Um novo estudo, feito na Universidade de Copenhague, pediu aos participantes para executar uma simples tarefa de ver vídeos das pessoas que passam bolas e contar o número de passes. Mas primeiro eles foram presenteados com uma distração. Um grupo de participantes teve um vídeo engraçado aparecer nas telas, e o resto viu uma mensagem dizendo que um vídeo engraçado estava disponível se clicar num botão, mas eles foram orientados a não assisti-lo. Após dez minutos, durante o qual as pessoas do segundo grupo podiam ouvir as do primeiro rindo do vídeo, todos foram para a tarefa de contar o número de passes. E o curioso resultado foi que aqueles que não tinham visto o vídeo de comédia cometeram significativamente mais erros do que aqueles que tinham.
A idéia básica aqui é que para a maioria das pessoas o poder de resistir é um recurso limitado: se nós gastarmos muita energia controlar nossos impulsos em uma área, torna-se mais difícil de controlar nossos impulsos em outra. Ou, como diz o psicólogo Roy Baumeister diz, a força de vontade é como um músculo: o uso excessivo pode temporariamente esgotá-la. A implicação é que pedir às pessoas que regulam seu comportamento sem interrupção (como, digamos, nunca usar a internet no trabalho) pode muito bem torná-las menos concentradas e menos eficaz.
IN PRAISE OF DISTRACTION - James Surowiecki –
New Yorker – 11 de abril de 2011
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