Excelente texto de Fernando Botti:
Assim como todas as ciências humanas, a economia e os estudos adjacentes ( investimentos, finanças…) não escapam de certos traços exóticos trazidos até hoje por uma certa persistência cultural. Contabilidade e seus balanços é baseada em técnicas desenvolvidas por um frei medieval, nomenclaturas como fluxo de caixa, liquidez, em estudos de hidrodinâmica dos egípcios…mas nada que as ciências exatas não sofram de certa maneira.
Nas exatas, porém, apesar de algumas nomenclaturas e conceitos do passado persistirem, muitas se extinguiram devido sua inexistência na realidade (como o flogístico, o calórico, o éter do vácuo…), já nas humanas os testes ou são inexistentes ou são um tanto subjetivos, deixando margem para diversas interpretações, das interessante às exóticas.
Dá certamente uma impressão que algumas (muitas) vezes, economistas, analistas fundamentalistas, gestores, grafistas, são, no melhor dos casos, bons contadores de histórias que precisam fazer algum sentindo, ou ter alguma aderência relativa com a realidade, para nos confortar com o controle e a explicação. Nem todos são assim, claro.
Nesse mundo moderno, absurdo e complexo, onde bruxos fibonaccianos, acupunturistas de agulhadas didilhescas convivem com economistas, físicos e matemáticos sérios, é cada vez mais salutar lembrar que a correlação não é causalidade.
Fonte: Investimetria
Nenhum comentário:
Postar um comentário