Os proprietários de equipes esportivas frequentemente recorrem ao contribuinte em geral para ajudá-los a construir belos estádios novos, incluindo camarotes luxuosos para torcedores abastados.Como o fazem?Em parte, pagando os consultores para que produzam estudos que demonstrem o grande impacto econômico favorável na região do novo estádio.O problema com esses estudos é que são falhos. Os eleitores do Estado de Washington rejeitaram o financiamento público do novo campo Safeco de beisebol em Seattle, mas a assenbleia legislativa reuni-se em sessão especial para aprovar uma lei tributária que financiasse essa construção.Logo despois, se solicitou dos contribuintes que pagassem 325 milhões de dólares para demolir o velho estádio de futebol americano, Kingdome, e fosse construído um novo estádio para os Seattle Seahawks. Quando se perguntava por que recursos públicos deviam financiar instalações privadas para a prática de esportes tradicionais, a resposta era:"Mesmo que você não seja aficicionado por futebol, o alto nível de atividade econômico gerado pelos Seahawks lhe afeta...O impacto econômico total anual do Seahawks no Estado de Washington corresponde a 129 milhões de dólares".
Parace impressionante, mas esse argumento é falacioso. A maior parte desse dinheiro teria sido gasto no Estado de Washington de qualquer maneira, mesmo que os Seahawks tivessem se mudado de Seattle para outra cidade. Se um torcedor local não tivesse um jogo dos Seahawks para assistir, o que ele faria com o dinheiro?Queimaria? Dificilmente. Quase todo esse dinheiro teria sido gasto na região de qualquer maneira. Uma estimativa independente do gasto adicional que viria para o Estado de Washington em consequência da manutenção dos Seahawks em Seatte colocou o impacto econômico total em menos da metade do valor erroneamente alegado pelos preponentes do estádio. Colocando esses cálculos numa perspectiva apropriada,o próprio Centro Fred Hutchinson de Pesquisa do Câncer tem um impacto econômico duas vezes maior do que o das equipes de esportes profissionais em Seattle.
Fonte:Tom Griffin,"Only a Game", Columns - The University of Washington Alumni Magazine, junho de 1997,pp.15-17.
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