A diretora da Standard & Poor's Milena Zaniboni afirmou nesta terça-feira, em seminário promovido em São Paulo, que a situação fiscal[1] do Brasil preocupa mais do que a inflação e acenou com a possibilidade de alterar a perspectiva ou a nota atribuídas ao Brasil. Em 2008, a agência de classificação de risco concedeu ao país o "rating" BBB- (o primeiro patamar de grau de investimento), com perspectiva estável. -
O principal ponto de preocupação é a parte fiscal, a rigidez do orçamento e a dificuldade do governo para fazer um superávit primário maior (que é a economia para o pagamento dos juros da dívida pública) - afirmou Milena. Ela acrescentou que o governo "está no caminho certo", ao perseguir um superávit superior a 3% do PIB. Mas disse que podem ocorrer "pressões negativas" que levem à uma revisão do rating.
Caso a meta seja cumprida, a tendência seria manter a perspectiva estável (sinalizando que a nota não será alterada num período de 12 meses). Outro fator de eventual desequílibrio, na avaliação da Standard & Poor's, seria um novo repique da inflação. - O Banco Central tem um histórico, não tem por que acreditar que ele vai ser diferente agora e passar a ser leniente com a inflação - afirmou ela, para acresentar: -Não quer dizer que a gente não possa mudar de opinião.
Fonte: O Globo
[1] Se o Brasil não conseguir realizar o ajuste fiscal a nota será rebaixada. Pois, o futuro econômico do país estará comprometido no médio e longo prazo. Uma boa sugestão de leitura é o artigo de Alexandre Schwartsman que saiu na Folha de hoje.
Nenhum comentário:
Postar um comentário