O aumento do número de consultas feitas ao Banco de Conselheiros do IBGCE mostra uma nova realidade nas empresas.
A estratégia de escolher profissionais renomados do mercado financeiro e órgãos governamentais para compor conselhos de administração - até então obrigatória entre grandes companhias de capital aberto - está sendo revista.
Prova disso é o aumento da procura por conselheiros por meio do Banco de Conselheiros do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Trata-se de uma ferramenta que possibilita o cadastro, pesquisa e consulta de profissionais qualificados para compor conselhos das mais diversas organizações, sem que seja revelado seu nome.
"O objetivo é facilitar a busca por conselheiros experientes e preparados", afirma Alberto Whitaker, vice-presidente do conselho de administração do IBGC.
Entre setembro do ano passado e meados de abril, o IBGC recebeu aproximadamente 40 consultas, de diferentes companhias: empresas já listadas em bolsa, em fase de estruturação para abril capital, familiar ou mesmo empresas que apresentam crescimento consistente e querem reforçar o conselho de administração e conselho fiscal.
O Banco de Conselheiros, lançado em 2009 como projeto-piloto, foi relançado em fevereiro do ano passado com algumas modificações. "Aproveitamos experiências internacionais para aperfeiçoar o projeto inicial", diz Alberto Whitaker. Atualmente, o aplicativo contabiliza mais de 500 profissionais.
O funcionamento é simples: a companhia seleciona profissionais cujos atributos - formação acadêmica, setores de atividades, atuação em conselhos ou comitês, fluência em idiomas, entre outros - sejam compatíveis a sua demanda. Na próxima etapa, a empresa manifesta interesse de entrevistá-lo ao IBGC, que entra em contato com o escolhido. A companhia só saberá o nome do profissional caso ele permita.
"O IBGC não se envolve no processo de seleção do executivo. Só pedimos para o profissional nos avisar caso tenha sido contratado a fim de atualizar seu currículo", aponta o vice-presidente do conselho de administração do IBGC.
Outra curiosidade diz respeito à utilização por empresas e headhunter. "O banco acaba sendo consultado não apenas para conselheiros, mas também para outras funções executivas", completa o executivo.
Brasil Econômico - - Conselhos trocam “figurões” por especialistas
Vanessa Correia - 28 de abril de 2011
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