Na avaliação do Planalto, Agnelli [executivo da Vale do Rio Doce] comanda a empresa olhando apenas para os acionistas, sem pensar nos interesses do País. Dilma, a exemplo de seu antecessor, gostaria de ver a Vale investindo mais em siderúrgicas, e não apenas extraindo e exportando minério de ferro e outros minerais.
A empresa não concorda que a atual estratégia esteja errada.
“Exportar minério é bom para a companhia e bom para o País”, disse à DINHEIRO Fábio Spina, diretor global, jurídico e de relações institucionais da Vale. “Nossas exportações são de US$ 23 bilhões, mais do que o superávit do País.”
Se desagrada ao governo, a gestão técnica é aprovada pelo mercado, que não simpatiza com uma substituição neste momento, por entender que seria uma prova de ingerência política numa empresa que, no ano passado, teve lucros recordes e distribuiu US$ 3 bilhões em dividendos.
Desde 2001, quando Agnelli assumiu a direção da mineradora, seu valor de mercado saltou de US$ 10 bilhões para US$ 158 bilhões. “A maior parte do lucro na cadeia produtiva está no minério”, diz Leonardo Alves, analista de mineração da corretora Link. “Não faz tanto sentido investir em aço.”
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