Os criminosos virtuais do mundo todo faturaram US$ 150 bilhões com dados roubados de pessoas físicas e de empresas em 2010. O cálculo é do Ponemon Institute, que presta consultoria em segurança da informação. O valor é 40% do PIB da Argentina no ano passado e o quádruplo do uruguaio. E equivale a 16 vezes a quantia girada pelo comércio eletrônico brasileiro no período.Os ganhos dos chamados hackers "black hat", que invadem sistemas para cometer crimes, são obtidos de várias formas.Por exemplo, por meio do roubo de senhas e números de cartões de crédito de usuários da web desavisados que colocam informações desse tipo em computadores, celulares ou tablets.
Mas dados corporativos confidenciais, e valiosos no mercado, também estão cada vez mais na mira, indica a reportagem de Camila Fusco e Carolina Matos. Especialistas consideram que a ação dos cibercriminosos tem se tornado cada vez mais apurada para chegar direto ao ponto: informações que rendam dinheiro.“Podem ser resultados financeiros ainda não publicados de uma determinada companhia”, diz André Carraretto, gerente de engenharia de sistema da Symantec, empresa de segurança da informação.
Os criminosos estão lucrando com a venda de serviços, como o “kit invasão”. São softwares feitos sob demanda para que outros criminosos possam realizar os ataques”, diz Abelardo Moraes Filho, diretor da consultoria Coresec e que também atua como hacker ético.
Figuram nos fóruns de discussão, atualmente, táticas de invasão a novos sistemas, como tablets e smartphones.“Os executivos acessam, de seus smartphones, dados importantes das companhias sem se dar conta de que se trata de computadores e sem as devidas providências de segurança”, diz Michael DeCesare, da McAfee.Estima-se que, no mundo, 58,9 milhões de tablets serão vendidos em 2011 e 25% deles serão comprados pelo setor corporativo.
Fonte: Folha de São Paulo
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