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29 setembro 2011

Depreciação e Amortização

A seguir um trecho do Diário Económico de Portugal (“Financiamento da Estradas de Portugal deve ser revisitado”, Nuno Miguel Silva) sobre depreciação:

Vários anos depois deste sistema ter entrado em vigor, ainda acredita na viabilidade financeira da Estradas de Portugal (EP)?


Segundo o Plano Oficial de Contabilidade, uma estrada típica tem um período de vida de 60 anos. Se for bem conservada, tem muito mais tempo de vida. O modelo da EP e das concessões tem de ser visto ao longo deste período, porque se analisarmos o modelo apenas do ponto de vista do investimento directo estamos a abordar apenas os fluxos financeiros. A lógica correcta é analisar o proveito e o custo. Se eu fizer isso, verifica-se que a EP dá lucro. Se não, estamos a falar apenas do período em que temos os custos, que é até 2030. E estamos a obrigar a pagar em 30 anos infra-estruturas que deviam ser amortizadas ao longo de 60 anos.


Fazendo essa análise mais longa, como consegue demonstrar a viabilidade financeira da EP?


Segundo um estudo da própria EP, a preços correntes, em 2005, o saldo positivo das concessões rodoviárias até 2050 era de 26 mil milhões de euros. Depois do novo modelo de financiamento do sector, em 2011, segundo os mesmos métodos e no mesmo período, de acordo com o mesmo estudo, o saldo positivo para a EP e para o Estado português será de 44.600 milhões de euros.


Nesta conjuntura de crise não considera exagerado estarmos a fazer projecções de receitas à distância de 40 anos, quando todos os cenários estão a mudar de um dia para o outro?


O mais correcto era fazermos estas contas com base no VAL [Valor Anual Líquido] em vez dos preços correntes. Do ponto de vista técnico, qualquer número ou metodologia é aceitável, tem é de ser bem explicado. As contas são feitas até 2050 porque esse é o horizonte em que a maior parte da infra-estrutura será amortizada. 


Imagem, aqui

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