O Ministério da Justiça decidiu abrir um processo contra a BR Distribuidora por causa dos sucessivos aumentos de combustíveis no Distrito Federal. (...)
A abertura de investigação contra a BR - distribuidora da Petrobras - publicada no "Diário Oficial da União" de hoje ocorre dois dias depois de o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, cobrar publicamente do Cade e da Secretaria de Direito Econômico (SDE) ações contra os cartéis no setor de combustíveis. A cobrança de Lobão atende a uma preocupação da presidente Dilma Rousseff, que exigiu providências contra os sucessivos aumentos na gasolina.
Este assunto parece ser relevante. Mas se procurar no endereço da CVM, em Fatos Relevantes, não se encontra nenhum comunicado da BR sobre o assunto. Parece que a empresa está dizendo para seus acionistas que não se deve preocupar com o assunto. Mas o texto a seguir faz acusações graves para a gestão da empresa:
(...) A Gasol [uma distribuidora do DF} paga aluguéis à BR pelos terrenos dos postos em preços muito mais baratos do que as demais redes do DF, segundo a SDE. Em alguns casos, segundo apurou a SDE, a Gasol paga R$ 700 por mês, enquanto outros postos pagam R$ 20 mil. A Gasol também não paga IPTU e não precisa seguir índices oficiais no reajuste de aluguéis dos terrenos dos postos da BR. Só que as demais redes e postos precisam seguir esses índices e têm de pagar IPTU. Por fim, os postos do DF são obrigados a vender uma cota mínima de combustíveis por mês para não terem de pagar adicionais à BR. Mas, a Gasol está fora dessa exigência.
Esse tratamento diferenciado ocorre em 67 postos da BR no DF. Desses, 29 são da Gasol e 38 de outras redes.
Se a notícia for verdadeira, está existindo uma transferência de renda dos acionistas da empresa para o cliente. Isto merece uma explicação da empresa.
Parabéns pelo trabalho realizado no blog. Gostei muito!
ResponderExcluirBeijos,
Marceli
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