Ao começarmos a usar métodos quantitativos acreditamos que estamos trabalhando com precisão. Entretanto, os próprios instrumentos são questionáveis. Como as pesquisas na área de contabilidade e finanças usam estas técnicas, passam despercebidos esses problemas.
Tome o exemplo do teste Dickey-Fuller, as vezes nomeado ADF. Este teste é usado para verificar a estacionariedade de uma série temporal. Isto significa dizer que a série histórica dos dados deve ter média e variância constante.
Na área quantitativa, o teste Dickey-Fuller é considerado pobre. Entretanto, como o software Eviews, bastante usado pelos cientistas, só calcula este teste, os artigos produzidos na área financeira continuam usando o teste.
Mas os pesquisadores sabem disso? Provavelmente não. Para se ter uma idéia, aprendi isto esta semana, quando participei de uma banca de livre docência.
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Olá Prof. César! Realmente isso é muito comum em nossa área, muito! Em muitos trabalhos, os autores/pesquisadores entregam toda a "responsabilidade" pelos achados a um número e muitas vezes não têm uma base teórica sólida e simplesmte usam o método pelo método. Mas atualmente quando submetemos um artigo a um congresso ou periódico, se não houver umas tabelas com uns números complicados, o mesmo não é aceito. Como os pesquisadores são cobrados por produção científica, e os congressos/periódicos cobram trabalhos com tratamentos estatísticos, muitos usam para conseguir sua meta de publicação sem uma análise mais profunda! Mas acredito que vamos evoluir! Abraços
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