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10 março 2011

Por que a Internet não ajudou a economia a crescer tanto quanto se esperava?


Esta é uma pergunta feita e respondida num texto da revista Slate. A questão foi apresentada por diversos economistas, sendo que mais recentemente por Tyler Cowen (do blog Marginal Revolution).

Os economistas constataram que nos anos recentes as grandes economias mundiais apresentaram uma taxa de crescimento reduzida. Apesar das inovações tecnológicas como os chips, os celulares, o GPS, a internet, os caixas eletrônicos, entre outras maravilhas modernas. Já em 1987 o economista Robert Solow afirmava que “você pode ver a era do computador em qualquer lugar, menos nas estatísticas de produtividade”.

Outra possível explicação é que o ganho necessita de um tempo para aparecer. Esta explicação era coerente com os defensores da Nova Economia, que acreditavam que o problema estava sendo resolvido no crescimento da produtividade da década de 1990. Entretanto, os dados mostraram que a Nova Economia foi algo passageiro.

Outra explicação é a do ganho líquido. Neste caso, novas tecnologias favorecem alguns setores, mas prejudicam outros. No cômputo geral, o ganho é pouco expressivo.

Cowen defende outra teoria: talvez a internet não seja tão revolucionária quanto pensamos. Apesar de reconhecer a expansão da rede mundial, da forma como as pessoas se interagem, talvez não seja tão transformadora quanto foi a ferrovia.

A reação natural de alguns é que o problema estava na régua. Ou seja, na unidade de medida. Usando o setor de música, o artigo da Slate apresenta uma proposta: as pessoas pararam de comprar CD; mas isto não significa que a indústria de música está morrendo; apesar das pessoas estarem ouvindo mais música, a relação receita do setor e o PIB está diminuindo.

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