Esta é uma pergunta feita e respondida num texto da revista Slate. A
questão foi apresentada por diversos economistas, sendo que mais recentemente
por Tyler Cowen (do blog Marginal Revolution).
Os economistas constataram que nos anos recentes as grandes economias
mundiais apresentaram uma taxa de crescimento reduzida. Apesar das inovações
tecnológicas como os chips, os celulares, o GPS, a internet, os caixas
eletrônicos, entre outras maravilhas modernas. Já em 1987 o economista Robert
Solow afirmava que “você pode ver a era do computador em qualquer lugar, menos
nas estatísticas de produtividade”.
Outra possível explicação é que o ganho necessita de um tempo para
aparecer. Esta explicação era coerente com os defensores da Nova Economia, que
acreditavam que o problema estava sendo resolvido no crescimento da
produtividade da década de 1990. Entretanto, os dados mostraram que a Nova Economia
foi algo passageiro.
Outra explicação é a do ganho líquido. Neste caso, novas tecnologias
favorecem alguns setores, mas prejudicam outros. No cômputo geral, o ganho é
pouco expressivo.
Cowen defende outra teoria: talvez a
internet não seja tão revolucionária quanto pensamos. Apesar de reconhecer a
expansão da rede mundial, da forma como as pessoas se interagem, talvez não
seja tão transformadora quanto foi a ferrovia.
A reação
natural de alguns é que o problema estava na régua. Ou seja, na unidade de
medida. Usando o setor de música, o artigo da Slate apresenta uma proposta: as
pessoas pararam de comprar CD; mas isto não significa que a indústria de música
está morrendo; apesar das pessoas estarem ouvindo mais música, a relação
receita do setor e o PIB está diminuindo.
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