A oposição esmagadora de grandes e pequenos investidores derrotou uma proposta que visava a permitir que as companhias parassem de imprimir em papel seus relatórios anuais e balanços.
O Financial Reporting Council (FRC), órgão de fiscalização responsável pelo cumprimento das normas contábeis e de governança empresarial no Reino Unido, disse que abandonou o plano depois que "foram levantadas preocupações com o fim das cópias em papel dos relatórios, que colocaria os pequenos investidores em desvantagem, uma vez que muitos deles são idosos ou possuem acesso limitado à internet".
Dentre as propostas publicadas pelo FRC na quinta-feira está também a obrigação das companhias de colocar seus contratos de auditoria sob licitação a cada dez anos, ou explicarem por que não o fizeram.
Stephen Haddrill, presidente do FRC, havia descrito neste ano os relatórios anuais impressos como "um enorme desperdício de papel, uma enorme perda de tempo e um desperdício de dinheiro".
A mudança de opinião reflete queixas de investidores e profissionais do mercado financeiro de Londres, muitos dos quais afirmam que, independentemente da idade do leitor, é mais difícil ler esses relatórios longos e documentos complexos na tela de um computador.
"Para muitos investidores, incluindo eu, é muito mais fácil ler em uma cópia impressa", disse Simon Laffin, ex-presidente do conselho de administração da administradora de pubs Mitchells & Buttlers, em uma carta condenando a proposta.
Laffin, que preside os comitês de auditoria da Aegis e da Quintain Estates & Development, também mencionou o exemplo da Argos, apontando que a companhia varejista ainda imprime cópias de seu catálogo, além de operar on-line. "Uma lição importante da economia digital não é que as pessoas querem tudo on-line e sim que elas exigem informações de várias maneiras", disse ele.
Fonte: Valor Econômico- Adam Jones Financial Times, de Londres
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