nunca tiveram um porque nunca encontraram alguém adequado.
Alguns estudiosos acreditam que isso pode ser atribuído ao fato de que as mulheres são exigentes e preguiçosas [??!!]. Na realidade, é mais fácil de se relacionar profissionalmente com alguém do mesmo sexo, e os dados mostram que quando existem mentoras, as mulheres estão interessadas em trabalhar com elas, se tiverem a oportunidade.
Quanto mais as mulheres entram para a força de trabalho, maior fica a oferta de mentores do sexo feminino. Apenas 34% das mulheres da geração Baby Boomer dizem ter sido orientadas por uma mulher.
Já a geração X relatou um aumento nas ocorrências de ser orientada por outra mulher, com quase metade recebendo ajuda de um veterano mais experiente do sexo feminino. E pouco mais de metade da safra atual de mulheres de 18 a 29 anos dizem que já trabalharam em estreita colaboração com um colega mais velha do sexo feminino.
E porque existem poucas mentoras? Das mulheres que nunca foram mentoras, 67% dizem que ninguém nunca pediu que fossem. Então, vamos lá, mulherada: vamos aproveitar o benefício de trocar experiência com quem já a tem, para mostrar a nossa força e inteligência para o mundo.
Fonte: Aqui
Deseconomias de aglomeração
As aglomerações urbanas e industriais apresentam, de modo geral, uma série de vantagens que atraem novos investimentos empresariais. Elas representam amplos mercados consumidores e oferecem mão-de-obra abundante e qualificada. A base indsutrial instalada em uma determinada região e um diversificado setor comercial oferecem bens e serviços que são demandandos pelas novas empresas. Esse conjunto de vantagens constitui a chamada "economia de algomeração", que explica a expansão das aglomerações urbanas e industriais.
Contudo, a partir de um certo ponto, essas alogmerações passam a aprsentar desvantagens que, do ponto de vista de diversas indústrias, superam as vantagens. Aumentam os custos dos imóveis, a força dos sindicatos gera elevação dos salários, o congestionamento de tráfego amplia os custos dos deslocamentos, as regulamentações municipais geram despesas maiores etc. Essas "deseconomias de aglomeração" ajudam a explicar a chamada " fuga de indústrias" que ocorre em metrópoles de diversos lugares do mundo [1].
Fonte: Demétrio Magnnoli e Regina Araújo. Geografia: a construção do mundo, página 425.
[1] Com o intuito de recuperar a competividade das indústrias, no anos 70, o governo japonês incentivou a descentralização das indústrias para o interior do país.
Contudo, a partir de um certo ponto, essas alogmerações passam a aprsentar desvantagens que, do ponto de vista de diversas indústrias, superam as vantagens. Aumentam os custos dos imóveis, a força dos sindicatos gera elevação dos salários, o congestionamento de tráfego amplia os custos dos deslocamentos, as regulamentações municipais geram despesas maiores etc. Essas "deseconomias de aglomeração" ajudam a explicar a chamada " fuga de indústrias" que ocorre em metrópoles de diversos lugares do mundo [1].
Fonte: Demétrio Magnnoli e Regina Araújo. Geografia: a construção do mundo, página 425.
[1] Com o intuito de recuperar a competividade das indústrias, no anos 70, o governo japonês incentivou a descentralização das indústrias para o interior do país.
Viés da imprensa
O fato de um filme ser criticado por um jornal do mesmo grupo que o produziu afeta a sua crítica? Uma pesquisa recente mostra que isto pode ocorrer ocasionalmente (por exemplo, ocorre com a Fox e os jornais da News Corp, ambos do mesmo grupo). Mas aparentemente não ocorre com a Warner e a Time. Neste caso, a relevância da reputação é um limite para o eventual conflito de interesse.
Esta questão é interessante, pois as empresas de auditoria possuem na reputação um ativo relevante. (No livro de Teoria da Contabilidade, de Niyama e Silva, isto é apresentado) Mas será que a existência de um oligopólio no setor reduz este impacto?
27 outubro 2011
Pesquisa com Auditores
Prezado leitor auditor,
peço a gentileza de contribuir com uma pesquisa sobre o rodízio das empresas de auditoria. Trata-se de uma pesquisa acadêmica, realizada no programa de Doutorado em Ciências Contábeis da UnB/UFPB/UFRN. Não existe resposta certa ou errada e sua participação será de grande valia.
Agradecemos desde já a sua colaboração.
Lílian Perobon Mazer / Antônio Firmino da Silva Neto / César Augusto Tibúrcio Silva
Clique aqui: http://bit.ly/urYXwp
peço a gentileza de contribuir com uma pesquisa sobre o rodízio das empresas de auditoria. Trata-se de uma pesquisa acadêmica, realizada no programa de Doutorado em Ciências Contábeis da UnB/UFPB/UFRN. Não existe resposta certa ou errada e sua participação será de grande valia.
Agradecemos desde já a sua colaboração.
Lílian Perobon Mazer / Antônio Firmino da Silva Neto / César Augusto Tibúrcio Silva
Clique aqui: http://bit.ly/urYXwp
Charles Horngren
Faleceu Charles T. Horngren. Nascido em 1926, Horngren era conhecido pelos livros de contabilidade e de custos. Alguns destes livros foram traduzidos para o português e serviram de objeto de estudo de muitos alunos brasileiros.
Entre os títulos, Horngren estava no Accounting Hall of Fame (1990).
No livro The History of Accounting, Horngren é reconhecido como o mais influente contador de custo e gerencial da segunda metade do século XX. Sua obra Cost Accounting é de 1962.
Horngren apresentou duas ideias importantes para o ensino e prática nos dias de hoje. A primeira é o conceito de que precisamos de "diferentes custos para diferentes propósitos". Isto o levou a desenvolver o conceito de "custos relevantes", que foram a base do ensino de custos nos dias de hoje. O segundo legado é que os sistemas de custos são produtos econômicos sujeitos ao critério de custo-benefício. Isto significa que ao adotar um sistema de custo precisamos confrontar os benefícios das melhores decisões em relação ao custo da informação.
Estas ideias mudaram a visão da contabilidade de custos, de uma "verdade absoluta" para um "produto econômico".
Horngren foi doutor por Chicago (1955), membro do AICPA, do Fasb e FAF. Foi presidente da AAA.
Entre os títulos, Horngren estava no Accounting Hall of Fame (1990).
No livro The History of Accounting, Horngren é reconhecido como o mais influente contador de custo e gerencial da segunda metade do século XX. Sua obra Cost Accounting é de 1962.
Horngren apresentou duas ideias importantes para o ensino e prática nos dias de hoje. A primeira é o conceito de que precisamos de "diferentes custos para diferentes propósitos". Isto o levou a desenvolver o conceito de "custos relevantes", que foram a base do ensino de custos nos dias de hoje. O segundo legado é que os sistemas de custos são produtos econômicos sujeitos ao critério de custo-benefício. Isto significa que ao adotar um sistema de custo precisamos confrontar os benefícios das melhores decisões em relação ao custo da informação.
Estas ideias mudaram a visão da contabilidade de custos, de uma "verdade absoluta" para um "produto econômico".
Horngren foi doutor por Chicago (1955), membro do AICPA, do Fasb e FAF. Foi presidente da AAA.
Teste 530
É de se esperar que façamos o teste sobre assunto que conhecemos. Este teste é diferente, pois trata de uma área que, confesso, sou leigo: a contabilização de operações no setor público. Mas estou com a expectativa que algum leitor (Diana, C Cruz, Romildo, ...) saberá solucionar o teste (ou propor uma solução). Vamos lá.
Conforme publicado no dia 24 de outubro neste blog:
(...) o governo de Alagoas, que descontava os empréstimos consignados da folha dos seus funcionários, mas não repassava as instituições financeiras.
Como seria a contabilização no governo de Alagoas:
a) no momento do desconto do empréstimo consignado
b) no (não) repasse do dinheiro para instituição financeira
c) na transformação da dívida em precatório judicial
Resposta do Anterior: a) a rigor deveria ser “a pior DRE da sua história”; b) a depreciação seria de cerca de 3 milhões de euros, para um déficit de 95,4 milhões. Provavelmente deve existir outro motivo; c) D - Prejuízo Acumulado; C - Resultado do Exercício, no valor de 95,4 milhões e D - Bancos; C - Capital. no valor de 120 milhões.
Links
Mercado financeiro
Maiores empresas de energia do mundo
O significado do valor para os acionistas
História em gráfico das 500 maiores empresas da Fortune
Recompra de ações
Crise européia: gráfico
O papel dos bancos nos países emergentes
Contabilidade
Patente do Viagra foi extendida por mais oito anos
Os problemas da proposta do IASB para pensões
Crime
90% do corpo humano dos banqueiros tem origem bacteriana
Executivos acusados de evasão de divisas
Panamericano buscou políticos para salvação
Rússia: Não pagou imposto, bloqueia o uso do toilete
Arte e Beleza
Replica em palito da Igreja Sagrada Família (Barcelona)
Qual a renda mediana de uma modelo nos EUA? 27 mil dólares
Retrato de Jobs com 3500 maçãs
Bandeiras de diversos países usando comida
Tudo se copia: Kill Bill (vídeo)
Ciência
A correlação entre obesidade e endividamento
Universidade de Yale segue Harvard e ganha 22% (ou 19 bilhões)
Todos os números chegam a um
Crianças que dormem cedo e acordam cedo provavelmente são menos obesas
Após um desastre natural, aumentam as chances de terrorismo
Estatais e a Lei das S. A.
O governo quer enquadrar todas as 147 estatais na Lei das Sociedades Anônimas (S.A.), que impõe regras de controle e governança mais rígidas. A ordem é criar condições para que elas se tornem mais eficientes e sejam instrumentos de política pública, investindo mais no país. São alvos imediatos das mudanças estatais como Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), as Companhias Docas, Valec, Conab e Infraero - que comandam investimentos bilionários em aeroportos, grandes ferrovias, dragagem e ampliação de portos de Norte a Sul, transporte urbano de massa (metrôs, trens, trens elétricos) e a construção de armazéns para melhorar a capacidade de estocagem e reduzir custos de produção.
Regras de mercado
Atualmente, apenas dois grupos, considerando o conjunto de subsidiárias, investem em peso no país: Petrobras, que responde por 90% de todos os investimentos das estatais, e Eletrobras. O governo quer que todas deem sua cota, indo além dos projetos que cada uma comanda dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Mesmo aquelas que já seguem a Lei das S.A. e são de economia mista, como Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil (BB), terão de passar por pequenos ajustes e adotar um marco jurídico padrão - o que inclui estatuto, regras claras de comando, normas de responsabilização de dirigentes, avaliação de desempenho, divulgação de salários, entre outras medidas.
A Caixa Econômica Federal, empresa fechada e totalmente estatal, que já segue as regras do Banco Central (BC), será obrigada a dar maior publicidade aos atos de seus dirigentes, além do balanço que já é divulgado.
Novas regras para contratar e punições
As mudanças constam de um projeto de lei, elaborado em 2009 pelas pastas do Planejamento e da Casa Civil, mas adiado no ano passado devido às eleições. Agora, a equipe da presidente Dilma Rousseff quer colocá-lo em prática, dentro da concepção de que estatal é importante para o país, mas tem que dar resultado e investir.
(...)
O primeiro passo da futura legislação será eliminar a natureza jurídica de fundação, autarquia ou departamento e transformar as estatais em empresas de fato, explicou uma fonte. Os outros vão no sentido de dar a essas empresas condições de se tornarem mais eficientes, com mudanças drásticas na gestão.
Cada uma terá de adotar uma cadeia de comando mais clara, com funções e regras bem definidas para cada ponto da estrutura (presidente, diretoria, Conselho de Administração, conselho fiscal, assembleia de acionistas), inclusive com punições: dirigentes passarão a responder individualmente por atos irregulares, ou seja, pelo seu CPF.
Com a mudança, por exemplo, as nomeações feitas pelo presidente da empresa terão que ser aprovadas pelo Conselho de Administração, que é corresponsável; a remuneração dos diretores não poderá ser mais um ato do ministro ao qual a estatal é subordinada, mas os valores terão que ser aprovados pela assembleia de acionistas.
Balanço, auditoria e metas serão exigidos
A publicação dos balanços será obrigatória, bem como a aprovação de um plano de auditoria independente, que avalia se todos os atos estão dentro das normas previstas. A proposta determina também a divulgação de informações completas sobre todos os contratos das companhias em meio eletrônico. Serão fixadas ainda metas de produtividade e redução de custos.
O projeto de lei incorpora algumas das exigências de duas resoluções baixadas no início deste ano pela Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR): a redução do poder do presidente da empresa e o fortalecimento do Conselho de Administração (ele não pode acumular a função de presidente do conselho, nem interinamente); a avaliação de desempenho da diretoria e a divulgação, nas demonstrações financeiras dos balanços, dos valores da maior e da menor remuneração dos funcionários e dirigentes.
Por outro lado, as estatais deverão ganhar mais autonomia para executar orçamentos, ampliar serviços e quadro de pessoal, por exemplo, sem ter de passar pela aprovação de várias instâncias. A Caixa, por exemplo, enfrenta dificuldades para modernizar o sistema de informática (tudo tem que passar pela Lei de Licitações, a 8.666).
- Nem tudo precisa ser autorizado por decreto presidencial - explicou a fonte.
Para ganhar tempo, a Casa Civil avalia aproveitar um projeto do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-PB), que regulamenta o artigo 173 da Constituição e que trata das estatais. A ideia é aproveitar esse projeto, considerado fraco pelo governo, para incluir as medidas de maior controle.
Enquanto isso, o governo vem fazendo uma minirreforma nas estatais. O exemplo são os Correios, cujo estatuto foi reformulado recentemente, ganhando poderes para competir melhor no mercado (criar subsidiárias e comprar participações em empresas), financiar projetos de infraestrutura, como o trem-bala, e receber autorização para contratar fora dos quadros.
A Infraero caminha na mesma direção, com vistas à abertura de capital. O mesmo já foi adotado com o IRB, que enfrenta forte concorrência internacional no mercado de resseguros.
Fonte: Publicado pelo blog Informação Contábil
Regras de mercado
Atualmente, apenas dois grupos, considerando o conjunto de subsidiárias, investem em peso no país: Petrobras, que responde por 90% de todos os investimentos das estatais, e Eletrobras. O governo quer que todas deem sua cota, indo além dos projetos que cada uma comanda dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Mesmo aquelas que já seguem a Lei das S.A. e são de economia mista, como Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil (BB), terão de passar por pequenos ajustes e adotar um marco jurídico padrão - o que inclui estatuto, regras claras de comando, normas de responsabilização de dirigentes, avaliação de desempenho, divulgação de salários, entre outras medidas.
A Caixa Econômica Federal, empresa fechada e totalmente estatal, que já segue as regras do Banco Central (BC), será obrigada a dar maior publicidade aos atos de seus dirigentes, além do balanço que já é divulgado.
Novas regras para contratar e punições
As mudanças constam de um projeto de lei, elaborado em 2009 pelas pastas do Planejamento e da Casa Civil, mas adiado no ano passado devido às eleições. Agora, a equipe da presidente Dilma Rousseff quer colocá-lo em prática, dentro da concepção de que estatal é importante para o país, mas tem que dar resultado e investir.
(...)
O primeiro passo da futura legislação será eliminar a natureza jurídica de fundação, autarquia ou departamento e transformar as estatais em empresas de fato, explicou uma fonte. Os outros vão no sentido de dar a essas empresas condições de se tornarem mais eficientes, com mudanças drásticas na gestão.
Cada uma terá de adotar uma cadeia de comando mais clara, com funções e regras bem definidas para cada ponto da estrutura (presidente, diretoria, Conselho de Administração, conselho fiscal, assembleia de acionistas), inclusive com punições: dirigentes passarão a responder individualmente por atos irregulares, ou seja, pelo seu CPF.
Com a mudança, por exemplo, as nomeações feitas pelo presidente da empresa terão que ser aprovadas pelo Conselho de Administração, que é corresponsável; a remuneração dos diretores não poderá ser mais um ato do ministro ao qual a estatal é subordinada, mas os valores terão que ser aprovados pela assembleia de acionistas.
Balanço, auditoria e metas serão exigidos
A publicação dos balanços será obrigatória, bem como a aprovação de um plano de auditoria independente, que avalia se todos os atos estão dentro das normas previstas. A proposta determina também a divulgação de informações completas sobre todos os contratos das companhias em meio eletrônico. Serão fixadas ainda metas de produtividade e redução de custos.
O projeto de lei incorpora algumas das exigências de duas resoluções baixadas no início deste ano pela Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR): a redução do poder do presidente da empresa e o fortalecimento do Conselho de Administração (ele não pode acumular a função de presidente do conselho, nem interinamente); a avaliação de desempenho da diretoria e a divulgação, nas demonstrações financeiras dos balanços, dos valores da maior e da menor remuneração dos funcionários e dirigentes.
Por outro lado, as estatais deverão ganhar mais autonomia para executar orçamentos, ampliar serviços e quadro de pessoal, por exemplo, sem ter de passar pela aprovação de várias instâncias. A Caixa, por exemplo, enfrenta dificuldades para modernizar o sistema de informática (tudo tem que passar pela Lei de Licitações, a 8.666).
- Nem tudo precisa ser autorizado por decreto presidencial - explicou a fonte.
Para ganhar tempo, a Casa Civil avalia aproveitar um projeto do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-PB), que regulamenta o artigo 173 da Constituição e que trata das estatais. A ideia é aproveitar esse projeto, considerado fraco pelo governo, para incluir as medidas de maior controle.
Enquanto isso, o governo vem fazendo uma minirreforma nas estatais. O exemplo são os Correios, cujo estatuto foi reformulado recentemente, ganhando poderes para competir melhor no mercado (criar subsidiárias e comprar participações em empresas), financiar projetos de infraestrutura, como o trem-bala, e receber autorização para contratar fora dos quadros.
A Infraero caminha na mesma direção, com vistas à abertura de capital. O mesmo já foi adotado com o IRB, que enfrenta forte concorrência internacional no mercado de resseguros.
Fonte: Publicado pelo blog Informação Contábil
Divulgação de informações não-financeiras
Durante as últimas duas décadas, o aumento da divulgação de informações não- financeiras é nítido e exponencial.Uma das razões para o crescimento na divulgação dessas é que, o percentual do valor de mercado de uma empresa, do S&P 500 , que pode ser atribuído aos ativos tangíveis, caiu de 80% ,em 1975, para menos de 20% em 2009.
Várias empresas já estão divulgando informações não- financeiras de forma mais robusta. De acordo com CorporateRegister.com, um banco de dados com mais de 35.000 relatórios de 8.220 diferentes empresas em 168 países. Em 2010, quase 5.400 relatórios divulgaram informações sobre sustentabilidade e outros não financeiras. No entanto, não nenhuma estrutura de divulgação de informações não-financeiras foi criado pelo IASB ou FASB.
O Global Reporting Initiative’s (GRI), mais conhecido como G3, é um dos modelos mais utilizados para a divulgação voluntária de informações não - financeiras.O G3 fornece orientações sobre elaboração de relatórios sobre desempenho econômico, ambiental e social. As diretrizes são projetados para uso por qualquer tipo de organização, independentemente do tamanho, localização ou setor. Além de inciativas para divulgação de forma voluntária, já existem outras voltadas para o desenvolvimento de relatórios mais rigorosos e sistemáticos de divulgação de informações não-financeiras.
Por exemplo, a África do Sul obrigou a divulgação de relatórios integrados, que combinam informações sobre o desempenho financeiro da empresa com informações sobre desempenho não-financeiro . Em 2010, a Johannesburg Stock Exchange (JSE), divulgou a King III recommendations, alterando a lista de regras para cerca de 450 empresas listadas na bolsa. A partir dessa data,no lugar relatório financeiro anual e relatório de sustentabilidade ,as empresas são obrigadas a produzir um relatório integrado ou explicar por que não fizeram isso.
Um dos entraves para a ampla aceitação e uso de informações não-financeiras por parte de investidores é a falta de normas e de framework robustos. Normas trariam consistência à comunicação e permitiriam a comparabilidade da informação, pelo menos dentro de setores. Além disso, a norma seria uma referência na qual os relatórios poderiam ser avaliados.
Desde 2008, pelo menos 18 organizações emitiram frameworks e orientações para relatórios não-financeiros .Esse número de modelos cria uma percepção de frameworks concorrentes e causa confusão no mercado sobre qual deve ser utilizado. Uma iniciativa que pode levar a convergência desses frameworks, é semelhante a integração que ocorre entre as IFRS e o USGAAP, é o International Integrated Reporting Committee (IIRC).
Várias empresas já estão divulgando informações não- financeiras de forma mais robusta. De acordo com CorporateRegister.com, um banco de dados com mais de 35.000 relatórios de 8.220 diferentes empresas em 168 países. Em 2010, quase 5.400 relatórios divulgaram informações sobre sustentabilidade e outros não financeiras. No entanto, não nenhuma estrutura de divulgação de informações não-financeiras foi criado pelo IASB ou FASB.
O Global Reporting Initiative’s (GRI), mais conhecido como G3, é um dos modelos mais utilizados para a divulgação voluntária de informações não - financeiras.O G3 fornece orientações sobre elaboração de relatórios sobre desempenho econômico, ambiental e social. As diretrizes são projetados para uso por qualquer tipo de organização, independentemente do tamanho, localização ou setor. Além de inciativas para divulgação de forma voluntária, já existem outras voltadas para o desenvolvimento de relatórios mais rigorosos e sistemáticos de divulgação de informações não-financeiras.
Por exemplo, a África do Sul obrigou a divulgação de relatórios integrados, que combinam informações sobre o desempenho financeiro da empresa com informações sobre desempenho não-financeiro . Em 2010, a Johannesburg Stock Exchange (JSE), divulgou a King III recommendations, alterando a lista de regras para cerca de 450 empresas listadas na bolsa. A partir dessa data,no lugar relatório financeiro anual e relatório de sustentabilidade ,as empresas são obrigadas a produzir um relatório integrado ou explicar por que não fizeram isso.
Um dos entraves para a ampla aceitação e uso de informações não-financeiras por parte de investidores é a falta de normas e de framework robustos. Normas trariam consistência à comunicação e permitiriam a comparabilidade da informação, pelo menos dentro de setores. Além disso, a norma seria uma referência na qual os relatórios poderiam ser avaliados.
Desde 2008, pelo menos 18 organizações emitiram frameworks e orientações para relatórios não-financeiros .Esse número de modelos cria uma percepção de frameworks concorrentes e causa confusão no mercado sobre qual deve ser utilizado. Uma iniciativa que pode levar a convergência desses frameworks, é semelhante a integração que ocorre entre as IFRS e o USGAAP, é o International Integrated Reporting Committee (IIRC).
Derivativos de condições climáticas
A Bombardier Inc., sedida em Montreal e fabricante de moto-esqui, veículo para viagem sobre o gelo, sempre tentou controlar os riscos. Entretanto, os lucros desse tipo de veículo dependem de um risco que, notoriamente, é difícil de controlar: as condições climáticas. Os primeiros sinais de inverno rigoroso e com neve conduzem a uma venda rápida, enquanto temperaturas mais quentes formça a Bombardier a reduzir os preços para desovar o excesso de estoque.
Já que a Bombardier não pode mudar as condições climáticas, fez o melhor que pôde para administrar seus risco relativos a essas condições. Por exemplo, recentemente, a empresa ofereceu um desconto de 1000 dólares para os compradores de moto-esqui, em 16 cidades do meio oeste, se a quantidade de neve naquele inverno fosse menor que a metade da média da queda de neve durate os 3 anos anteriores. O desconto teve um efeito forte e positivo sobre as vendas - naquelas 16 cidades, a Bombardier experimentou um aumento de 38% acima das vendas de suas motos-esqui Ski-Doo no ano anterior.
Além disso, a Bombardier deu outro importante passo para restringir seus riscos - ela comprou opções de quantidade de neve da Enron Corporation, importante forncedor de gás natural. Para cada moto-esqui vendidade, a empresa pagou à Enron entre 45 e 400 dólares, dependedo da cidade na qual os veículos foram comprados. Por sua vez a Enron reembolsou totalmente a Bombardier todas as vezes que teve de dar ao clinte um desconto de 1000 dólares.
Essas opções de quantidade de neve são apenas um exemplo de derivativos de condições climáticas, um mercado pequeno que a Enron ajudou a desenvolver, mas que está crescendo rapidamente. Até pouco tempo,os derivativos de condições atmosféricas eram negociados negociados exclusivamente no mercado de balcão, e os participantes eram principalmente as empresas de eletricidade e de gás cujos lucros sofreriam se houvesse um vrão ou inverno mais brando que o esperado. Só recentemente, no entanto, a Bolsa de Mercantil de Chicago estabeleceu os primeiro contratos futuros embasados em condições climáticas. Esses contratos foram lastreados na temperatura média mensal de quatro cidades dos EUA: Atlanta, Chicago, Cincinatti e Nova York..
De modo semelhant a todos os contratos futuros, cada contrato de condições climáticas tem um comprador e um vendendor. Um lado aposta que as temperaturas mensais serão mais altas que as esperadas, enquanto o outro lado aposta que as condições atmosféricas serão relativamente mais severas. Por exemplo, um fabricante de sorvete sediado em Atlanta pode comprar um contrato de derivativo de condições climáticas totalmente rentável se as temperaturas do verão em Atlanta forem mais baixas que o esperado. Ao fazer isso, os lucros de sua posição do derivativo de condições atmosféricas servem para compensar o declínio ns vendas de sorvete por causa das temperaturas mais baixas.
A resposta inicial da Bolsa Mercantil de Chicago foi indiferente.Porém, os executivos dessa Bolsa estimama que 20% da economia dos EUA é sensível às condições atmosféricas e esperam negociar esses contratos, ao longo do tempo, aumentar mais o conhecimento que as empresas têm sobre eles.
Já que a Bombardier não pode mudar as condições climáticas, fez o melhor que pôde para administrar seus risco relativos a essas condições. Por exemplo, recentemente, a empresa ofereceu um desconto de 1000 dólares para os compradores de moto-esqui, em 16 cidades do meio oeste, se a quantidade de neve naquele inverno fosse menor que a metade da média da queda de neve durate os 3 anos anteriores. O desconto teve um efeito forte e positivo sobre as vendas - naquelas 16 cidades, a Bombardier experimentou um aumento de 38% acima das vendas de suas motos-esqui Ski-Doo no ano anterior.
Além disso, a Bombardier deu outro importante passo para restringir seus riscos - ela comprou opções de quantidade de neve da Enron Corporation, importante forncedor de gás natural. Para cada moto-esqui vendidade, a empresa pagou à Enron entre 45 e 400 dólares, dependedo da cidade na qual os veículos foram comprados. Por sua vez a Enron reembolsou totalmente a Bombardier todas as vezes que teve de dar ao clinte um desconto de 1000 dólares.
Essas opções de quantidade de neve são apenas um exemplo de derivativos de condições climáticas, um mercado pequeno que a Enron ajudou a desenvolver, mas que está crescendo rapidamente. Até pouco tempo,os derivativos de condições atmosféricas eram negociados negociados exclusivamente no mercado de balcão, e os participantes eram principalmente as empresas de eletricidade e de gás cujos lucros sofreriam se houvesse um vrão ou inverno mais brando que o esperado. Só recentemente, no entanto, a Bolsa de Mercantil de Chicago estabeleceu os primeiro contratos futuros embasados em condições climáticas. Esses contratos foram lastreados na temperatura média mensal de quatro cidades dos EUA: Atlanta, Chicago, Cincinatti e Nova York..
De modo semelhant a todos os contratos futuros, cada contrato de condições climáticas tem um comprador e um vendendor. Um lado aposta que as temperaturas mensais serão mais altas que as esperadas, enquanto o outro lado aposta que as condições atmosféricas serão relativamente mais severas. Por exemplo, um fabricante de sorvete sediado em Atlanta pode comprar um contrato de derivativo de condições climáticas totalmente rentável se as temperaturas do verão em Atlanta forem mais baixas que o esperado. Ao fazer isso, os lucros de sua posição do derivativo de condições atmosféricas servem para compensar o declínio ns vendas de sorvete por causa das temperaturas mais baixas.
A resposta inicial da Bolsa Mercantil de Chicago foi indiferente.Porém, os executivos dessa Bolsa estimama que 20% da economia dos EUA é sensível às condições atmosféricas e esperam negociar esses contratos, ao longo do tempo, aumentar mais o conhecimento que as empresas têm sobre eles.
Fonte: Mark Golden e Ed Silliere, Wheather Derivatives Are Becoming a Popular Hedge, The Wall Street Journal, pp.B9A,2 fev. 1999.
CEO's envolvidos em fraude
Neste último mês, notícias de que CEOS de grandes companhias estariam envolvidos em corrupção, como desvio de dinheiro, foram recorrentes.
No início de outubro, Adilson Primo, ex-CEO da Siemens no Brasil, foi demitido por ser suspeito de desviar 6 milhões de euros da empresa.
Ernst Lieb, da ex-CEO da Mercedes-Benz nos Estados Unidos, também é investigado por usar dinheiro do caixa da empresa para pagar despesas pessoais, como a compra de uma casa.
Neste mês também, o ex-presidente do PanAmericano, Rafael Palladino, voltou a ser notícia na mídia. Isso porque, a Justiça bloqueou bens que o executivo possivelmente adquiriu com dinheiro desviado da instituição.
Rafael Palladino – ex-PanAmericano
Desde o final do de 2010, Rafael Palladino, ex-presidente do Banco PanAmericano, é suspeito de ter desviado cerca de 77 milhões de reais em três anos, desde 2008.No início de outubro, Adilson Primo, ex-CEO da Siemens no Brasil, foi demitido por ser suspeito de desviar 6 milhões de euros da empresa.
Ernst Lieb, da ex-CEO da Mercedes-Benz nos Estados Unidos, também é investigado por usar dinheiro do caixa da empresa para pagar despesas pessoais, como a compra de uma casa.
Neste mês também, o ex-presidente do PanAmericano, Rafael Palladino, voltou a ser notícia na mídia. Isso porque, a Justiça bloqueou bens que o executivo possivelmente adquiriu com dinheiro desviado da instituição.
Rafael Palladino – ex-PanAmericano
O empresário é agora investigado pela Justiça por ter usado a quantia na compra de imóveis e outros bens, como embarcações e carros de luxo. Há a possibilidade também de Palladino usar empresas laranja para lavagem de dinheiro.
Depois do escândalo, que envolveu também uma fraude contábil que gerou um rombo de 4,3 bilhões de reais, o banco do Silvio Santos foi vendido ao BTG Pactual, de André Esteves. O grupo, desde então anda na corda bamba e precisou de desfazer de outros ativos para superar a crise.
Adilson Primo – ex-Siemens
O ex-CEO da Siemens no Brasil, Adilson Primo, foi demitido da companhia no início do mês. Primo é investigado de participar de um esquema de corrupção que envolve outros executivos da companhia no mundo.
Segundo informações publicada na imprensa internacional, o ex-CEO brasileiro pode ter desviado até 6 milhões de euros da Simens antes de 2007. Ele se defende, no entanto, negando o desvio de dinheiro.
Ernst Lieb – ex-Mercedes-Benz
O ex-CEO da Mercedes-Benz nos Estados Unidos, Ernst Lieb, sempre foi visto com bons olhos pelos demais executivos da companhia. É atribuído a ele, por exemplo, o mérito de colocar a montadora alemã entre as maiores do segmento luxo no mercado americano.
Mas, na última semana, Lieb foi demitido do cargo por ser suspeito de usar o caixa da Mercedes para pagar despesas pessoais. Uma das façanhas do executivo foi ter comprado uma casa com dinheiro da companhia.
O executivo era investigado pela Daimler, controladora da Mercedes, desde o ano passado.
Tsuyoshi Kikukawa – Olympus
Há duas semanas, a notícia de que Michael Woodford, ex-CEO da Olympus, tinha sido demitido após 15 dias no cargo causou grande comoção no mercado. Sem dar muitas explicações, a companhia apenas disse que o desligamento tinha a ver com conflitos de gestão, pois o executivo não respeitava a cultura da empresa japonesa.
Dias depois, no entanto, a verdade veio à tona e a demissão de Woodford passou a fazer mais sentido. O fato é que o executivo descobriu irregularidades dentro da Olympus e o conselho administrativo da companhia resolveu então afastá-lo.
Alguns executivos da casa, como Tsuyoshi Kikukawa, presidente do conselho de administração, estão sendo investigados por uma alta comissão paga a consultoria que esteva à frente das negociações entre a Olympus e a Gyrus, em 2008.
Woodford de vilão voltou a ser o mocinho da história e agora até o FBI está envolvido no caso.
Gerentes com má conduta, da Novartis
Em maio deste ano, a Novartis demitiu vários de seus gerentes por má conduta. A decisão foi anunciada por Joe Jimenez, CEO da empresa.
Em um breve comunicado, na ocasião, a farmacêutica suíça afirmou que não iria tolerar comportamento incompatível com os valores e normas da companhia.
A Novartis, no entanto, não divulgou até hoje o número de funcionários envolvidos no caso, nem os motivos reais das demissões.
Fonte: Daniela Barbosa, Exame.com
Custos
Enquanto muitas fábricas americanas e europeias transferiram a produção para países com mão de obra barata na Ásia e na América Latina nos últimos anos, a gigante industrial britânica Rolls-Royce PLC foi na direção contrária. A empresa é atraída para locais com altos salários. (...)
A Rolls-Royce aposta que seus cérebros podem se equiparar aos músculos de competidores de baixo-custo. Mas a expansão agressiva da fabricante de turbinas enfrenta uma ameaça crescente. A empresa está com dificuldades para manter empregados altamente qualificados. Mesmo pagando muito bem, a Rolls-Royce tem de disputar talentos com muitos empregadores, entre bancos e empresas de software, muitos dos quais pagam até melhor. (...)
Investir em treinamento e ao mesmo tempo controlar os custos "é como andar numa corda bamba", disse o diretor-presidente, John Rishton, em entrevista recente. "Enfrentamos esses problemas a todo momento."
(...) a empresa está entre um pequeno grupo de companhias, incluindo a Whirlpool Corp. e a Caterpillar Inc., que está levando cargos qualificados de volta à matriz ou mantendo em países ocidentais. A maioria desses fabricantes dá ênfase ao know-how e à eficiência de produção em vez do custo trabalhista.
Fabricar em casa evita um crescente problema para a maioria das grandes empresas na China e em outros mercados em desenvolvimento: a proteção da propriedade intelectual.
(...) em 4 de novembro do ano passado, quando uma turbina da Rolls-Royce em um Airbus A380 explodiu num voo saindo de Cingapura. O superjumbo da Qantas Airways, com 466 pessoas a bordo, pousou sem problemas. Investigadores colocaram a culpa num pequeno defeito de fabricação. Um porta-voz da Rolls-Royce disse que "as lições foram aprendidas" e destacou que um incidente como esse ocorreu pela última vez em uma de suas turbinas em 1994. A Rolls-Royce informou que o incidente custou US$ 88,5 milhões.
Para ampliar sua competitividade, a Rolls-Royce está aumentando tanto a eficiência de suas fábricas como o valor de seus produtos. Na Noruega, por exemplo, a divisão marítima da Rolls-Royce está buscando oportunidades lucrativas na indústria de petróleo em alto mar, que precisa cada vez mais de equipamentos avançados para ajudar a encontrar e extrair petróleo escondido em águas ultra-profundas. (...)
Rolls-Royce vai contra a maré e prefere países de alto custo - Por DANIEL MICHAELS de Alesund, Noruega - Wall street Journal - 24 out 2011
KPMG
(...) No mês passado, veio à tona que a Comissão Europeia está preparando novas e duras regras para tornar as auditorias mais independentes de seus clientes. Bruxelas está "cutucando" as firmas de auditoria supostamente por elas não terem conseguido alertar os investidores para o colapso do setor bancário, que começou em 2007.
Mais notavelmente, Bruxelas está flertando com a ideia de proibir as firmas de auditoria de prestar serviços extras de consultoria para seus clientes - por exemplo, em tributação -, ao mesmo tempo em autenticam sua contabilidade. Bruxelas poderá até mesmo obrigar grandes redes de auditoria a se dividir em firmas independentes de auditoria e de consultoria.
No Reino Unido, por outro lado, as agências regulamentadoras de concorrência estão investigando o predomínio das Quatro Grandes no mercado de auditoria. A regulamentação está sendo apertada também nos EUA.
Qualificando a posição da Comissão Europeia como uma "surpresa total", Andrews insiste em que a KPMG manterá juntas suas atividades de auditoria e de consultoria, mesmo que isso signifique abandonar oportunidades de trabalho. Não é de surpreeender que ele defenda mudanças mais superficiais, como fazer com que agências regulamentadoras e auditorias conversem mais entre si.
Ele nega que as quatro grandes estejam pagando por sua recusa arrogante a fazer concessões às agências competentes: "Eu não acho que haja arrogância. Acho que estamos muito abertos a discussões em torno de mudanças."
Mas seu apoio, mesmo a pequenas reformas, pode parecer relutante. Ele diz que os critérios de divulgação e transparência nos relatórios de auditoria podem ser melhorados, mas Andrews é bastante seletivo sobre quais informações adicionais são necessárias: "Nós só não queremos algum modelo repleto de 'disclaimers'."
Na mesma veia, um eventual mea culpa relacionada à crise financeira, que vitimou, entre outras, a New Century Financial, a Countrywide Financial e a HBOS, todas auditadas pela KPMG, limita-se à observação de que a KPMG, como outras auditorias, poderia ter feito mais para alertar as pessoas para níveis perigosos de endividamento.
KPMG faz da Ásia seu diferencial para ganhar espaço das rivais Por Adam Jones | Financial Times, de Londres - Publicado no Valor Econômico - 25 out 2011
Mais notavelmente, Bruxelas está flertando com a ideia de proibir as firmas de auditoria de prestar serviços extras de consultoria para seus clientes - por exemplo, em tributação -, ao mesmo tempo em autenticam sua contabilidade. Bruxelas poderá até mesmo obrigar grandes redes de auditoria a se dividir em firmas independentes de auditoria e de consultoria.
No Reino Unido, por outro lado, as agências regulamentadoras de concorrência estão investigando o predomínio das Quatro Grandes no mercado de auditoria. A regulamentação está sendo apertada também nos EUA.
Qualificando a posição da Comissão Europeia como uma "surpresa total", Andrews insiste em que a KPMG manterá juntas suas atividades de auditoria e de consultoria, mesmo que isso signifique abandonar oportunidades de trabalho. Não é de surpreeender que ele defenda mudanças mais superficiais, como fazer com que agências regulamentadoras e auditorias conversem mais entre si.
Ele nega que as quatro grandes estejam pagando por sua recusa arrogante a fazer concessões às agências competentes: "Eu não acho que haja arrogância. Acho que estamos muito abertos a discussões em torno de mudanças."
Mas seu apoio, mesmo a pequenas reformas, pode parecer relutante. Ele diz que os critérios de divulgação e transparência nos relatórios de auditoria podem ser melhorados, mas Andrews é bastante seletivo sobre quais informações adicionais são necessárias: "Nós só não queremos algum modelo repleto de 'disclaimers'."
Na mesma veia, um eventual mea culpa relacionada à crise financeira, que vitimou, entre outras, a New Century Financial, a Countrywide Financial e a HBOS, todas auditadas pela KPMG, limita-se à observação de que a KPMG, como outras auditorias, poderia ter feito mais para alertar as pessoas para níveis perigosos de endividamento.
KPMG faz da Ásia seu diferencial para ganhar espaço das rivais Por Adam Jones | Financial Times, de Londres - Publicado no Valor Econômico - 25 out 2011
Groupon
O gráfico abaixo mostra a receita de empresas de tecnologia selecionadas nos primeiros anos de atuação. (Fonte: Felix Salmon). De vermelho, o desempenho do Groupon, que obteve o maior aumento na receita no primeiro ano de atuação.
É preciso tomar cuidado para não fazer conclusões apressadas, pois o Google, por exemplo, foi criado num outro período de tempo. Ademais, as empresas apresentadas sofrem o viés de sobrevivência; ou seja, Salmon só considerou as empresas que sobreviveram ao teste do tempo.
26 outubro 2011
Eficiência energética da computação
Em 1975 Gordon Moore, co-fundador da Intel, estimou que os circuitos integrados, mais conhecidos como chips de silício, seguiam uma lei:desde de 1958,a densidade de cada chip dobra a cada dois anos. Em termos práticos, o resultado é que o desempenho de computadores pessoais dobra a cada 18 meses, isso ocorre há décadas, essa previsão é comumente conhecida como Lei de Moore.Como os computadores se tornaram dispositivos móveis, seus usuários estão cada vez mais preocupados com a vida da bateria, bem como o desempenho.
Não obstante, Jonathan Koomey e seus colegas da Universidade de Stanford, descobriram algo mais profundo acerca da eficiência energética da computação. Os pesquisadores afirmam que eficiência eléctrica da computação tem dobrado a cada 1,6 ano desde meados dos anos 1940. "Isso significa que para uma quantidade fixa de força computacional, a necessidade de capacidade da bateria cairá pela metade a cada 1,6 ano", observa Dr. Koomey. Esta tendência, diz ele, "é um bom sinal para o crescimento explosivo da computação móvel, sensores e controles." Alguns pesquisadores já estão construindo dispositivos que funcionam com energia "ambiente" proveniente de luz, calor, vibração, ou transmissores de TV. Como a eficiência energética da computação continua a melhorar, esta abordagem torna-se mais comum. Inevitavelmente, os observadores da indústria já estão chamando esta nova descoberta de Lei de Koomey.
Veja a regressão :
Fonte: aqui
Não obstante, Jonathan Koomey e seus colegas da Universidade de Stanford, descobriram algo mais profundo acerca da eficiência energética da computação. Os pesquisadores afirmam que eficiência eléctrica da computação tem dobrado a cada 1,6 ano desde meados dos anos 1940. "Isso significa que para uma quantidade fixa de força computacional, a necessidade de capacidade da bateria cairá pela metade a cada 1,6 ano", observa Dr. Koomey. Esta tendência, diz ele, "é um bom sinal para o crescimento explosivo da computação móvel, sensores e controles." Alguns pesquisadores já estão construindo dispositivos que funcionam com energia "ambiente" proveniente de luz, calor, vibração, ou transmissores de TV. Como a eficiência energética da computação continua a melhorar, esta abordagem torna-se mais comum. Inevitavelmente, os observadores da indústria já estão chamando esta nova descoberta de Lei de Koomey.
Veja a regressão :
Fonte: aqui
Getty Images
A Getty Images é a empresa com o maior acervo de fotos do mundo - possuindo direitos sobre mais de 70 milhões de imagens e 30.000 horas de filme. A empresa gera suas receitas com o licenciamento do uso dessas imagens. O mercado de ações está impressionado com o potencial desse mercado- a despeito de prejuízos de 63 milhões de dólares no primeiros seis meses do ano, o valor total das ações da empresa era de 1,8 bilhão de dólares. " O que há de se faalr no caso de uma empresa em crescimento quando seus lucros são ruins? Nada além de lucros... A Getty Images declarou vitória em se fluxo de caixa das operações, que dise haver sbido para robustos 17,1 milhões no segundo trimestre,de um déficit de 2,6 milhões no primeiro. Isso significa que a Getty conseguiu receber o pagamento de suas vendas e reduiu seus estoque? Não. Tanto contas a receber quanto os stoques estão aumentando. O fluxo de caixa das operações vem , na verdade, do não pagamento de contas."
Fonte: Elizabeth MacDonald," Image Problem,' Forbes, 16 de outubro de 200, pp.104-106.
Fonte: Elizabeth MacDonald," Image Problem,' Forbes, 16 de outubro de 200, pp.104-106.
Ensino e Desenvolvimento
Um estudo mostrou que a forma de ensinar afeta o capital social. Existem diferenças entre sociedades onde ensina-se verticalmente (professor apresenta o conteúdo) e sociedades onde o ensino é horizontal (os estudantes trabalham em grupo).
No primeiro caso estão os países da escandinávia e anglo-saxões. Já os países da europa oriental e do mediterrâneo adotam o ensino vertical.
Veja mais aqui
Mestrado e Pensão
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) desonerou pai da obrigação de prestar alimentos à sua filha maior de idade, que está cursando mestrado. Os ministros da Turma entenderam que a missão de criar os filhos se prorroga mesmo após o término do poder familiar, porém finda com a conclusão, pelo alimentando, de curso de graduação.
No caso, a filha ajuizou ação de alimentos contra o seu pai, sob a alegação de que, embora seja maior e tenha concluído curso superior, encontra-se cursando mestrado, fato que a impede de exercer atividade remunerada e arcar com suas despesas.
A sentença julgou o pedido improcedente. O Tribunal de Justiça de São Paulo acolheu a apelação da filha, considerando que a pensão deve ser fixada em obediência ao binômio necessidade/possibilidade.
No recurso especial, o pai afirma que a obrigação de sustentar a prole se encerra com a maioridade, estendendo-se, excepcionalmente, até a conclusão do curso superior, não podendo subsistir a partir de então, sob pena de servir de “incentivo à acomodação e à rejeição ao trabalho”.
Fonte: STJ (dica de Alexandre Alcântara, grato). Grifo do Blog.
25 outubro 2011
Corrupção
Começou ontem na Alemanha um dos maiores julgamentos envolvendo corrupção da história. No centro, a Fórmula 1 e seu proprietário, Bernie Ecclestone. O julgamento deverá durar três meses e a história, resumida, é a seguinte:
Gerhard Gribokowsky, ex-gerente de risco da Beyern LB está sendo acusado de receber propinas de 44 milhões de dólares referente a venda de ações da Fórmula 1 em 2006. Bernie Ecclestone (foto), atual dono, já admitiu que pagou este valor como "chantagem", não suborno. Gerhard nega e afirma que os valores referem-se a consultoria.
No momento que ocorreu o pagamento existia dúvida sobre a capacidade da Fórmula 1 continuar existindo, já que existia ameaça por parte de outras equipes.
O julgamento poderá colocar em risco a continuidade da Fórmula 1, já que a imagem de Bernie poderá levar os donos das equipes questionarem a condução do negócio.
O jornal The Telegraph fez uma cobertura interessante na edição de ontem: aqui, aqui, aqui e aqui
Gerhard Gribokowsky, ex-gerente de risco da Beyern LB está sendo acusado de receber propinas de 44 milhões de dólares referente a venda de ações da Fórmula 1 em 2006. Bernie Ecclestone (foto), atual dono, já admitiu que pagou este valor como "chantagem", não suborno. Gerhard nega e afirma que os valores referem-se a consultoria.
No momento que ocorreu o pagamento existia dúvida sobre a capacidade da Fórmula 1 continuar existindo, já que existia ameaça por parte de outras equipes.
O julgamento poderá colocar em risco a continuidade da Fórmula 1, já que a imagem de Bernie poderá levar os donos das equipes questionarem a condução do negócio.
O jornal The Telegraph fez uma cobertura interessante na edição de ontem: aqui, aqui, aqui e aqui
O poder de um ‘bip’ de hora em hora
Daniel Pink, o autor de Motivação 3.0 (ed. Campus. Título original: Drive) publicou a postagem intitulada “o poder de um ‘bip’ de hora em hora” com base num livro de Peter Bregman, consultor estratégico que aconselha alguns dos top CEOs da América do Norte e escreve um blog para o Harvard Business Review.
No mês passado Bregman publicou seu segundo livro –18 Minutes: Find Your Focus, Master Distraction, and Get the Right Things Done. O título em português seria algo como “18 minutos: encontre o seu foco, controle a distração e termine as tarefas corretas”. (Se bem que “Drive” foi traduzido como “Motivação 3.0”... sabe-se lá a regra desse jogo) que vem acompanhado de conselhos inteligentes e práticos para impulsionar o desempenho individual.
Leia um trecho muito interessante do livro, destacado por Pink:
Eu começo todos os dias com um plano. A cada manhã eu olho para a minha lista de afazeres e me pergunto: o que tornará esse um dia de sucesso? Então eu transfiro as tarefas corretas da minha lista de afazeres para o meu calendário e começo a trabalhar.
É raro que eu atenha a cada minuto do meu plano. Chegam e-mails, o telefone toca, soam bips de mensagens e a minha própria inclinação para a distração me surpreende. Não me leva muito tempo para me desvairar do meu horário. E, às vezes, como em uma recente troca de farpas com um representante de uma empresa de telefone, eu me distancio de mim também.
Costumeiramente eu encerrava cada dia desapontado, imaginando porque não havia sido o sucesso que visionei.
Mas tudo acabou quando comecei com os “bips de hora em hora”.
A cada hora, quando meu relógio, computador ou celular toca um bip eu paro o que quer que esteja fazendo, respiro profundamente e me pergunto duas coisas:
1. Eu estou fazendo o que mais preciso estar fazendo neste momento?
2. Eu estou sendo quem mais quero ser agora?
Inicialmente parecia contraintuitivo me interromper a cada hora. As interrupções não são exatamente o que tentamos evitar? Mas essas interrupções horárias são interrupções produtivas. Elas nos trazem de volta para que façamos o que precisamos e sejamos quem devamos ser para que façamos deste, um dia produtivo.
Isto não é exatamente sobre se manter em um plano. Às vezes o bip toca e eu percebo que, apesar deu ter me desgarrado do meu calendário, no que quer que esteja trabalhando é o que mais preciso estar fazendo naquele momento. Nessas situações eu simplesmente altero os itens do meu calendário, de forma com que as minhas prioridades mais importantes ainda sejam cumpridas, e faço escolhas intencionais do que deixarei inacabado.
Para mim, um lembrete de hora em hora, uma respiração profunda e duas perguntas fizeram a diferença entre encerrar o meu dia frustrado e encerrá-lo me sentindo realizado.
No mês passado Bregman publicou seu segundo livro –18 Minutes: Find Your Focus, Master Distraction, and Get the Right Things Done. O título em português seria algo como “18 minutos: encontre o seu foco, controle a distração e termine as tarefas corretas”. (Se bem que “Drive” foi traduzido como “Motivação 3.0”... sabe-se lá a regra desse jogo) que vem acompanhado de conselhos inteligentes e práticos para impulsionar o desempenho individual.
Leia um trecho muito interessante do livro, destacado por Pink:
Eu começo todos os dias com um plano. A cada manhã eu olho para a minha lista de afazeres e me pergunto: o que tornará esse um dia de sucesso? Então eu transfiro as tarefas corretas da minha lista de afazeres para o meu calendário e começo a trabalhar.
É raro que eu atenha a cada minuto do meu plano. Chegam e-mails, o telefone toca, soam bips de mensagens e a minha própria inclinação para a distração me surpreende. Não me leva muito tempo para me desvairar do meu horário. E, às vezes, como em uma recente troca de farpas com um representante de uma empresa de telefone, eu me distancio de mim também.
Costumeiramente eu encerrava cada dia desapontado, imaginando porque não havia sido o sucesso que visionei.
Mas tudo acabou quando comecei com os “bips de hora em hora”.
A cada hora, quando meu relógio, computador ou celular toca um bip eu paro o que quer que esteja fazendo, respiro profundamente e me pergunto duas coisas:
1. Eu estou fazendo o que mais preciso estar fazendo neste momento?
2. Eu estou sendo quem mais quero ser agora?
Inicialmente parecia contraintuitivo me interromper a cada hora. As interrupções não são exatamente o que tentamos evitar? Mas essas interrupções horárias são interrupções produtivas. Elas nos trazem de volta para que façamos o que precisamos e sejamos quem devamos ser para que façamos deste, um dia produtivo.
Isto não é exatamente sobre se manter em um plano. Às vezes o bip toca e eu percebo que, apesar deu ter me desgarrado do meu calendário, no que quer que esteja trabalhando é o que mais preciso estar fazendo naquele momento. Nessas situações eu simplesmente altero os itens do meu calendário, de forma com que as minhas prioridades mais importantes ainda sejam cumpridas, e faço escolhas intencionais do que deixarei inacabado.
Para mim, um lembrete de hora em hora, uma respiração profunda e duas perguntas fizeram a diferença entre encerrar o meu dia frustrado e encerrá-lo me sentindo realizado.
Petrobras, Cide e Preço
Um texto interessante do Estado de São Paulo (Petrobrás [sic] quer Cide para reforçar Caixa) mostra o problema da defasagem do preço interno do combustível.
O governo pressionou a Petrobras para não repassar aos consumidores o aumento do preço internacional do petróleo. Isto naturalmente tem reflexo no resultado e no caixa da empresa. A proposta é que o governo reduza uma contribuição presente no preço interno, denominada Cide, e mantenha o preço atual.
Segundo cálculos feitos pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), em oito anos a estatal deixou de ganhar R$ 9 bilhões apenas por causa da defasagem nos preços. Internamente, entretanto, fontes da Petrobrás dizem que o rombo é ainda maior. A conta do CBIE é feita com base nas cotações do mercado à vista do Golfo, mas a Petrobrás teria contratos prefixados, alguns com preços maiores.
No mercado, os analistas veem poucas chances de parte do prejuízo ser compensada pela Cide - como deseja a Petrobrás - e já começam a se preocupar com o tamanho da queda no lucro da estatal no balanço do terceiro trimestre. A alta de quase 20% do dólar no período pode representar uma queda entre R$ 2 bilhões e R$ 4 bilhões no resultado da empresa, de acordo com Maurício Pedrosa, sócio da gestora de recursos Queluz. No último trimestre, a estatal registrou lucro recorde de R$ 10,9 bilhões, sendo R$ 2,8 bilhões decorrentes da desvalorização do dólar na época.
(imagem, aqui)
O governo pressionou a Petrobras para não repassar aos consumidores o aumento do preço internacional do petróleo. Isto naturalmente tem reflexo no resultado e no caixa da empresa. A proposta é que o governo reduza uma contribuição presente no preço interno, denominada Cide, e mantenha o preço atual.
Segundo cálculos feitos pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), em oito anos a estatal deixou de ganhar R$ 9 bilhões apenas por causa da defasagem nos preços. Internamente, entretanto, fontes da Petrobrás dizem que o rombo é ainda maior. A conta do CBIE é feita com base nas cotações do mercado à vista do Golfo, mas a Petrobrás teria contratos prefixados, alguns com preços maiores.
No mercado, os analistas veem poucas chances de parte do prejuízo ser compensada pela Cide - como deseja a Petrobrás - e já começam a se preocupar com o tamanho da queda no lucro da estatal no balanço do terceiro trimestre. A alta de quase 20% do dólar no período pode representar uma queda entre R$ 2 bilhões e R$ 4 bilhões no resultado da empresa, de acordo com Maurício Pedrosa, sócio da gestora de recursos Queluz. No último trimestre, a estatal registrou lucro recorde de R$ 10,9 bilhões, sendo R$ 2,8 bilhões decorrentes da desvalorização do dólar na época.
(imagem, aqui)
Pequenas empresas
James Surowiecki, autor do livro Sabedoria das Multidões, escreveu um artigo muito interessante na sua coluna semanal do New Yorker: Big is Beautiful (Grande é belo, 31 out 2011) .
Nos Estados Unidos, os políticos dos dois partidos concordam que as pequenas empresas devam receber algum tipo de proteção contra as grandes empresas. No passado, o governo impôs regras que aumentaram o preço dos produtos para o consumidor. Nos tempos recentes, esta política talvez não seja popular, escreve Surowiecki. (É interessante notar, e Surowiecki não se lembra disto, que a rede Walmart já foi considerada, por alguns estudiosos, como uma fonte relevante pela baixa inflação naquele país, ao pressionar os fornecedores por produtos mais baratos)
Existiria uma “fetichização” do pequeno negócio baseado em algumas vantagens, como diversidade de escolha e relacionamento com a comunidade local. Mas para a economia como um todo, as grandes empresas são os reais direcionadores de crescimento.
“Nós podemos ver isto olhando os dados das economias mundiais. Os países desenvolvidos com a mais elevada percentagem de trabalhadores empregados nos pequenos negócios inclui Grécia, Portugal, Espanha e Itália, isto é, os quatro países cujos problemas econômicos estão causando estragos no mercado financeiro. E os países com menor percentagem de empregados nos pequenos negócios são Alemanha, Suécia, Dinamarca e Estados Unidos, algumas das economias mais fortes do mundo.”
Esta correlação não seria coincidência, já que as grandes empresas são mais produtivas que as pequenas.
No Brasil a proteção para pequenas empresas inclui a contribuição obrigatória para uma entidade que cuidaria dos seus interesses, o Sebrae. Apesar de receber uma grande quantidade de recursos públicos, não existe ainda uma pesquisa isenta mostrando os benefícios (ou não) desta distribuição dos recursos. Até por que os órgãos de controle têm uma grande dificuldade em ter acesso as contas do Sebrae. E o poder de pressão do sistema S, ao qual se inclui o Sebrae, impede que saibamos se estes recursos estão beneficiando o consumidor final.
(Imagem: aqui)
O sistema ABC muda o foco
A Euclid Egineering fabrica peças e componentes para momtadoras de automóveis. Em decorrência de seu estudo de custeio baseado em atividades, os administradores da Euclid "descobriram que a empresa estava gastando mais com o lançamento de novos produtos do que com mão-de-obra direta na fabricação de novos produtos existentes. As despesas de desenvolvimento e lançamento de produtos existentes chegavam a 10% do total de despesas, ao passo que os custos de mão-de-obra direta representavam somente 9%. Evidentemente, no sistema anterior de custeio de mão-de-obra direta, oda atenção estava concentrada na redução de custos de mão-de-obra direta...Os custos de desenvolvimento e lançamento de produtos estavam misturados na taxa de custos gerais de produção aplicados aos produtos com base no custo de mão-de-obra direta. Agora, os administradores da Euclid reconhecem que tinham uma oportunidade de realizar uma substancial redução de custos por meio do ataque ao custo de lançamento de produtos diretamente".
A Euclid compartilhou a nova informãção produzida pela estudo ABC com clientes . A decomposição detalhada dos custos de projeto e das atividades de engenharia ajudou os clintes a analisar que certas atividades de engenharia ajudou os clientes a aalisar melhor suas escolhas, fazendo co que muitas vezes pedissem que certas atividades fossem deixadas de lado, quando seus custos superavam seus benefícios.
Fonte: Robert S. Kaplan e Robin Cooper, Cost and Effect: Using Integrated Cost Systems to Drive Profitability and Performance.
A Euclid compartilhou a nova informãção produzida pela estudo ABC com clientes . A decomposição detalhada dos custos de projeto e das atividades de engenharia ajudou os clintes a analisar que certas atividades de engenharia ajudou os clientes a aalisar melhor suas escolhas, fazendo co que muitas vezes pedissem que certas atividades fossem deixadas de lado, quando seus custos superavam seus benefícios.
Fonte: Robert S. Kaplan e Robin Cooper, Cost and Effect: Using Integrated Cost Systems to Drive Profitability and Performance.
Custeio por absorção na Rússia
O custeio por absorção é a norma de elaboração de relatórios financeitos externos pelo mundo. Após a queda do comunismo, os métodos contábeis foram alterados na Rússia pra que se tornassem mais compatíveis com os métodos contábeis utilizados no Ocidente. Um dos resultados foi a adoção do custeio por absorção.
Fonte: Adolf J. H. Enthoven, "Russia's Acounting Move's West," Strategic Finance, julho de 1999,pp. 32-37
Fonte: Adolf J. H. Enthoven, "Russia's Acounting Move's West," Strategic Finance, julho de 1999,pp. 32-37
"Perdi US$ 5 milhões hoje de manhã"
diz James Altucher, investidor e escritor de livros de autoajuda financeira. Ele estava limpando a caixa de entrada do e-mail quando encontrou uma mensagem de 2009 convidando-o a se tornar sócio minoritário de um certo Foursquare. Não deu atenção. E hoje o aplicativo está avaliado em US$ 300 milhões.
Fonte: Superinteressante, ed. 297
Fonte: Superinteressante, ed. 297
História
Há muito os historiadores notaram a conexão entre o florescimento artístico e científico do Renascimento e a formação do capitalismo mercantil na região, que obviamente envolveu seu próprio conjunto de inovações nos negócios bancários, na contabilidade e nos seguros. Não há dúvida de que o capitalismo acelerou o crescimento das cidades italianas e criou excedentes de riqueza que foram depois utilizados para patrocinar artistas e arquitetos como Michelangelo e Brunelleschi. Mas relação entre capitalismo e inovação é mais sutil do que muitas vezes supomos. Sim, livres mercados introduzem novas formas de competição e acumulação de capital que podem impelir a criação e a adoção de novas ideias. Mas os mercados não deveriam ser definidos apenas em termos de motivação de lucro. Considere a invenção de uma das ferramentas conceituais fundamentais do capitalismo: a contabilidade de dupla entrada, que Goethe chamou de uma das “mais admiráveis criações do espírito humano”. Ora, a pedra angular de toda contabilidade financeira, a inovação da dupla entrada, que consiste em registra todo evento financeiro em dois livros (um refletindo débito, o outro, crédito), permitiu aos comerciantes acompanharem a saúde financeira de seu negócio com uma precisão sem paralelo. Codificada pela primeira vez pelo monge franciscano e matemático Luca Pacioli em 1494, o método da dupla entrada tinha sido usado havia pelo menos dois séculos por banqueiros e comerciantes italianos. Não sabemos se ele nasceu na mente de um único protocontador visionário, ou se a idéia irrompeu ao mesmo tempo nas mentes de múltiplos empresários, ou se foi transmitida por pioneiros islâmicos que poderiam ter experimento a técnica séculos antes.
De onde vêm as boas ideais – Steven Johnson – Zahar p. 51
De onde vêm as boas ideais – Steven Johnson – Zahar p. 51
24 outubro 2011
Frase
"Assim foi que o menino tornou-se filho não de um advogado, mas de um evadido da escola secundária com paixão por mecânica e sua humilde esposa, que trabalhava então como guarda-livros"
Trecho do livro: Steve Jobs - A Biografia
Trecho do livro: Steve Jobs - A Biografia
Teste 529
Recentemente o time de futebol italiano Juventus divulgou seus resultados. Segundo o Brasil Econômico, a equipe apurou um deficit de 95,4 milhões de euros, que corresponderia ao
"pior balanço de sua história", segundo as palavras de seu presidente, Andrea Agnelli.
Conforme o jornal, o clube acabou de inaugurar um estádio, que teve um custo de 122 milhões de euros e “é o grande motivo do déficit”
Como o clube é de capital aberto, o resultado será discutido na Assembleia, que irá aprovar um aumento de capital extraordinário no montante de 120 milhões de euros.
Pede-se:
a) a frase “pior balanço de sua história” estaria correta? (ou faz sentido)
b) Suponha que o estádio tenha um vida útil prevista de quarenta anos, sem valor residual. Qual seria o peso do novo estádio no prejuízo do clube?
c) Faça dois lançamentos contábeis:
c.1) o lançamento do resultado no patrimônio líquido
c.2) o aumento de capital
Resposta do Anterior: a) 2,4 x (683,65/100) = 16 milhões a preços de hoje. Como o F35 custa 122, o avião atual é muito mais caro. b) 2,4 milhões / 747,5 bilhões = 0,000321% do PIB da época; 122 milhões/15012 bilhões = 0,000813% do PIB atual. Ou seja, o avião atual é mais caro. Fonte dos dados: aqui
Análise dos co-movimentos entre os mercados de capitais do Brasil e dos EUA
BERGMANN, D. R.; SAVOIA, J. R. F; MENDES_DA_SILVA, W.; DE OLIVEIRA, M. A.; NAKAMURA, W. T.
Neste artigo, a teoria de cópulas é utilizada para analisar os co-movimentos entre os mercados de capitais do Brasil e dos EUA. Na finalidade de implementação de uma estratégia de alocação de ativos é importante entender os eventos extremos – tanto os positivos (boom) como os negativos (crashes) – e seus efeitos sobre os mercados. Os índices de mercado usados são o IBOVESPA e o S&P 500 cobrindo o período de 03/2001 a 04/2007. A aderência aos log-retornos das principais cópulas encontradas na literatura financeira é avaliada. Os seguintes critérios foram escolhidos: o Log-likelihod, o critério de informação de Akaike e o critério de informação bayesiano. Os resultados mostram que a cópula de Joe-Clayton simetrizada é a mais adequada para modelar a estrutura de dependência entre os log-retornos do IBOVESPA e os do S&P500. Este trabalho difere de alguns estudos já realizados [e.g. Mendes e Moretti(2005) e Canela e Collazo(2005)], pois leva em consideração a modelagem de cópulas dinâmicas introduzida por Patton (2006). Finalmente, através dos índices de dependência caudal ao longo do tempo, pode-se concluir que a ocorrência de eventos extremos negativos (crashes) no mercado norte-americano tende a afetar mais o mercado brasileiro quando da comparação da ocorrência dos eventos extremos positivos (booms).
BBR, v. 8, n. 4, p. 124-138, out./dez. 2011
Neste artigo, a teoria de cópulas é utilizada para analisar os co-movimentos entre os mercados de capitais do Brasil e dos EUA. Na finalidade de implementação de uma estratégia de alocação de ativos é importante entender os eventos extremos – tanto os positivos (boom) como os negativos (crashes) – e seus efeitos sobre os mercados. Os índices de mercado usados são o IBOVESPA e o S&P 500 cobrindo o período de 03/2001 a 04/2007. A aderência aos log-retornos das principais cópulas encontradas na literatura financeira é avaliada. Os seguintes critérios foram escolhidos: o Log-likelihod, o critério de informação de Akaike e o critério de informação bayesiano. Os resultados mostram que a cópula de Joe-Clayton simetrizada é a mais adequada para modelar a estrutura de dependência entre os log-retornos do IBOVESPA e os do S&P500. Este trabalho difere de alguns estudos já realizados [e.g. Mendes e Moretti(2005) e Canela e Collazo(2005)], pois leva em consideração a modelagem de cópulas dinâmicas introduzida por Patton (2006). Finalmente, através dos índices de dependência caudal ao longo do tempo, pode-se concluir que a ocorrência de eventos extremos negativos (crashes) no mercado norte-americano tende a afetar mais o mercado brasileiro quando da comparação da ocorrência dos eventos extremos positivos (booms).
BBR, v. 8, n. 4, p. 124-138, out./dez. 2011
Panamericano
Com respeito ao banco Panamericano, o jornal Estado de São Paulo traz um conjunto de reportagens sobre a procura de solução por parte dos executivos da entidade junto a políticos e fundo de pensão (aqui, aqui, aqui e aqui). Em um dos trechos, comenta sobre o governo de Alagoas, que descontava os empréstimos consignados da folha dos seus funcionários, mas não repassava as instituições financeiras.
Após reter os valores, o governo passava a negociar com os bancos o pagamento, cobrando um taxa de retorno de 25%. Sob ameaça de transformar a dívida em precatório judicial. Neste caso, os valores somente seriam recebidos muitos anos depois.
Após reter os valores, o governo passava a negociar com os bancos o pagamento, cobrando um taxa de retorno de 25%. Sob ameaça de transformar a dívida em precatório judicial. Neste caso, os valores somente seriam recebidos muitos anos depois.
Produtividade: entre 151 países, Brasil está em 130º
O trabalho no Brasil não se tornou mais produtivo ao longo dos últimos 30 anos. A produtividade do trabalho, fator fundamental do crescimento econômico sustentado, caiu entre 1980 e 2008. De lá para cá, o indicador recuou na crise global, depois se recuperou rapidamente, mas parou de crescer a partir do segundo semestre de 2010.
"O Brasil é um país no qual, não importa como se meça a produtividade, nada parece acontecer", diz José Alexandre Scheinkman, economista brasileiro da Universidade Princeton.
Em 1980, um trabalhador brasileiro produzia em média o equivalente a US$ 21 mil por ano. Em 2008, esse número havia caído para US$ 17,8 mil. Houve, portanto, queda de 15% no período. Esses dados fazem parte da Penn World Table, banco de dados do Centro para Comparações Internacionais de Produção, Renda e Preços da Universidade da Pensilvânia, com indicadores econômicos de 189 países e territórios.
Os números vão até 2008 para a maioria dos países, inclusive para o Brasil. Os valores da Penn World Table sobre a produtividade do trabalho são todos convertidos para dólares de 2005, com paridade de poder de compra (PPP). Isso significa que a diferença de custo de vida entre os diferentes países é eliminada.
Entre os 150 países da Penn World Table com dados completos de produtividade do trabalho entre 1980 e 2008, o Brasil está em 130.º em termos de desempenho neste período.
O Brasil só ganha de 21 países, sendo 11 da África, incluindo Costa do Marfim, Malawi, Somália, Camarões, Togo e Zimbábue. Todos os outros países africanos tiveram desempenho melhor do que o Brasil.
Na América Latina, a evolução da produtividade do trabalho brasileira nas últimas três décadas só não é pior do que a apresentada por Paraguai, Venezuela, Nicarágua e Haiti.
Comparado a outras grandes economias emergentes, ou a países sul-americanos como Argentina e Chile, o Brasil tem o pior desempenho na produtividade do trabalho entre 1980 e 2008.
A Argentina saiu de US$ 21,2 mil para US$ 24,8 mil (alta de 17%).
O Chile, de US$ 15,1 mil para US$ 27,5 mil (82%).
A China, de US$ 1,2 mil para US$ 10,9 mil (778%).
A Índia, de US$ 2,8 mil para US$ 7,8 mil (181%).
E a Coreia, finalmente, de US$ 14 mil para US$ 50 mil (256%).
Scheinkman nota ainda que, como proporção da produtividade do trabalho dos Estados Unidos, o desempenho brasileiro nas últimas décadas também é muito ruim. "Os Estados Unidos são a fronteira, e o Brasil não está se aproximando", ele diz.
(...)
Para Scheinkman, a má performance brasileira deve-se a deficiências de educação e infraestrutura, à integração ainda baixa com a economia global, à baixa absorção de tecnologia, à falta de inovação em muitos setores e às dificuldades burocráticas para formalizar ou aumentar o tamanho das empresas.
Ele nota que programas como o Simples, que aliviam a tributação para as pequenas empresas, ajudam na formalização mas se tornam um desincentivo ao crescimento. "As empresas não ganham a escala necessária para se tornarem mais produtivas, trocando-se um problema pelo outro."
Scheinkman ressalva, porém, que a agricultura é um setor em que a produtividade teve grandes avanços no Brasil. "As pessoas reclamam da agricultura, mas não percebem que ela vai muito melhor que os outros setores em termos de produtividade", ele diz.
O economista Samuel Pessôa, da consultoria Tendências, acha que uma série de fatores interrompeu o bom desempenho da produtividade do trabalho no Brasil a partir do início da década de 80.
Um dos mais básicos foi a evolução da tecnologia a partir de meados dos anos 70, que começou a exigir trabalhadores com melhor qualidade educacional.
"Aquele milagre brasileiro no pós-guerra, em um país de baixíssima escolaridade, sem nenhum investimento em educação, se dissipou, porque a tecnologia mudou na direção de requerer capital humano, que era exatamente o que não tínhamos e ainda não temos", diz Pessôa.
Fonte: Estadão
"O Brasil é um país no qual, não importa como se meça a produtividade, nada parece acontecer", diz José Alexandre Scheinkman, economista brasileiro da Universidade Princeton.
Em 1980, um trabalhador brasileiro produzia em média o equivalente a US$ 21 mil por ano. Em 2008, esse número havia caído para US$ 17,8 mil. Houve, portanto, queda de 15% no período. Esses dados fazem parte da Penn World Table, banco de dados do Centro para Comparações Internacionais de Produção, Renda e Preços da Universidade da Pensilvânia, com indicadores econômicos de 189 países e territórios.
Os números vão até 2008 para a maioria dos países, inclusive para o Brasil. Os valores da Penn World Table sobre a produtividade do trabalho são todos convertidos para dólares de 2005, com paridade de poder de compra (PPP). Isso significa que a diferença de custo de vida entre os diferentes países é eliminada.
Entre os 150 países da Penn World Table com dados completos de produtividade do trabalho entre 1980 e 2008, o Brasil está em 130.º em termos de desempenho neste período.
O Brasil só ganha de 21 países, sendo 11 da África, incluindo Costa do Marfim, Malawi, Somália, Camarões, Togo e Zimbábue. Todos os outros países africanos tiveram desempenho melhor do que o Brasil.
Na América Latina, a evolução da produtividade do trabalho brasileira nas últimas três décadas só não é pior do que a apresentada por Paraguai, Venezuela, Nicarágua e Haiti.
Comparado a outras grandes economias emergentes, ou a países sul-americanos como Argentina e Chile, o Brasil tem o pior desempenho na produtividade do trabalho entre 1980 e 2008.
A Argentina saiu de US$ 21,2 mil para US$ 24,8 mil (alta de 17%).
O Chile, de US$ 15,1 mil para US$ 27,5 mil (82%).
A China, de US$ 1,2 mil para US$ 10,9 mil (778%).
A Índia, de US$ 2,8 mil para US$ 7,8 mil (181%).
E a Coreia, finalmente, de US$ 14 mil para US$ 50 mil (256%).
Scheinkman nota ainda que, como proporção da produtividade do trabalho dos Estados Unidos, o desempenho brasileiro nas últimas décadas também é muito ruim. "Os Estados Unidos são a fronteira, e o Brasil não está se aproximando", ele diz.
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Para Scheinkman, a má performance brasileira deve-se a deficiências de educação e infraestrutura, à integração ainda baixa com a economia global, à baixa absorção de tecnologia, à falta de inovação em muitos setores e às dificuldades burocráticas para formalizar ou aumentar o tamanho das empresas.
Ele nota que programas como o Simples, que aliviam a tributação para as pequenas empresas, ajudam na formalização mas se tornam um desincentivo ao crescimento. "As empresas não ganham a escala necessária para se tornarem mais produtivas, trocando-se um problema pelo outro."
Scheinkman ressalva, porém, que a agricultura é um setor em que a produtividade teve grandes avanços no Brasil. "As pessoas reclamam da agricultura, mas não percebem que ela vai muito melhor que os outros setores em termos de produtividade", ele diz.
O economista Samuel Pessôa, da consultoria Tendências, acha que uma série de fatores interrompeu o bom desempenho da produtividade do trabalho no Brasil a partir do início da década de 80.
Um dos mais básicos foi a evolução da tecnologia a partir de meados dos anos 70, que começou a exigir trabalhadores com melhor qualidade educacional.
"Aquele milagre brasileiro no pós-guerra, em um país de baixíssima escolaridade, sem nenhum investimento em educação, se dissipou, porque a tecnologia mudou na direção de requerer capital humano, que era exatamente o que não tínhamos e ainda não temos", diz Pessôa.
Fonte: Estadão
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