22 julho 2011
Preço
A Vale estuda uma maneira de aproveitar a capacidade de redução de gás carbônico (CO2) de seu minério com maior teor de ferro como um aditivo de preço do produto no futuro.
Segundo o diretor de marketing, vendas e estratégia, José Carlos Martins, o foco é gerar valor a partir qualidade do insumo siderúrgico. "O aumento deve vir com a percepção da qualidade do minério", afirma.
A mineradora assegura que o teor de ferro mais elevado de seu minério faz as siderúrgicas consumirem menos coque, o carvão usado em altos-fornos para transformar o insumo em aço. Isso reduziria o custo do insumo, além de atender demandas de uma produção menos poluente.
(...) Caso a Vale consiga estruturar uma fórmula de precificação agregando a compensação de CO2, o movimento pode ser similar ao realizado no auge da crise 2008/2009, quando pressionou a mudança no sistema mundial de preço.
Na ocasião, a empresa passou a cobrar um valor adicional para cada 1% de ferro contido em seu minério, alegando que o insumo siderúrgico produzido por ela, na casa dos 65% de ferro, era superior ao negociado no mercado (62%).
A nova fórmula, junto com ganhos logísticos, representou um ganho de US$ 5 bilhões no faturamento da companhia. "O desafio foi trabalhar para o mercado reconhecer a qualidade do minério", conta Martins.
Brasil Econômico
Vale quer usar crédito de carbono no preço do minério - Nivaldo Souza - 21/07/11
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